Capítulo 7

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Ainda não estou em mim quanto aos últimos acontecimentos. Estes dias têm sido catastróficos. São discussões atrás de discussões entre mim e o meu pai, a minha mãe tem andado completamente em baixo pelo facto de ver o mal disto ambiente que se tornou aqui no palácio, vir a saber que podia ter tido um irmão ou uma irmã e não tive porque o meu pai traiu a minha mãe. Como posso lidar com esta situação toda sozinha? Como posso olhar para o meu pai da mesma forma que olhava quando na verdade sinto ódio, raiva, pudor? E mais...o quê que se passa com Damon? Porquê que do nada desapareceu? E mais, Cloe que queria atacar-me na altura, falou a bem comigo e preocupou-se em deixar-me intacta mais a Yasmin? Ou estou a começar a dar em doida ou então não sei.

Truz, truz, truz – quem é? – Questionei enquanto tentava relaxar um pouco o meu psicológico.

- Sou eu querida – disse a minha mãe com um sorriso – já te sentes melhor?

- Nem por isso – suspirei – mãe, posso questioná-la uma coisa?

- Claro querida, senta-te – sentei mais a mesma em cima do sofá que tenho no quarto – sabes que podes falar tudo o que quiseres comigo.

- Eu sei – sorri – o bebé que também estavas há espera, como é que foi? Eu sei que não deveria tocar no assunto, mas quero saber toda a verdade.

- Claro querida e tens todo o direito – segurou na minha mão direita – a mãe quando descobriu que estava grávida, ainda não era casada com o teu pai.

- O quê? – Perguntei incrédula – mas antigamente não se podia ter relações antes do casamento.

- Eu sei querida, aconteceu – sorriu – eu e o teu pai vivíamos um grande amor, era inevitável controlar-nos perante os sentimentos que tínhamos. Nós usávamos proteções, até que um dia, estávamos tão descontrolados com o prazer, que não usámos. Mais tarde, comecei a andar a sentir-me mal e já vivia aqui no palácio com o teu pai, mais o teu avô Artur. Após uma consulta, o médico mandou-me fazer um teste de gravidez o qual deu positivo.

- Como depois foi lidar com isso? – Perguntei.

- Ao início chorei bastante, era demasiado jovem para ser mãe querida – sorriu para mim – mas depois, ao ver o teu pai tão feliz e a dizer que juntos iríamos formar uma grande família, o medo desapareceu. Antes do teu avô partir, a gente foi-se despedir dele pois o médico informou que ele estava a piorar da doença, e contámos-lhes. Ele ficou radiante em saber que iria ser avô, só que passado alguns minutos faleceu – uma lágrima desceu da minha face – o teu avô era um homem bastante frio, mas comigo foi sempre impecável. Mais tarde, quando já estava a alguns meses de gravidez, vim a saber que estava grávida de gêmeos – sorri – foi um terror naquela altura, uma jovem, prestes a casar-se e a tornar-se rainha vir a descobrir que estava grávida de dois bebés, só que depois tudo piorou – suspirou – havia uma moça que era tóxica pelo teu pai e, arranjava vários esquemas para tentar ficar com o mesmo – interrompi.

- Que estúpida!

- Até que passado uns dias o teu pai alterou bastante a forma de ser para comigo e, mais tarde quando entro no quarto estava ele a ter relações sexuais com ela – começou a chorar e eu fiz um carinho na sua face – eu fiquei sem chão naquele momento querida, não sabia mais o que fazer, até que perdi os sentidos. Quando voltei a recuperá-los, estava a ser vista pelo médico e o mesmo disse que um dos bebés tinha sido perdido, mas o outro não – sorriu enquanto chorava – tu foste uma sobrevivente querida, foste a minha maior força desde o primeiro momento que soube que estava grávida e ainda hoje és – sorri – por isso, é que a mãe e o pai protegem-te tanto, mas principalmente eu. Tenho medo de te perder.

- Tu não me vais perder – abracei-a – eu nunca te irei abandonar, nunca te esqueças disso!

- Obrigada querida – sorriu – prometes-me que vais tentar fazer um esforço com o teu pai?

- Mãe não me peças isso – levantei-me da cama – o pai tem sido cruel comigo, eu passo dias trancada no palácio, ele não consegue entender.

- Consegue querida, só que o teu pai anda com tantos problemas que às vezes esquece-se que estás na adolescência – sorriu – mas bem, não é só por causa disso que vim aqui ao quarto.

- Então? – Perguntei bastante curiosa.

- Como tu sabes, vai haver o baile de primavera aqui no palácio e como vejo que andas tediosa devido ao excesso de aulas, quando não são as aulas ficas sempre aqui fechada no quarto mais a Yasmin, tomei como decisão em convidar-te para seres tu mesma a preparar o baile.

Mal o disse, fiquei por minutos sem saber o que dizer. É uma excelente ideia da parte da minha mãe, realmente irei manter a minha cabeça mais ocupada, estarei mais distraída, mas acima de tudo é uma enorme responsabilidade.

- Mãe não sei o que dizer – disse enquanto mexia as minhas mãos e olhava para o chão – é uma enorme responsabilidade.

- Eu sei querida – sorriu – mas sei que tu irás sair-te muito bem, para além eu tenho de ajudar o teu pai quanto ao reino – de repente, a expressão facial da minha mãe mudou – aconteceu esta noite um enorme problema.

- Como assim?

- Houve novamente um ataque – suspirou – eu já não sei o que fazer querida, nem eu nem o teu pai.

- Mas mais um ataque de vampiros?

- Sim – suspirou – estamos a pensar em construir muralhas enormes em volta do reino.

Não acredito! Se essa ideia for para a frente, eu dificilmente irei conseguir sair do palácio, nem os túneis irão me salvar e, mais, seja o tamanho que for das muralhas, eles entram na mesma devido há forma e rapidez que têm. Se Damon conseguiu subir as muralhas do palácio, saltar de árvore em árvore e montanhas, os outros vampiros irão conseguir na mesma.

- Não mãe – disse com um tom de firmeza – as muralhas não serão suficientemente fortes, eles conseguem subir na mesma – minha mãe ficou a olhar muito espantada para mim – eu andei a pesquisar algumas informações na internet há uns tempos para trás.

Verdade seja dita, para além do que descobri através do Damon, descobri mais algumas informações na internet.

- Posso ver? – Questionou-me.

- Claro.

Fui em direção há mesa onde tinha o meu portátil, fui buscar o meu portátil e abri alguns sites.

- Antes de aparecer casos de vampirismo aqui em Flygiar, já tinha aparecido noutros reinos como por exemplo em Mariposa.

- Mariposa? – Perguntou a minha mãe chocada.

Eu sabia que já tinha existido casos de vampirismo em Mariposa porque Damon era de lá e também sei que é o príncipe que desapareceu há uns bons anos atrás, mas sei que tal informação não posso dar há minha mãe, ou melhor, até posso mas como será que ela irá reagir?

*Ola leitores/as, peço imensa desculpa pela minha ausência, mas tem sido bastante complicada a minha vida nos últimos meses! Demasiados estudos, depois tive estágio. Prometo que a partir de agora serei pontual pois estou de férias! Quero saber a vossa opinião deste capítulo. Acham que a princesa Leonor deverá contar há sua mãe tudo acerca de Damon?

A herdeira do trono de FlygiarOnde histórias criam vida. Descubra agora