VI - A Salvação está nas mãos de quem afinal?

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Todo o comércio de Ravika estava proibido por ordens do Rei Milo, até segunda ordem que todos deveriam permanecer em suas casas e as mercadorias poderiam ser comercializadas de porta em porta, e os viajantes de outros Reinos só entravam tendo suas mercadorias fiscalizadas pelos guardas da entrada de Ravika, pois estava proibido a venda sem aviso prévio passar qualquer mercadoria que não fosse para troca.

Um jovem alto e magro, de cabelo castanho claro bem curto, e suas vestes as de um camponês, se aproxima do portão com um saco de pano nas costas e é parado pelos guardas, parecia um pouco pesado.

- De onde você é jovem?
- Arkania, senhor! Responde o garoto assustado.
- Abra esse seu saco, precisamos ver o que trás aí dentro.

Imediatamente ele tira o saco das costas, e com um pouco de dificuldade o coloca no solo de cimento e o abre. Dentro é revelado a existência de relógios dourados e prateados de diversos tamanhos e modelos.

- Esta mercadoria não está permitido a entrada. O que pretende?

- Eu e minha família precisamos de comida senhor, e em nosso reino não conseguimos quase nada com nosso trabalho. Tenho a intensão de trocar alguns relógios que encontrei na encosta por alimentos.

- Qual seu nome rapaz? - pergunta o outro soldado mais alto.

- Arthur... Arthur Lehman, Senhor! - Responde ele assustado.

- Então você só pode ser filho de Gomide Lehman, o viajante mais destemido de toda Ravika. Seu pai deixou um grande legado de determinação por aqui jovem, ele faz falta.

- Sim, sou filho dele mesmo. Posso passar? Por favor!

- Iremos deixar você passar, vá em frente e siga direto para a maior casa amarela no fim do caminho reto, é a residência do comandante, seu pai gostava muito de negociar com ele, e talvez possa te ajudar.

O rapaz imediatamente amarra novamente seu saco de pano e o coloca nas costas e segue caminho a procura da casa de Ycaro. Todos que chegavam passavam por vistoria, mas muitos voltavam para casa sem sucesso. Era fim de noite de mais um longo dia e as ruas do comércio permaneciam bem movimentadas. O frio havia chegado e com ele a ira das criaturas se ouvia a uma grande distância de Ravika que ficava a duzentos quilômetros da floresta. Todos estavam ficando muito preocupados, pois poderia acabar recursos para alimentação dos animais e o sustento de todos. As águas que batiam na encosta de Arkania traziam diversas coisas, mas os comerciantes de lá ficavam com medo de serem atacados de repente por alguma criatura.

Um cavalo se aproxima da casa de Tharik, um senhor desce e bate na porta bem forte. A maçaneta gira e da claridade surge um homem muito mais alto de cabelos curtos, porém a barba também enorme cobrindo seu rosto.

- Borozas, o que lhe traz a essa hora em minha casa.

- Vim a pedido de Faremir - responde o comandante de Galaz.

- O que será tão urgente que não se pode esperar até amanhã? - Se espanta Tharik bocejando.

- Me desculpa realmente o horário meu amigo, mas chegou a hora de reunirmos o exército.

- Não me diga que a criatura atacou Galaz? - arrecadando os olhos de desespero.

- Ainda não, por nossa sorte. Mas ele está bem furioso para o lado de lá da fronteira, e Faremir teme que logo se manifestará contra nós.

- Mas não podemos, ainda não encontramos a garota que sumiu a três dias atrás. Não posso simplesmente ignorar este fato e focar em uma batalha.

- Eu sei que é a vida de uma pessoa inocente que pode estar em perigo, mas não podemos arriscar a vida de milhares e milhares por causa de apenas uma, ela pode já ter morrido, não acha?

- Vou lhe contar um segredo que provavelmente também não sabe, quase ninguém sabe aliás, que na verdade somente eu, o Rei e a Rainha de Zenvar e uma garota do Castelo sabem - Fala baixinho Tharik olhando por todas as direções para ver se não tinha ninguém por perto.

- Olha de volta para Borozas e continua - Rebeca é a princesa de Zenvar, ela vive fora do Castelo como camponesa a anos e todo o povo, inclusive os empregados do castelo acham que ela está trancada em seu quarto no castelo. Então preste atenção nisso, a garota sumida é a PRINCESA de Zenvar, Borozas. Não podemos ignorar as buscas por ela, precisamos encontra-la, caso contrário este reino não entra em batalha. - Conclui ele olhando mais uma vez ao redor para confirmar se realmente não tinha ninguém escondido escutando.

- Minha nossa, meu amigo então é pior do que pensávamos, desculpa eu não sabia. Você tem razão, deverei contar ao Rei de Galaz, mas como sem dizer a verdade?

- Simplesmente diga que o Rei de Zenvar está preocupado com o sumiço de uma camponesa e que reforssamos as buscas por ela, e que assim que a encontrarmos irei reunir o exército.

Borozas então balançou a cabeça aceitando a sugestão do amigo, se despediu com um aceno de cabeça e saiu em direção ao Castelo de Galaz, pois o Rei estava esperando o seu retorno. Ele pegou o caminho mais curto para chegar logo ao portão aonde Arvid esperava o comandante.

- Boa noite senhor! Faremir está a sua espera.
- Obrigado soldado, pode fechar e ir para casa.

Os barulhos das criaturas aumentaram e causou espantos em muitas pessoas que começaram a sair de suas casas desesperadas olhando para o céu a procura. As plantações estavam a espera da colheita do dia seguinte. Uma ventania muito forte estava fazendo na noite, as folhas das árvores da floresta estavam caindo em Zenvar e Galaz, fazendo com que todos ficassem mais apavorados ainda, mas desta vez por não acreditarem no tamanho de cada folha que caia. Tharik e Borozas tentavam controlar o alvoroço que se formava para não assustar as criaturas que rodeavam os céus. Durante toda aquela noite os barulhos eram muito altos, e somente ao amanhecer que elas se acalmaram um pouco, mas não se podia mais perder tempo.

- Pequena acorda! Não podemos mais perder tempo, eles estão nervosos.

- Ah! Que... O que foi?

- Vamos, precisamos partir o quanto antes para o pântano.

- O chefe tem razão princesa, precisamos seguir a diante já amanheceu.

- Pântano? Vicent esse lugar não parece nada confiável, precisamos passar por lá? Não lembro de ter cruzado este lugar depois que comecei a andar pela floresta. Estou começando a duvidar daquela porta. Ai meu Deus.

- Só saberemos se é a porta que você procura se chegarmos até ela - responde cometa apressado e apreensivo para que não demorem.

- Seja como for a vontade do senhor então - a salvação está nas minhas mãos? Se me conceder esta missão eu serei forte prometo. Irei enfrentar o que for preciso para salvar meu Reino e todos que estiverem em perigo - Diz Rebeca olhando para o céu azul por entre os vários troncos acima da sua cabeça.

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PLÁGIO É CRIME
ESTA HISTÓRIA SERÁ PUBLICADA EM BREVE

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Será que a porta não é a que leva de volta a Oregon? O que vocês acham leitores? Enquanto ela está lá tentando chegar na porta em Oregon estão todos tentando achar uma solução para sobreviver. A história está começando a ficar perigosa.

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Agradeço muito todos vocês que estão acompanhando minha história. Estou gostando mesmo de cada comentário, isso mostra o quando gostaram de verdade.

Os Reinos de Oregon - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora