Capítulo Quatorze

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Manuella On

-- Está louco garoto, assustou-me. -- Coloco as duas mãos sobre o peito. -- Nunca te disseram que é feio assustar as pessoas. -- Olho para o corpo a minha frente.

-- Está mudando de assunto? -- Pergunta e arqueia as sobrancelhas. Ele estava sem camisa, apenas por uma calça moletom cinza.

-- Essa é a minha especialidade. -- Dou de ombros e passeio meu olhar por todos os lugares em busca de algo que possa ser fino e afiado para abrir essa porta.

-- Para onde foram? -- Escorou-se em uma das pilastras e cruzou os braços na altura de seu peito nú.

Se não fosse tão babaca, inútil, convencido e vários nomes desprezíveis eu certamente o acharia lindo, seus corpo bem estruturado, seus cabelos escuros jogados de qualquer jeito e seus olhos penetrantes.

-- Do que está falando? -- Virei-me para o mesmo preocupada com o que poderia ter visto ou achado te visto.

-- Não se faça de burra, até porque isso não combina com você. -- Se desencosta da parede e vem em minha direção. -- Mas como quer fingir que nada aconteceu, que não saíram da escola, tudo bem. -- Para do meu lado, agachando no chão.

-- Como sabe? Nós seguiu ? -- Pergunto irritada, e me pergunto o que esteja fazendo.

-- Os seus escândalos para descer da escada te deduraram. -- Diz com desdém, e se levanta me mostrando algo do tipo fino e afiado do jeito que imaginava, parecido com um prego.

-- Oh, não gritei tanto assim. -- Se ele haverá de ter escutado o resto da escola toda também.

-- Não. Ninguém escutou, pois eu segui vocês até onde foram e confesso que foi uma ótima ideia de saída desse inferno. -- Ele estava tentando abrir a porta, até escutarmos a porta destravar e abrir. -- Pronto, está feito.

-- Obrigada idiota. -- Quando coloquei um de meus pés para dentro, uma mão passou a minha frente. -- O que você ainda quer? -- Rolei os olhos.

-- Está me devendo uma ou seria três? -- Ele coloca uma de suas mãos no queixo como se fosse pensar.

-- O que? Você fez porque quis não te devo absolutamente nada. -- Bato em sua mão, e vou em direção às comidas espalhadas, todas estava tampadas imaginei que fosse para o café da manhã.

-- Então, o diretor ficará sabendo de uma fugida do colégio, roubo durante a madrugada e uma mentira. -- Se refere as encrencas que nos metemos durante essas quase duas semanas.

-- Está bem, o que você quer? -- Me rendo, que sorri satisfeita o que me faz acha-lo mais idiota.

-- Na hora certa saberá. -- Diz me olha de cima a baixo e se vira em direção aos corredores que levava aos dormitórios masculino.

-- Eu te odeio.

Bufo.

-- Eu também não gosto de você. -- Fala de costas enquanto desaparece pelos corredores a fora.

Clara On

Droga.

Mil vezes droga, além de estar com fome, cansada tenho que aguentar gente hipócrita. Waylla permanecia calada, enquanto eu discutia com Lara, a mesma garota que conversamos mais cedo.

-- Olha aqui, estamos cansadas de tanto fazer trabalhos na sala de computação. Então me poupe, se poupe. -- Ela me fuzilava com apenas um olhar, e é claro que não ia deixa por aí.

-- Seu paizinho vai adorar saber que as duas saíram sem dizer nada e ainda por cima que aquela vadia da Manu deixou belos arranhões nos meus braços. -- Pegou uma mecha de seu cabelo e se encostou em um dos armários.

-- Se ela te deixou com arranhões, eu vou te deixar no hospital. -- Waylla vai pra cima. -- Aquela hora não deixamos ela acabar contigo pois estávamos atrasadas, mas agora o que tem para me impedir de no seu devido lugar.

Segurei a mesma que me olhou sem entender o porquê de não deixa-los bater em Lara.

-- Não quero levar suspensão em plena madrugada, ela merece muitos tapas, porém não vamos nos rebaixar ao seu nível. -- Digo a Waylla que concorda e olhou novamente para Lara.

-- Você não vai querer que o diretor descubra que todas as sextas sai de seus aposentos em direção ao dos garotos satisfaze-los as escondidas. -- Ela me olha assustada, parece que o jogo virou.

Ela sai batendo o pé e resmungando alguns palavrões. Waylla me olha incrédula e eu dou de ombros.

-- Muitos anos de amizade. -- Dou de ombros e a mesma rir, pega sua bolsa jogada no chão e vamos em direção ao quarto.

Maya On

Hoje era o tão esperado dia, festa finalmente!

Não reparei a hora que Manuella chegou, dormir o resto da madrugada como pedra. O despertador já alertava ao meu lado, é o meu desejo era taca-lo a parede para que pudesse dormir.

-- Está na hora? -- Manu resmunga baixo com coberto na metade do corpo, o sol irradiava o quarto fazendo resmungos de nós três.

-- Apaga essa luz. -- Bella grita e se vira para o lado da parede me fazendo rir, eu levanto e as duas continuam na cama.

Coloquei a roupa da escola, hoje teríamos apenas três aulas, pois o colégio se ocuparia com as coisas da festa que seria essa noite.

-- Garotas finalmente a grande festa chegou. -- Clara entra no quarto dando pulinhos, já Waylla parecia estar dormindo ainda, o sono certamente a dominava.

-- Eu quero dormir. -- Waylla diz e se joga na minha cama ainda desarrumada.

Manuella salta da cama, e pega sua toalha indo em direção ao banheiro. Bella procura alguma coisa em sua mochila, imaginei que fosse o celular.

-- Na mesa. -- Digo a ela que me olha confusa. -- O celular está na mesa. -- Reviro os olhos e volto minha atenção aos meus materiais.

Bella On

Ansiosa!

Ansiosa para esta festa, queria o encontrar novamente e saber ao menos seu primeiro nome. Certamente é da turma mais velha, pois nunca o vi andando pela a escola, ou também pode ser novato.

-- Quero que chegue logo. -- Digo as garotas, enquanto entramos na sala de aula que seria sociologia com um novo professor, que por sinal era bem velho.

-- E eu quero que essa aula passe. -- Waylla diz e senta-se no seu lugar que era um pouco longe do meu.

-- Bom dia alunos, eu sou novo professor de sociologia, aposto que vocês amam essa matéria não é mesmo? -- Ironia, era exatamente o que ele usava nesse momento.

É lá vamos nós mais um dia de aula, porém um dia que durará muito...

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