Capítulo Trinta

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Bella On

A vergonha e o pavor no meu rosto era destacável, a visão que eu vi a poucos segundos atrás ainda insistia em se tornar presente na memória. Ainda estava com os olhos tampados e  nesse momento eu queria sumir dali e não voltar tão cedo. Eu ainda não o ouvir, apenas passos de um lado a outro.

-- Não abra os olhos. -- Mas escutei um risada, aquela risada encantadora. -- Mas se quiser apreciar a vista, sinta-se a vontade.

-- Ande logo ou vou-me embora daqui. -- Alterei meu tom de voz. Não estava nervosa com ele, mas sim comigo mesma por ter visto o que vir e ainda relembrar.

Depois de longo minutos de costa e com as mãos nos olhos, escutei sua respiração no meu pescoço.

-- Posso abrir?

-- Pode, não estou nu. Apesar de ser bem melhor. -- Sussurrou em meu cangote o que me fez arrepiar e me afastar indo para uma das camas.

O encarei e podia ver o quanto meu rosto estava corado, eu não queria estar ali naquele momento e nem nunca mais. Ainda com as vistas embaçado de minutos com os dedos tampando os olhos da visão eu podia ver sua silhueta.

-- Desculpa o atraso, me esqueci. Dormir e o despertador não tocou para acordar-me. -- Dei de ombros e cruzei os braços, não queria suas desculpas. Não iria aceita-las.

-- Eu esperei muito. Você não apareceu. Eu tive que vir ver qual a explicação lógica que iria me dar.

-- Tenho passado noite estudando, meu pai disse que eu precisaria passar para conseguir uma faculdade fora. -- Se explicou e logo sentou-se a minha frente.

Seus dedos tocaram minha face de pele, eu apenas sorrir para ele. Tudo com ele me fazia sentir leve, aquele sorriso me tirava dos eixos.

-- Tudo bem. -- Nos encaramos. -- Acho que já vou indo.

-- Não. Fique, faço questão de lhe ajudar com as provas. Afinal faltou mais um dia no grupo de reforço por minha culpa. -- Levantou e pegou minha mão levando ao encontro da mesa que tinha em todos os dormitórios, que servia justamente para estudar.

-- Estar uma bagunça, mas tem uns rabisco que eu fiz durante a madrugada que irá nos ajudar. -- Nos sentamos.

Reparei no quarto grande ao me sentar, enquanto ele arrumava as folhas jogadas pela a mesa. Reparei que tinha duas camas e roupas jogadas que provavelmente não seriam dele, já que as roupas tinha uma grande largura. Imaginei que tivesse um colega de quarto, mas será que ainda estaria estudando com os outros? Não, com toda certeza não. Rose já deveria os te expulsado para cada um ir dormir no seu alojamento.

-- Cadê seu colega de quarto? -- Indaguei e vi seu semblante confuso. -- Quero dizer...não era para ter um colega, onde está?

-- Ah sim, ele deve estar no quarto de sua namorada. Ele dorme sempre lá.

-- Maldonado não sabe? -- Perguntei ao olha-lo estranho.

-- Ele nunca sabe, todos nós daqui temos um segredo. -- Sorriu com malícia. -- Ele nunca sabe. -- Repetiu.

Assim que conseguiu arrumar seus cadernos corretamente, começamos a estudar. Ao decorrer do tempo pude perceber a sua pouca falta de inteligência principalmente nas matéria de matemática financeira.

Demorei muito tempo para lhe explicar tudo que devia, entretanto não ligo para isso. Sempre estar ao seu lado me fazia se sentir bem comigo mesma, acho que ambos levavam tranquilidade ao outro, mesmo estudando matérias muito difíceis e estressantes.

Era bom.
Era bom, estar com ele.

Manuella On

Eu não entendia a metade do que era lido, minha mente não captava mais nada. Percebi que Maya até agora não tinha voltado das alas do fundo da biblioteca. Realmente muito grande, chegava a dar um arrepio na espinha. Os matérias dela estavam todos já posicionados na mochilas, apenas o meu jogado. Os encarei e os juntei colocando em sua mochila também, pois apenas ela havia trago bolsa para guardar os livros didáticos. Fechei sua mochila e a deixei escorada perto a poltrona que eu havia sentado horas antes.

Rose não veio nos chamar ainda, o que eu achei muito estranho. Já estava mais do que tarde, não tinha absolutamente ninguém na sala. Apenas minha sombra e Maya que se enfiou nas prateleiras do funda da imensa sala.

-- Maya? -- Sussurrei na esperança de ouvi-la ou então, ao menos ver seus cabelos cacheados balançarem em algum lugar. -- Maya! Não me assustei, isso não tem graça.

A xinguei de todos os nomes possíveis no mundo, até me esbarra com alguém que posteriormente carregava diversos livros pesados e ao qual deixou os cair no meu pé.

-- Aí garota. -- Exclamei dando pulinhos para trás no movimento em susto.

-- Preste atenção Manuella. -- Bufou alto e agachou a minha frente para apanhar os livros caídos.

-- Quer ajudar? -- Ofereci com um sorriso torto nos lábios.

-- Seria bom, Manu. -- Ironizou sua fala a qual me fez reforçar os olhos.

Maya On

Assim que ouvir os resmungos de Manuella dizendo que não havia entendido nada do dever que passei para fazer naquela folha, resolvido procurar livros que ajudassem mais nosso estudo, apesar de achar impossível já que todos os outros estudantes pegaram quase todo o estoque de livros da biblioteca.

Fui para uma das prateleiras e me encantei com os livros que encarei, havia todos os tipos de romances perigosos de qual eu e Manuella amávamos ler nas horas vagas.

-- Não desfoque. -- Apontei para outra direção. -- É lá que estar os livros que precisa para passar na universidade e seguir seu sonho. -- Afirmei, mas me peguei olhando para trás e querendo devorar aqueles livros um por um.

Se Manuella visse, certamente morreria. Pensei.

Encontrei alguns livros interessante sobre a sociologia política e matemática financeira.

-- Acho que será ótimo, irá ajudar.

Fui pegando todos os que achei interessante para que possamos ler e aprender algo que irá cair na avaliação. Acabei pegando muito deles, ao menos uns seis ou sete livros em média.

Dei de ombros e voltei de onde tinha vindo, bom é tão imensamente grande que parece nunca ter fim essa biblioteca.
Manuella havia derrubado todos os livros que estavam em meu colo com muita dificuldade.

Até que um barulho surgiu, como se fosse uma porta se trancando com chaves. Sério? Presas aqui, neste breu escuro.

As vadias estão na área [ Pausada ]Onde histórias criam vida. Descubra agora