Capítulo Vinte e cinco

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Clara On

Estava mais para filme de ferro, os corredores já vazios, habitados apenas por faxineiras — não são ameaças — além das câmeras ligadas, porém é bem provável Maldonado não estar em uma das salas supervisionadas. A cada dois passos mais atenta aos corredores, pois se certamente encontrasse um dos monitores, pois apesar de ser filha do dono disso tudo eu ainda sou uma aluna, como qualquer outro aqui.

Perto da sala de meu pai, vejo vultos se aproximando e vozes de mulheres e homens, observei o grande espaço e vi de relance uma porta, ao certo nunca percebi ela alí, mas seria aquilo ou um mês de sem celular, pois é meu pai não tem limites quanto a isso.

Tive sorte da mesma estar aberta, ao entrar sentir meus pés tocarem algum tipo de caixa, não sei ao certo.

-- Garanto que não se repetirá novamente. Fique despreocupado, logo tomarei providencias. -- A voz de meu pai suava por trás daquela porta de madeira azul.

-- Obrigado por garantirmos isso. -- Outra voz grossa rouca e ressoou.

Passos e mais passos, foi assim segundo depois simplesmente parecia ter desaparecido o som, assim tive certeza de que não havia mais ninguém por trás daquela porta.

Sair do quartinho abafado e nada confortável e me direcionei a sala de meu pai, Maldonado. Ao entrar percebi papéis jogados em sua mesa e canetas espalhadas, parecia um tipo de contrato, mas não liguei a mínima para isso e procurei por pistas que me levassem a pessoa que estar brincando com as garotas.

-- Droga, nada nesse inferno. -- Resmunguei baixinho e natural a mão na mesa. Não havia nada a não ser papéis de negociações de trabalho e toda essa democracia toda.

Antes de sair uns papéis caíram no chão aveludado, perto ao sofá ao qual meu pai recebia as visitas mais íntimas.

-- Merda. Logo agora?! -- Sussurrei enquanto agachava para apanhar as papeladas.

Até um certo momento não havia nada de importante, entretanto algo me chamou atenção, uma ficha de um garoto...Lara, afinal o que ele estar fazendo entre esses papéis?

Bli...bli

Ouço o toque de meu celular, pego-o do bolso, juntado todos os papéis e enfiando na primeira gaveta que eu encontrei e me voltei ao celular, achando que poderia ser uma das meninas, porém não era nada disso.

-- Que porra é essa?

A porta foi aberta no momento em que eu iria tocar na maçaneta, a figura de meu pai estava ali bem a minha frente.

-- Não devia estar na aula?

Maya On

Todos da sala cochichavam, tornando barulho em todo o local, as meninas continuavam sem entender o que havia acontecido e quem teria mandando a tal mensagem.

-- Meninas? -- Escutei os sussurros de Manuella em nossa direção.

-- Não me pergunte, não faço a mínima ideia do que significa essa mensagem. -- A morena dos cabelos escuros — Waylla — respondeu logo em seguida.

Desconhecido
Vocês não perdem por esperar. Eu estou de volta.

Vadias.
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-- Ok, isso já estar começando a me assusta. -- Exclamou Bella se virando em nossa direção.

-- Não só a você. -- Antes que falassem algo a mais a professora gritou para a sala.

-- Fiquem quietos. Quero saber quem é o autor dessa mensagem? -- Mostrou seu celular com a mensagem pra todos.

Nenhum se atreveu a responder, apenas um garoto do fundo, nunca o tinha visto na escola deveria ser novo ou nenhum pouco sociável, ao menos sua cara eu teria quase certeza que seria a segunda opção.

-- Ninguém vai dizer será que não entende.

O sinal tocou assim que ele terminou sua fala, todos levantaram arrumando suas coisas, para irem direto ao refeitório.

-- Ei não mandei ninguém levantar. --. A professora bate o pé no chão e emburra a cara.

-- Se você não percebeu, sua aula acabou. -- Lua uma das meninas que Clara me apresentou, falou assim que parou do meu lado.

Sorriu para as garotas e fora junto com Bea para fora do lugar repleto de cadeiras.

Waylla On

Quando enfim chegamos ao refeitório, todos os olhares foram atraídos para nossa direção. Às pessoas pararam o que estavam fazendo para nós encarar.

-- Estão todos...

-- Já sabemos Manu. -- Murmurei dando de ombros e pegando minha bandeja cor salmão.

Às garotas colocaram suas comidas no prato e todos se direcionaram a mesa mais próximo, a única que estava totalmente vazia.

-- Clara não mandou mensagem, estou preocupada. -- Maya ressalta encarando a tela de seu aparelho.

-- Ela sabe se cuidar, como Bella mesmo disse. -- Manuella dar de ombros e volta a comer suas batatinhas fritas.

Permaneciam em total silêncio, até que escutamos uma voz bem aguda ao nosso lado.

-- Oi meninas, podemos nos juntar a vocês. -- A tal Bea indagou junto a Lua.

-- Claro. -- Maya diz afastando para que elas podes sempre se sentar.

Passaram-se tempos e mais tempos, até elas tocarem no assunto que não queríamos conversar, a festa e os olhares sobre nós.

-- Como vocês... vocês sabem. -- A dos cabelo curto preto pergunta com curiosidade no olhar.

-- Não temos nada a dizer. Esse site é uma farsa. -- Dou um gole em meu suco de uva e continuo a encara ambas.

-- Deve ser realmente horrível ser encarada, ainda mais por causa da fofoca. -- Bea se lamenta e dar um abraço em uma das meninas.

-- Não gosto dela. -- Murmura Manuella perto ao meu ouvido.

-- Vadia. -- Resmungo com desdém e a mesma rir, chamando a atenção de todos a mesa.

-- O que foi meninas? Compartilhem também quero rir. -- Bea magra dos cabelos amarelos diz por fim.

-- Nada não querida. -- Bella dá um sorriso falso encarando nós e segurando o riso.

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