Capítulo Trinta e dois

67 3 1
                                    

Bella On

Qualquer pessoa que entrasse pela a porta daquele quarto saberia que estávamos realmente estudando, o cansaço era óbvio entre ambos, meus pequenos olhos castanho dedurava isso, mas tinha um porém eu não queria ir para meu quarto. Não me importava nada, as meninas poderiam estar preocupadas ou não por mim.

Entretanto, apesar de tudo seu sorriso maroto continuava ali em seu rosto, por mais cansado que estivesse tentava não o transmitir para mim.

-- Não acha melhor, pararmos. -- Com muita decepção pronunciei ao mesmo. Não poderia ser tão egoísta a esse ponto.

-- Tanto faz, estar bem interessante a nossa conversa. -- Ele fechou o caderno e virou a cadeira para mim.

Ok, não estávamos completamente focados nos livros de geometria a nossa frente, porém em alguns momentos o assunto sempre nos levava as aulas em sala de aula, como por exemplo: o porquê das aulas da professora de química serem tão chatas, ou então, o motivo do professor de educação física ser tão incoveniente em suas técnicas de como devemos jogar uma bola de basquete.

E foi durantes esses dias encontrando as escondidas que pude perceber a sua timidez para algumas coisas bobas, como falar cantar em público e não ter nenhuma vergonha em gritar no meio do refeitório. Posso dizer, que a sua atenção para mim, me fez criar algum tipo de sentimento não é como se eu quisesse me ver gostando dele, mas os frios na barriga estavam presentes todas as vezes que eu o via, seja de longe ou de perto, mesmo que por uns segundos.

-- Então... -- Tentei achar um assunto convincente para que ele parece de me encarar daquela maneira.

-- Acho que deveríamos assistir algo, já estudamos mais do que realmente o necessário. -- Deu de ombros e levantou indo em direção a sua cama.

-- Já estar bem tarde. -- Olhei no relógio para confirmar minhas suspeitas. -- Oh céus, certamente está bem tarde. Já é madrugada. -- Assustei-me com as horas que o grande relógio em seu quarto mostrava.

-- Meu amigo pelo visto, não irar dormir aqui hoje. -- Abriu seu notebook, deixado poucas horas atrás na cama. -- Vem, deita aqui. Não ligue para a hora.

-- Minha amigas, elas...

-- Elas sabem que está comigo. -- É. Ele tinha razão, não teria motivo para elas morrerem de preocupação, se é que já não estão dormindo.

Manuella On

3:04 da manhã.

Já tinha me conformado dê quê ninguém veria nós aqui, a biblioteca ficava afastada das outras salas, ninguém iria nos ver ou ouvir nosso socorro daqui. Não poderíamos fazer nada a não ser esperar o por do sol nascer e a secretária da biblioteca vir fazer o seu trabalho e deparar com quatro adolescentes deitados de modo desajeitado pelos sofás distribuídos naquele cômodo.

E por falar em adolescentes, os garotos continuavam da mesma forma desde quando nos falamos pela a última vez, eram diferentes. Um diferente para os dois lados: ruim e bom.

-- Não aguento mais ficar aqui. -- Resmunguei pela a milésima vez perto ao ouvido de Maya que apenas virou o rosto para o outro lado com as pálpebras fechadas.

-- Tente dormir, não há nada o quê fazer Manu!

Foi a única coisa que respondeu antes de cair em um sono e sua respiração calma com seu peito subindo e descendo. Dormiu!

-- Argh.

Não tendo muita opção, os encarei novamente. O loiro dos olhos castanhos claros levantou-se e foi para o único sofá vazio dali, logo em seguida pegando um livro e colocando em direção de seus olhos, podia reparar que não estava nem um pouco interessado no que o livro velho da prateleira dizia.

Enquanto um tentava fingir seu interesse pelo o livro mais sem graça o outro me observava. Seu rosto seguia em minha direção, isso me deixava de certa forma desconfortável, seu modo era indiscutível.

Precisava de uma desculpa para sair dali, apesar do pé inchado e apoiado na pequena mesinha a minha frente, lembrei da prateleira dos livros que eu me identificava.

Ao me erguer, consegui segurar nos batentes que tinha espalhados pelo o lugar e foi assim durante todo o caminho até as grandes prateleiras, percorrer os corredores apoiando-me nos livros pesados.

-- Droga de pé! -- Murmurei baixo e voltei a marcar, até sentir alguém atrás de mim.

-- Acho que a princesa precisa de uma ajuda. -- Uma voz grossa parou perto ao meu ouvido e sabia exatamente o dono dela.

Maya On

Barulho de algo caindo despertou-me de meu preve cochilo, que foi até bem produtivo me dando mais energia para aguentar mais algumas horas aqui dentro sem comer ou tomar um banho descente.

Manuella não se encontrava ali, assim como um dos garotos altos. Entretanto um deles permanecia no outro sofá, resmungando algo do tipo inapropriado.

Não iria dizer nada, ele não reparou que eu havia finalmente acordado do meu sono - que apesar, é muito leve -, continuei observando-o mesmo que de uma distância não muito longe.

-- O que tanto olha? -- Perguntou alto, certamente já havia me notado.

Burra!

-- Oh, nada. Apenas pensando. -- Dei de ombros encostando a cabeça em um dos travesseiros ali.

-- Interessante. Qual o seu nome garota? -- Ele era muito lindo, mas também tinha de sobra um lado ignorante, igual a mim, então isso não seria um problema se ele acha.

-- Maya, desprazer de conhecer. -- Levantei-me e peguei meu celular na esperança de haver algum sinal para que pudéssemos fazer ligação.

0% de bateria.

-- É, então somos dois.

Não entendia o motivo de tanta grosseira em uma só pessoa, deixei esse meu lado para trás a muito tempo, entretanto já que quer assim, vamos ver quem suporta mais essa farsa.

-- Não vai me dizer o seu nome?

-- Prefiro que descubra sozinha. Está muito interessada para quem não gosta nenhum pouco de minha pessoa.

Não estava mesmo, só queria puxar uma conversa. Manuella já tinha sumido a algum tempo e o outro "gêmeo" do mal também sumiu, talvez. Só talvez, eu devesse os procurar, Manuella sabe ser bem boba quando quer.

-- Está preocupado com aquela sua amiga do pé inchado, não precisa. Ela foi procurar algum livro que a interessasse.

-- E o seu amigo?

-- Não se preocupe com ele. O que acha que irá fazer, mata-la. -- Indagou e eu abrir os meus olhos mais ainda e recebido apenas um balanço de cabeça e um sorriso encantador.

-- Como posso confiar?

-- Fala sério garota, estávamos aqui para estudar. Se não fosse tão egoísta teria nos notado ali no fim do corredor. -- Apontou pro mesmo.

Desde de esses segundo resolver permanecer calada, não iria brigar com ele. Afinal no fundo eu sabia que estava correto de certo mudo. Ele voltou ao que estava fingindo ler e eu a minha preocupação por perder a aula de hoje - já que já era madrugada - que seria de extrema importância para a prova que também seria daqui a um dia contando com a hora de agora.

As vadias estão na área [ Pausada ]Onde histórias criam vida. Descubra agora