WHATSAPP | LUCAS OLIOTI

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Fiquei sentada esperando os dois gravarem. E sinceramente? Não deveria ter ido. Aquilo não me fez nada bem. Me fez até pensar se era eu que estava no lugar errado e se Lucas era tão feliz comigo. Isso e outras merdas.
-Amor? -Lucas disse e eu me desliguei de meus pensamentos.
-Oi vida. -respondi.
-Vamos? -ele perguntou e eu assenti.
Entrando no carro, permaneci quieta. Lendo alguma história no wattpad, mas nem prestava à atenção.
-Vou direto pra casa, tá? -eu disse cortando o silêncio.
-Pensei que a gente fosse maratonar alguma série hoje. -Lucas respondeu.
-Íamos. Eu tô cansada amor, tô com cólica e também preciso ficar um pouco sozinha. Amanhã a gente combina alguma coisa, pode ser?
-Ok. -ele disse e acariciou meu rosto e eu sorri. -Se mudar de idéia me avisa que eu busco você. -ele disse e eu assenti.
Lucas me deixou em casa, se despediu com um beijo e foi embora. Entrei e fui direto pro banho. Estava cansada e tudo o que eu queria era minha cama. Terminei meu banho, coloquei uma camiseta larga, deitei em minha cama onde fiquei "refletindo".
(N/A: pensando merda mesmo por que é só isso que eu sei fazer de útil, quando não tô escrevendo).
Lucas me mandou uma mensagem me avisando que ia para casa de Christian. Respondi a mensagem dele, virei de bruços e dormi.
Acordei às 4:00 da manhã, com febre. Eu sabia que aquilo não iria me fazer bem e mesmo assim insisti e fui junto.
Me levantei e tomei um banho meio frio. Pelo menos abaixaria a febre. Tomei um remédio e me deitei novamente.
Sou uma pessoa que só sente febre pelos seguintes motivos: falta de alguém, ciúme ou gripe. E dessa vez eu realmente não sabia o motivo.
Peguei meu celular, abri meu whatsapp e Lucas estava online. Estranhei. Normalmente essa hora ele já dormiu.
-Tá fazendo o que acordado essa hora? -perguntei quando ele atendeu.
-Nada. -ele disse com uma cara meio suspeita. E você?
-Eu tava dormindo, acordei e fui tomar um remédio pra febre.
-Febre, amor? Mas estava bem o dia todo. Que estranho.
-Pois é. -disse cortando o assunto.
-Quer que eu vou aí? -ele perguntou mexendo em sua franja que já estava enorme de novo.
-Não precisa, amor. Já to melhorando. -respondi. -E esse cabelo vai cortar quando? -mudei de assunto.
-Ainda essa semana. -ele respondeu. -Amor, você ta bem mesmo? Você está distante desde que a gente saiu da casa da Maria.
-Tô bem sim. -respondi bocejando. -Meu amor, eu vou tentar dormir. Boa noite, dorme bem, te amo.
-Eu te amo. -ele disse e eu desliguei.
Pensei que conversar com Lucas iria me fazer melhorar, mas só fez piorar as incertezas e comecei a chorar. Já vi que essa noite não durmo.
Fiquei rolando na cama até amanhecer, quando eu estava quase adormecendo, Lucas chegou.
Olhei no relógio era 7 da manhã. E pela cara, ele também provavelmente não tinha dormido. Deitou do meu lado e me abraçou.
-Não consegui dormir sem ter certeza que você realmente estava bem.
-Mas eu to bem. A febre já passou.
-E esse olhinho inchado? -ele perguntou.
-É sono. -menti.
-Amor, não minta para mim. Eu sei que você andou chorando. Agora quero saber se eu tenho culpa nisso.
-Não. -respondi. -Você realmente é feliz comigo? -perguntei olhando em seus olhos.
-Lógico. -ele respondeu sem desviar o olhar. -Por que essa pergunta agora?
-Por nada. -respondi. -Mas é que...
-Mas é que? -ele perguntou demonstrando interesse no assunto.
-Vocês dois hoje pareciam tão felizes juntos que eu fiquei me perguntando se você se sente assim quando está comigo.
-Na verdade, não. Com você eu sou muito mais feliz. Aquilo que você viu foi só alegria momentânea. Com você ela dura até mesmo quando eu vou embora.
-Mesmo? -perguntei.
-Uhum. -assentiu e me beijou.
-Ai Lucas queria saber que efeito é esse que você tem. Eu realmente não entendo.
-Como assim?
-A Ingrid de dois meses atrás era completamente diferente. Não se apegava a ninguém e muito menos admitia suas fraquezas. Aí vem você em poucas semanas e muda tudo.
-E isso é bom? -ele perguntou.
-Maravilhoso. Pelo menos pra mim.
-Você também me fez mudar muito. O Lucas de uns meses atrás a essa hora chegaria em casa de alguma festa e stalkearia. -ele disse e eu ri.
-Que merda de fim de noite, hein? -eu disse rindo e ele também riu junto.
-Fazer o que?
-Deveria ter me chamado na dm.
-Na minha mente um dia você chamaria. Já que você não fez, dei o meu jeito.
-Tenho medo desses seus métodos. E já te peço desculpa pelas coisas que você ter lido naquela conta. Principalmente nos dias que eu tava estressada.
-Relaxa, eu também não posto nada que preste.
-Realmente. -brinquei e ele me beijou.