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Apesar de trabalhar em restaurante, eu odeio comer em público. Sou uma negação. Parece que o garfo e a faca criam vidas sozinhos. E pra piorar estou sem graça com a presença dos pais de Lucas, mesmo que eu tenha visto ou conversado com eles outras vezes, ainda sinto um pouco de vergonha.
-Não precisa ter vergonha, não. -dona Vera disse. -Pode ficar à vontade. Somos pessoas normais. -disse simpática e eu sorri.
-Fica à vontade, filha. -seu Paschoal disse.
Aos poucos fui me soltando com eles. Os dois formam um casal tão fofo. Espero que o meu casamento com Lucas seja assim também. Almoçamos e fomos dar uma volta no parque, o dia estava muito quente.
Lucas foi buscar um sorvete junto com seu pai e eu fiquei conversando com a mãe dele.
-Sabe, minha flor. Nunca vi meu filho tão feliz desse jeito. Cada dia passa a felicidade dele só aumenta e toda vez que ele fala de você para mim ou para o pai dele, aqueles olhinhos brilham. -ela disse e eu sorri pra ela. -Quando vocês começaram a namorar, ele não parava de falar em você um segundo. Vivia falando o quanto você é carinhosa, o quanto te ama e é feliz ao seu lado. -fiquei surpresa com esse comentário, pois eu não sabia nada disso.
-Faço o mesmo que ele faz por mim. Seu filho é um anjo na minha vida. -eu disse sorrindo.
-Muito obrigada por cuidar dele para mim, assim fico menos preocupada. -ela agradeceu.
-Não precisa agradecer, ele é meio teimoso às vezes, mas eu também sou. Nem posso reclamar.
-Ele me disse que desconfiava que você estava grávida. É verdade mesmo? -perguntou.
-Sim, mas o teste deu negativo. -respondi meia sem jeito. No fundo eu também fiquei triste com o resultado.
-Não tenho dúvidas de que você vai ser ótima mãe. Mas cada coisa tem seu tempo, quando for a hora certa ele ou ela vão chegar. E pode ter certeza que vai ser a melhor coisa do mundo. -me confortou.
-Não tenho dúvidas. -sorri. -Muito obrigada pelo conselho.
-Não precisa agradecer minha menina. -disse e me abraçou.
-Que cena mais linda, será que estou atrapalhando? -o ciumento chegou.
-Vou adotar sua mãe pra mim. -eu disse pegando o sorvete de sua mão.
-Desculpa, amor. Mas essa aí eu não divido.
-Eu não perguntei se você divide, eu falei que eu vou adotar. -disse e mostrei a língua pra ele. -Quer ser minha segunda mãe? -perguntei a D.Vera que só ria da nossa palhaçada.
-G
-Fala que não, mãe. -Lucas se intrometeu.
-Aceito sim minha flor. -ela respondeu.
-Vai trouxa. -falei rindo da cara de Lucas.
Andamos mais um pouco e Lucas deixou eles em casa. Depois me levou para minha. Decidi deixar ele mais à vontade com os pais.

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