104 quero namorar você.

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Povs Lauren

Ela estava linda, adormecida, com a cabeça tombada para a esquerda e aquele rosto mais sereno. Dirigi por duas horas, com o som tocando alguma coisa que eu não conseguia identificar por estar muito baixo. Preferi não aumentar para não acordá-la. Meus pensamentos começaram a martelar, a dar sinais de vida quanto a mulher que estava estendida no banco ao lado.

Laur - miila ? – chamei baixinho... Mais pra me certificar de que ela estava dormindo do que para acordá-la. – Você está dormindo?

Silêncio...

Laur - Então... Eu queria dizer que te amo e que quero namorar você. – sorri e balancei a cabeça. – Fim do poço, lauren! Agora você faz um pedido de namoro a uma mulher adormecida... Só você mesma!

Fiquei uns minutos em silêncio pensando na coisa idiota que eu estava fazendo.

Laur - Pois é... Eu contei pro meu pai... …, aquele senhor lindo e simpático que você ficou horas conversando sabe que eu sou apaixonada por você... E tem mais uma coisa que eu esqueci de mencionar... Eu terminei meu namoro. E mesmo que eu diga que não foi por você, foi sim... Por mim... Por você... E pelo Zayn. Tá, é verdade, por último foi pelo Poncho. Eu achei que depois de terminar com ele seria mais fácil lutar por você, mas depois eu vi que não seria... Você chegou tão animada lá em casa por ter visto sua namorada. E porque você sempre me diz que ela não é sua namorada, hein? – suspirei. – Pra mim se parece muito com sua namorada...

Fiquei alguns minutos em silêncio, olhando o caminho. Estávamos nos aproximando de Salinas. Decidi só acordar camz quando chegássemos. Ela parecia realmente cansada, parecia realmente não ter dormido nada.

Laur - “… porque você está sorrindo pra mim...” Porque uma simples frase dessas já faz meu coração se encher de esperanças? Ai, ai... Melhor eu parar de conversar com uma bela adormecida... Já estou me passando por louca!

Dirigi por mais alguns minutos até entrar na cidade. Salinas também era uma cidade pequena, mas bem mais desenvolvida do que Porteirinha. Devido à produção de cachaça, a cidade ficou bem conhecida e isso ajudou no desenvolvimento. Como detesto pedir informações, foi muito mais difícil achar o centro do que se eu simplesmente houvesse parado e pedido para alguém me explicar o caminho. Depois de mais algum tempo rodando, consegui encontrar um hotel bonitinho, que parecia bem mais confortável do que o anterior! Não pensei duas vezes e estacionei o carro.

Laur - Mila... – disse desprendendo camz  do cinto e tocando em seu ombro. – Ei... milaa... Chegamos, meu bem.

C - Já? Quanto tempo eu dormi?

L - Umas três horas... – sorri vendo seu olhar sonolento.

Camz - Nossa, parece que foi uns 20 minutos... Acho que estou cansada. – se espreguiçou.

L - Vamos? Tem um hotel ali que parece ser bom.

C - Vamos...

Desci com o carro para garagem do hotel enquanto mila pedia os quarto. Encontrei mila na recepção e fomos pegar nossas malas.

Camz - Peguei um quarto só... – meu coração foi à boca e voltou. – Com duas camas de solteiro... Eles não têm duas camas de casal. – Sorriu. – Podemos pensar melhor se estivermos no mesmo quarto porque não precisaremos ficar guardando as deduções pro outro dia! Eu sempre acabo me esquecendo.

Pegou a mala e foi andando, me deixando meio boquiaberta atrás.

Laur - Tá bom... – foi à única coisa que meu coração acelerado me permitiu dizer. “Todas as vezes que eu fiquei sozinha com a mila dentro de um cômodo a coisa não ficou nada inocente.”

O quarto era espaçoso, duas camas rigorosamente arrumadas, um frigobar, uma TV com DVD sobre uma cômoda, um banheiro à esquerda e uma enorme janela que dava para um enorme rio. Era lindo. Coloquei as malas ao lado da cama e fui tomar um banho. Estava calor demais e eu não conseguia nem respirar naquele clima! Me sentia uma lesma em pleno deserto do Saara.  Quando voltei do banho, vi mila jogada na cama, de sutiã e short, dormindo o sono mais gostoso. Um sorriso bobo brotou em meus lábios, alem da agitação de ver aquele corpo lindo, que eu tanto desejava, com pouca roupa, estendido ali, bem na minha frente... Ao alcance das minhas mãos.

Laur - Assim fica difícil, Karla Camila! Você não facilita as coisas pra mim... – Meu corpo já não me obedecia... Minhas pernas me levavam em direção à cama onde Camila boa estava. – Tão linda... Tão próxima...

Ajoelhei em frente à cama. Aproximei meu rosto do dela e senti sua respiração, calma, profunda... Entregue ao sono. Toquei seu rosto e um arrepio percorreu minha espinha. “A pele macia, delicada...” Minha mente me levando para o dia em que fizemos amor... “A textura, o calor...”. Afastei a franja que caia sobre seus olhos e fiquei algum tempo observando. Meu corpo agia por si só, e minha cabeça já não mandava em absolutamente nada. Aproximei mais meu rosto do dela. Sua boca parecia cada vez mais convidativa, parecia cada vez me chamar para ela. Minha respiração agora se confundia com a dela. Aproximei meus lábios dos dela e encostando-os, num toque tão suave que me soou como uma brisa.

•Cᴀᴍʀᴇɴ• √ ᗩᗰOᑎᘜ ᑕᕼᗩᑎᑕᗴ Onde histórias criam vida. Descubra agora