106 Noticia Desagradável?

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Povs Camila

Os olhos de lauren estavam rasos, e meu coração partido por estar falando aquilo com ela. Abracei lauren antes das lágrimas rolarem soltas. Ficamos algum tempo abraçadas até que ela se acalmou.

Camz - Tem mais uma coisa, Laur... Sua mãe pode estar correndo verdadeiro perigo. Existe um seguro de vida, onde Ricardo é o beneficiário...

O choro de lauren agora era mais alto e seus soluços eram cada vez mais fortes.

Camz - Calma, minha linda! Calma... Olha, não podemos ir para a próxima cidade.

Vamos voltar depois de amanhã, ainda precisamos que essa família reabra o caso. A dinah já está mandando tudo o que conseguimos coletar para a polícia... Entrega anônima. Não sei como ela vai fazer, mas ela tem um jeitinho pra tudo. Enfim... Aquelas provas vão ajudar a colocar ele na cadeia, mas não são suficientes.

Laur - Quantas famílias ele destruiu, camz? Quantas vidas ele destruiu? Que tipo de monstro é esse? Crianças, mila!... Só queriam uma vida melhor! E agora ele quer destruir a minha! Lauren me abraçava forte e chorava. Ficamos abraçadas até que ela recuperasse a calma.

Coloquei-a na cama e deitei de frente para ela, acariciando seus cabelos e rosto. Detestava mais que tudo no mundo ver ela daquele jeito.

C - Gostaria de fazer algo para que você não ficasse assim... – fui sincera.

Laur - Você já está fazendo... Está comigo. Obrigada... – tentou um sorriso.

C - Não é favor... – sorri. – Agora descansa, tá? – falei me levantando.

L - Não! Fica aqui comigo até eu dormir? Só até eu dormir...

C - Tudo bem – sorri e me deitei novamente.

Lauren fechou os olhos e aos poucos foi relaxando enquanto eu acariciava seus cabelos.

Laur - Obrigada... – A voz sonolenta denunciava que já estava totalmente entregue ao sono. Beijei sua testa. Acabei adormecendo também.

Acordei e estava envolvendo Lauren em meus braços. Meu braço a abraçava pela cintura e seus dedos estavam entrelaçados nos meus. Tentei me levantar, mas Laur manteve minha mão presa na sua.

L - Fica mais? – Me pediu com a voz sonolenta.

C - Fico...

Seu corpo se acomodou. Apertei delicadamente sua mão, que ainda estava entrelaçada na minha.

L - Por que você me deixa calma? – sorri com a pergunta.

C - Não sei...

Mais algum tempo de silêncio se seguiu.

C - Você está melhor? – disse em um sussurro.

Laur - Sim... Mas estou preocupada. Quero voltar logo. Estou com medo, Camila.

Apertei seu corpo contra o meu, como se aquele contato pudesse protegê-la de alguma coisa, ou confortar de alguma forma. A verdade é que eu não sabia bem o que fazer, mas sabia que queria proteger ela de tudo aquilo, queria que essa coisa louca terminasse.

Camz - Ei... Eu estou aqui, tá? E não vou a lugar nenhum. O que eu puder fazer pra te ver feliz eu vou fazer, tá?

L - Obrigada.

Ficamos em silêncio por muito tempo, apenas abraçadas. Lauren acariciava minha mão e eu fazia carinho em seus cabelos.

O celular interrompeu. Tentei me levantar mas Lauren impediu, me apertando ainda mais contra seu corpo.

L - Deixa tocar... – sussurrou . O celular continuava tocando.

Camz - laur... Pode ser as meninas com mais alguma informação. Prometo que volto assim que atender.

Levantei e peguei o celular. Olhei o visor, apertando o aparelho entre os dedos por alguns instantes, me perguntando se atenderia ou não. Era lucy. Passei os dedos pelos cabelos e esperei mais um pouco. Parou de tocar.

Fiquei alguns segundos com o aparelho nas mãos até que ele começou a tocar novamente. “Atender ou não... Eis a questão.”

L - Não vai atender? – me tirou dos pensamentos.

Camz - Er... Vou – “Seja o que Deus quiser!” – Alô... Alô??? Não estou ouvindo, a ligação está ruim... Pode falar mais alto??? Espera vou pra varanda ver se fica melhor – fui para fora rapidamente tentando ganhar tempo. Lauren não se moveu da cama.

L - Oi... Está tudo bem ai? – reconheci o tom de chateação na voz.

C - Ei! Está sim. Tirando o calor que faz aqui...

Lu - Hum... Quando você volta?

Camz - Amanhã. Resolvemos antecipar a volta. Temos que visitar mais umas famílias e voltamos. Está tudo bem?

Lu - Está, na medida do possível, Camila.

C - Precisamos conversar, lucy.

Lu - Não, Camila... Não precisamos – sua voz estava fria.

C - Luh...

Lu - Só me avisa quando chegar, tá? Divirta-se – desligou.

Encostei o celular na testa, repassando o tom e as palavras de lucy. Respirei fundo e voltei para o quarto.

L - Eram as meninas?

Camz - Uhum... – Resmunguei enquanto deitava novamente atrás de lauren, me aconchegando em seu corpo.

L - Mais alguma noticia desagradável?

C - Não. Só queriam saber se voltaríamos mesmo amanhã.

L - Ah, tá.

Passamos a manhã inteira assim.

•Cᴀᴍʀᴇɴ• √ ᗩᗰOᑎᘜ ᑕᕼᗩᑎᑕᗴ Onde histórias criam vida. Descubra agora