01.

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Durante minha transição da adolescência para a vida adulta corri atrás de tudo que almejava, que era basicamente ser reconhecida pelo meu trabalho e não precisar viver a semana inteira trancada dentro de um escritório. E eu conquistei tudo isso e muito mais, mas nada era tão perfeito assim.

– Você só pode estar querendo me ferrar! – Esbravejei. – Você tem uma pessoa apenas para ir nessas reuniões, Sidenstrick.

– Allen, eu vou mandar você, porque foi a criadora desse novo projeto, você sabe todo o projeto de trás pra frente – disse abrindo um sorriso. – Além do mais você é uma das melhores, você sabe se comunicar muito bem.

– Você está me desrespeitando. – O olhei, arqueando uma sobrancelha. – Eu explico tudo por email, ou uma chamada de vídeo.

– Mais profissionalismo, Allen! – Chamou minha atenção enquanto levantava um dedo. – Eu ainda sou seu chefe, portanto, amanhã às nove em ponto no centro de treinamento.

– Tudo que vai volta, Stevens. – Falei pegando minha bolsa e caminhando em direção a porta.

– Inclusive você amanhã – disse em tom irônico. – Mande um abraço para o nosso amigo por mim.

– Vai a merda! – Abri a porta, ouvindo sua gargalhada.

– Ah, Rosalie perguntou se você vai jantar conosco esse final de semana –  disse brando.

– Por você eu não iria... Mas sua sorte é que eu amo sua esposa. – Soltei uma piscadinha, saindo de seu escritório.

Saí da empresa, ainda bufando de raiva, eu amava ter contato com todos os clientes da Puma, mas dessa vez fui mandada para reunião era pura pirraça. Enquanto entrava no carro, acendi um cigarro, dando um longo trago, mas a pressa me fez engasgar com a fumaça, o que me deixou ainda mais puta de raiva. Abri a janela do carro, me livrando do cigarro e de toda aquela fumaça.

Quando cheguei em casa, a primeira coisa que fiz foi me livrar das roupas e ir direto para meu banho gelado. Aquele era um ponto da minha que eu não tinha controle nenhum, e a minha vontade era de jogar tudo pro alto, me jogar na cama e hibernar, ou, vestir a primeira roupa, da minha extensa roupas pretas, e sair com a primeira companhia que eu encontrasse. No momento a segunda opção era a que mais me chamava a atenção e minha companhia hoje seria a pior de todas: meus pensamentos.

– Outra dose, por favor! – Chamei Brandon, o barman, levantando o copo de shot.

– Um rapaz pediu para eu entregar isso pra você. – Brandon esticou um papel preso em seus dedos em minha direção.

No, não quero! – Ri, revirando os olhos. – Odeio essas coisas, se ele ta afim de falar comigo não precisa mandar bilhetinhos, não estamos na sétima série.

– Não sei se você dispensaria ele assim – disse aproximando seu rosto do meu, inclinando seu corpo por cima da bancada. – Muitas mulheres iriam querer estar em seu lugar.

Joguei minha cabeça pra trás, gargalhando.

– Eu sou uma mulher direta... Portanto quero homens a mesma altura. – Peguei o copo, dando um gole. – Odeio essas coisas de oferecer uma bebida e você sabe disso.

– Tudo bem, Senhorita Allen, irei comunicá-lo. – Brandon revirou os olhos, dando meia volta e indo em direção contrária a minha.

Continuei bebendo e acompanhando da minha própria companhia, aproveitei para mandar uma foto fazendo uma careta pro meu melhor amigo.

The WorstOnde histórias criam vida. Descubra agora