03.

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Durante o dia trabalhei apenas em casa, respondendo e enviando alguns e-mails. Aproveitei para chamar a Caterine Vásquez e perguntar se eu poderia fazer uma doação para alguma ONG que ela apoia. Ela adorou a ideia e eu preferi já separar as coisas que eu doaria, deixando em uma sacola na cabeceira da minha cama, já que no dia seguinte mesmo eu iria correr pra enviar e me livrar de tudo aquilo de uma vez. Corri no supermercado, o que eu tentava fazer toda semana, mas como sempre falhava miseravelmente.

Quando foi chegando a noite, tomei meu banho e me arrumei para a resenha na casa de Bellerín. Mas, como sempre, quem se atrasou foi o Özil, que apareceu alguns bons minutos após o combinado. Mas eu não podia negar que ele estava muito cheiroso e bem arrumado, só trabalho com verdades.

– A princesa demorou, hein?! Como sempre. – Revirei os olhos e ele me beijou. – Outro carro, Mesut? – perguntei olhando para o carro importado que estava estacionado na porta da minha casa. – Você não cansa não? – Me virei para porta e a tranquei.

– Foi apenas o segundo que comprei esse nesse ano. – Ele riu, me puxando pela cintura. – Juro que tô tentando parar, Ev. Mas olha que coisa mais linda, você precisa ver o motor.

– Sua coleção de carros luxuosos aumenta cada dia mais. – Ri e o puxei para um selinho.

– E você é linda! – Ele abriu a porta do carona para eu entrar, logo depois entrou também, ligando o motor.

– Eu sei, é o que todos falam. – Pisquei enquanto ligava o som, já conectando meu iPhone no mesmo. – Você também é uma fofura, Nemozinho. – Ele falou alguma coisa em algum idioma e apertou minha coxa.

Fomos o caminho ouvindo e cantando algumas músicas antigas do Drake. Naquele momento era bom ser apenas a Evie, sem se preocupar com nada. Eu só queria curtir aqueles momentos que eu tinha com ele.

Poderia listar várias coisas que eu gostava nele, por exemplo, o jeito em que ele apertava minhas coxas enquanto dirigia, ou então do som das suas risadas, da sua voz cantando algumas de suas músicas favoritas, do jeito em que ele se concentrava na direção. Das suas mãos apertando ou batucando no volante. Era uma extensa e melosa lista, ele era definitivamente a única pessoa que conseguia me causar diversos frenesis apenas sorrindo ou me olhando.

Chegamos na casa de Bellerín e quem nos recebeu foi Alex Sànchez.

– Misericórdia, que susto! – Falei em tom debochado, fazendo ele reproduzir sua típica revirada de olhos.

– Demoraram demais, o que estavam fazendo? – Riu nos dando passagem para entrar.

– Não somos tão ninfomaníacos igual a você, amigo. – Ri e dei um abraço nele.

– Nisso ela está certa – Özil concordou. Sánchez revirou os olhos e gargalhou cinicamente.

– Espero de coração que não estejam jogando nenhuma shade para mim. – Foi entrando na casa. – Saíram apenas boatos, e nós não deveríamos confiar em boatos.

– Mesmo assim é melhor evitar ficar perto da Evie. – Mesut passou os braços pelo meus ombros e eu coloquei minha mão dentro do seu bolso traseiro.

Sorri mentalmente, aquilo seria ciúmes? Ponto pra Evie. Isso foi importante pro meu ego.

– O quê?! – Ele parou olhando para nossa cara. – Vocês dois? – Concordamos rindo. – Juntos? – Ele tentou de novo e eu apenas neguei discretamente com a cabeça para ele, que entendeu. Graças a Deus. – Fico feliz que os dois estejam tentando tomar um rumo na vida! – Ele riu e deu um tapinha nas costas do Özil.

The WorstOnde histórias criam vida. Descubra agora