Tomando nosso tempo
Um dia, não me lembro de exatamente qual, estava com uma amiga, estávamos relembrando os tempos de colégio e o curso da nossa amizade (que já não era tão próxima como antes).
Nesse lembrar risadas e gritos de surpresa eram regados a nossa volta a cada lembrança. E depois de cada risada um silêncio pareava. Cada uma perdida em sua própria mente, sentindo o gostinho da nossa velha infância e de como éramos bobas, sedentas pela vida adulta e como o mundo era uma bola de cristal.
Cheias de esperanças e de vida, aquelas duas meninas que agora são mulheres, que continuam cheias de vida, mas com a esperança contida e de alto critica.
Minha velha amiga, hoje não é mais aquela menina tola que sonhava em dominar o mundo com seu brilhantismo;
Hoje, minha velha amiga é uma mulher destemida que vai atrás do que quer sem deixar seu brilhantismo de lado.
Meu velho eu, hoje não é mais aquela tolinha que sonhava em salvar o mundo e tudo o que há nele;
Hoje, meu velho eu sabe que a vida é uma caixinha de surpresas e que nem sempre elas são boas, mas nunca deixou de ver a luz no fim do túnel.
E no futuro espero me lembrar desse dia e torcer para que ainda sejamos as velhas amigas de infância e nos orgulhar do nosso eu do passado, honrar nosso presente e viver intensamente nosso futuro presente.
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Crônicas de um eu lírico (Palavras de uma Poetisa)
PoetryCrônicas e pequenos textos líricos. Para os amantes das palavras e das poesias. Espero que gostem