Capítulo 38 - Texto: Buraco do Coelho

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Buraco do Coelho

Sempre tranquila é assim que me sinto. E eu não posso adormecer sem um pouco de ajuda, leva um tempo para se acalmar.

Até o pânico me define. Define porque o pesadelo toma conta, o medo...

Tenho medo de cair em um buraco sem fundo, como um poço. Dormi e não acordar mais, presa em um pesadelo esse é o verdadeiro pânico.

Mas eu não vou, me agarro em uma esperança sem fim, seguindo um coelho até sua toca, que segundo ele é o paraíso no fim do poço, com um pouco de lama ele diz. Mas o que é um pouco de lama quando se tem o infinito.

Segui-lo era tudo que eu tinha que fazer, com os meus pés descalços tocando na terra molhada, era reconfortante.

Uma voz que seria à consciência perguntou-me se iria segui-lo e eu disse que sim, indo para um caminho sem volta, desconhecido, mas eu sabia aonde ia, iria até o buraco do coelho, o acolhedor espaço de lama. Onde me perdia na tranquilidade.


  Um dos meus preferidos! Escrevi em 2014 e ele é muito especial. 
  Espero que tenha gostado! 

Crônicas de um eu lírico (Palavras de uma Poetisa)Onde histórias criam vida. Descubra agora