Capítulo 43 - Monólogo: Sala cheia, mente vazia.

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  Boa leitura, personagem-observador.  


Monólogo: Sala cheia, mente vazia.


... Estou dentro de uma sala cheia, com pessoas de vários jeitos, estilos, trejeitos. Estou no meio de toda agitação, fico quieta no meu canto, esperando o momento certo para me libertar.

Minha mente vazia é a minha trincheira de toda bagunça do lado de fora. Meu canto é um espaço livre de opressão, fico quieta no meu canto.

As pessoas continuam a se mover e falar. Conversas paralelas movem esse ambiente que no meu ver é um pouco hostil.

Fico observando, só com os meus olhos; minha cabeça não se move, parada em um ponto estático. Minhas ondas vermelhas, da qual chamo de cabelo é o meu escudo de todos os olhares predatórios.

Controlo minha respiração para ser silenciosa, quero passar despercebida. Quero ser invisível.

Meu corpo encolhido ocupa menos do que as vozes altas e graves.

Minhas mãos juntas ao corpo controlam todos os meus espasmos. A sala fria não ajuda.

Fico arrepiada a cada olhada em minha direção, não me sinto segura, mas sou forte para ficar até o final.

Todo mundo tem um anjo, o meu fica escondido observando-me vencer todas as minhas batalhas, a espera de finalmente a guerra acabar.

Mas a guerra está longe de acabar, só está começando...



  Então?  

Crônicas de um eu lírico (Palavras de uma Poetisa)Onde histórias criam vida. Descubra agora