Boa leitura, personagem-observador.
Monólogo: Sala cheia, mente vazia.
... Estou dentro de uma sala cheia, com pessoas de vários jeitos, estilos, trejeitos. Estou no meio de toda agitação, fico quieta no meu canto, esperando o momento certo para me libertar.
Minha mente vazia é a minha trincheira de toda bagunça do lado de fora. Meu canto é um espaço livre de opressão, fico quieta no meu canto.
As pessoas continuam a se mover e falar. Conversas paralelas movem esse ambiente que no meu ver é um pouco hostil.
Fico observando, só com os meus olhos; minha cabeça não se move, parada em um ponto estático. Minhas ondas vermelhas, da qual chamo de cabelo é o meu escudo de todos os olhares predatórios.
Controlo minha respiração para ser silenciosa, quero passar despercebida. Quero ser invisível.
Meu corpo encolhido ocupa menos do que as vozes altas e graves.
Minhas mãos juntas ao corpo controlam todos os meus espasmos. A sala fria não ajuda.
Fico arrepiada a cada olhada em minha direção, não me sinto segura, mas sou forte para ficar até o final.
Todo mundo tem um anjo, o meu fica escondido observando-me vencer todas as minhas batalhas, a espera de finalmente a guerra acabar.
Mas a guerra está longe de acabar, só está começando...
Então?
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Crônicas de um eu lírico (Palavras de uma Poetisa)
PuisiCrônicas e pequenos textos líricos. Para os amantes das palavras e das poesias. Espero que gostem