Capítulo 17

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Acordei com o celular tocando. Tyler não estava mais do meu lado. Com certeza deve ter saído ainda de madrugada com medo do meu pai nos flagrar. Tudo o que não queremos é ter problemas com ele.

Atendi o celular se nem ver quem era e fui surpreendida por uma voz que anda me deixando trêmula.

-Bom dia! -Brandon me saudou. 

-Por que você está me ligando? -Eu falei brava. Não quero ter contato com ele além do necessário, já que tenho que cruzar com ele nas aulas.

-Quero te convidar para dar um passeio. Na verdade gostaria de te levar num lugar. -Ele explica. Sei que é errado mas confesso que fiquei tentada em aceitar o convite dele. 

-Não posso sair hoje. -Eu tento. 

-Por favor! Prometo não fazer nada que você não queira. -Ele fala com uma voz doce que acaba me derretendo. No fim, acabo aceitando. 

-Passo aí em 1 hora. E traz biquíni. -Ele fala e desliga sem me dar tempo de falar mais nada.

Eu tomo um banho e me arrumo. Um vestido simples, cabelos em coque e sapatilhas. Coloco o biquíni na bolsa. Passo pelo quarto de Tyler e ele não está. Desço as escadas e acasa está vazia. Tem apenas um bilhete de papai pregado na porta da geladeira.

Fomos para a cafeteria. Não nos espere para o almoço. bjus, papai.

Mando uma mensagem para Tyler e  ele me fala que teve que ir em outra cidade para fazer umas compras para meu pai. Maravilha. Fui esquecida em casa. Ironizo.

Nem percebi o tempo passar, quando me espanto com uma buzina de carro. meu coração acelera um pouco. Paro em frente a porta tomando coragem para abrir. Quando saio, me deparo com um Brandon em um carro esporte, conversível. De óculos escuros e camisa pólo. Lindo!

-Vamos? -Ele me chama.

Eu desço as escadas da frente e entro no carro. Ele me dá um beijinho no rosto e arranca. 

-Já pensou no que as pessoas irão pensar quando verem um professor saindo com uma aluna? -Eu pergunto meio sem graça.

-Não costumo me importar com a opinião das pessoas. Ele me responde e dar um sorriso de arrancar calcinhas.

A viagem é curta. Cerca de 30 minutos e entramos numa estradinha de chão. No fim dela tem uma porteira. Parece uma fazenda. Ele me conta que é onde sua avó materna mora. todos os sábados ele faz esse caminho para visita-la. 

-Trouxe roupa de banho? Aqui tem uma cachoeira maravilhosa. -ele me pergunta. 

-Claro que não! -eu minto. Nem morta vou entrar na água com Brandon. 

Estacionamos o carro na frente da sede da fazenda. Sua avó vem até nós e o abraça como se fosse um filho. fico um pouco sem graça mas logo ele também vem e me abraça.

-Vó, quero que conheça a Nathaly, uma amiga minha da Faculdade. -ele me apresenta. 

-Olá minha linda! Vamos tomar café? -ela me chama pegando em meu braço e já me levando para dentro.

Uma mesa enorme está posta para três pessoas. Pães, geleias, café, leite, suco. Um verdadeiro banquete que mexe com meu estômago. tudo uma delícia. Ela me explica que quase tudo é feito na fazenda. Após uma deliciosa conversa, nos levantamos e Brandon cochicha algo no ouvido da avó que sai em seguida. Eu o olho desconfiado. O que esses dois estão tramando?

-Quer ver a cachoeira? -ele estende a mão me convidando. Eu penso por um segundo e vou. Afinal, já estou aqui mesmo e que mal fará olhas a água?

Nós seguimos por uma trilha e aos poucos vamos escutando o barulho das águas caindo no rio. Quando chegamos quase perco o folego. É simplesmente linda! Uma queda d'água enorme e um rio cristalino abaixo. Caminhamos mais um pouco e descemos por uma escadinha até a beira do lago. Ele então tira a camisa e fico nervosa ao ver seu peito desnudo. Sua barriga lisinha. Deu até água na boca. 

-Gostou do que tá vendo? -Ele pergunta me tirando do transe. Quando dei por mim ele tava me olhando com um sorrisinho sínico. Droga! Pega em flagrante. 

Ele tira a bermuda ficando só de sunga. Puta merda! Que bunda! Eu  me sento em uma pedra e o fico vendo entrando no rio. 

-Vem! A água tá quentinha. -Ele fala jogando um pouco de água em mim. 

-Não trouxe biquíni. 

Eu sei que você trouxe. Anda vem logo. Pode trocar de roupa ali atrás. -Ele aponta para uma arvore enorme. -Prometo que não vou olhar.

Sabe aquela cena em desenho animado que fica um anjinho e um diabinho em cada lado do personagem? É exatamente assim que eu estou. Um lado diz pra eu não fazer isso. O outro me empurra padeira abaixo em direção ao Brandon. Não sei o que fazer. No fim, o diabinho acabou vencendo. Me levante e segui até a dita árvore. Troco de roupa e saio. Brandon me encara e sinto  meu rosto corar. Entro na água e tenho que concordar com ele. A água está uma delícia.

-Venho aqui desde que era criança. -Ele me conta se aproximando de mim. 

-É muito lindo mesmo. -Eu falo. De repente o vejo mais próximo do que devia. Suas mãos passando por meu corpo me dão arrepio. Ele encosta seu corpo no meu.

-Eu disse que não faria nada que você não quisesse. Se você pedir eu me afasto. -Ele fala.

Eu não consigo dizer não. A conexão entre a gente é inegável. Eu o puxo para mim e selo nossos lábios. 


Quando o Amor AconteceOnde histórias criam vida. Descubra agora