chapter 5

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Na manhã seguinte, a jovem rainha estava muito nervosa, mas não só pela audácia de sua sogra, mas também pela maneira que a jovem que foi em seu quarto, sabia sobre aquele assunto que envolvia a velha e a si. Ela sabia que a menina não podia falar nada, pois sabia que a jovem não era burra de falar ou chantagear a rainha, sabendo que guardava um segredo que condenaria a morte, mas mesmo assim a rainha a temia muito, porque sabia que naquele palácio, bastavam alguns bons copos de vinho, que até o seu mais profundo segredo era solto e todos saberiam no dia seguinte. Então ela sabia que devia fazer algo.

-Me chamou Camila? -A rainha mãe entrou na sala, olhando a jovem em frente de uma janela, que dava para o jardim.

-Sim. Tenho assuntos importantes para lhe dizer sobre ontem. -A rainha falou sem olhar para a sogra.

A jovem sabia que suas criadas e soldados não estavam mais naquela sala, mas do mesmo jeito não se sentiu segura para falar exatamente o que era, mas sua sogra já tinha entendido o assunto a ser tratado.

-Espero que tudo tenha ocorrido bem ontem. -A senhora disse se sentando em uma das poltronas.

-Ontem não ocorreu nada bem. Como você pode fazer isso comigo. -a jovem saiu de perto da parede já mostrando seu estresse.

-O que você esta falando Camila?

-Como pode me mandar ela... -Puxou um pouco de ar para se controlar. -Como pode me mandar uma... Não sei nem descrevê-la

-Ela é a melhor escolha.

-Melhor escolha, como assim melhor escolha? -Camila se sentou numa cadeira perto de sua sogra e sussurrou. - Ela é uma anormal, o que se espera de uma criança com os mesmo genes e sangue dela.

-Uma criança saudável e o futuro de nossa família. -A jovem já iria atrapalhar a senhora, mas logo parou quando a mesma levantou a mão, em um gesto para que ela parasse aquilo que iria começar. -Eu acho que todos esses seus medo sejam compreensível, mas não quero que tema perante isso, porque a criança não nascera com problemas ou semelhança ao dela.

-Você não sabe disso, não tem comprovações. -Camila levantou da cadeira voltou para janela, ficou de costas para a senhora e continuou. -Eu quero ter um filho, quero gerar herdeiros e sei que o preço disso, mas não quero que esse preço seja maior do que deveria.

-Mas tenha a minha palavra que seu filho não nascera com nenhum problema parecido. -Isso atraiu a jovem, que a olhou. -Senta aqui para explicar que isso não acontecerá. -E assim a rainha fez, indo até a velha e se sentando perto da mesma. -A jovem nasceu daquela forma porque há alguns anos tivemos uma epidemia, não tínhamos o conhecimento sobre ela, mas as mais atingidas eram as mulheres grávidas, então os médicos deram o nome de epidemia dos nove meses, os sintomas dessa doença eram parecidos com uma virose normal, mas cada vez ela vinha mais potente e em certos casos as mulheres morriam, e junto, as suas crianças. Os doutores ficaram muito assustados com isso e nós também. Meu marido chamou os doutores para explicar essa epidemia, porque o povo já estava cobrando, então eles nos disseram que estava já tratando as mulheres que estavam com os sintomas.

-Mas até agora a senhora não explicou o que a jovem tem haver com isso. -Camila já estava sem paciência depois de tanta historia que não chegava ao ponto.

-Já estou chegando lá. As mulheres que começavam ter os sintomas eram levadas para um confinamento para o tratamento, mas isso trouxe outra coisa a tona, com os nascimentos dos bebes depois do tratamento, fazia com que eles nascessem diferentes, alguns nasciam fracos e já morriam, mas outros nasciam um pouco diferente, alguns com dois sexos ou deformados, com isso fizemos que todas as crianças que nasceram naquela época ficassem em um domínio do reinado, os nossos doutores cuidasse dos bebes. Com os passar dos anos, percebemos que as crianças nasceram muito fracas como conseqüência da doença, mas as poucas que sobreviveram, os doutores perceberam a diferença nelas. Algumas crianças que eles pensaram serem meninos se desenvolviam como uma menina com a única mudança sendo os órgãos genitais e isso também ocorria com os meninos que pensaram serem meninas. Isso foi tudo informado para nós, mas esse estudo não durou muito tempo, porque outra epidemia ocorreu e levou todas as crianças.

-Mas como a jovem sobreviveu?

-Um milagre. A mãe dela não informou os doutores sobre seus sintomas durante a gravidez e isso a fez passar por isso sozinha, então nasceu Lauren, cresceu e com isso a mãe descobriu o que ela era e a abandonou, ela viveu assim até eu a conhecer e trazê-la. Soube da historia dela e me sensibilizei, trouxe-a para o palácio e dei um emprego.

-Mas quando você a fez concordar com esse plano do herdeiro?

-Quando eu percebi a semelhança que ela tem com meu filho, fiz a proposta para ela e como um pagamento de divida, ela aceitou, mas também pediu dinheiro no final de tudo isso, para que saia das terras do reino e siga com sua vida.

-Então basicamente a diferença dela não vai trazer problemas para a criança. E ela só esta fazendo isso por você e pelo dinheiro?

-Isso. Ela não traz nenhum perigo, porque o segredo dela é bem pior do que ela pode falar sobre você. Pois se o povo descobrir sobre a condição dela, ela terá muitos problemas.

-Mas você não acha que ela saber sobre isso, não poderá gerar problemas.

-Confie em mim, Camila. Faça o que tenha que fazer e não se preocupe com Lauren, porque ela não dará nenhum problema. -A senhora se levantou e foi até a porta, mas antes de abri-la, falou. -Faça logo o que deve ser feito e não se preocupe com nada, porque nenhum problema será criado enquanto eu estiver aqui. - E assim a senhora saiu, desando a jovem rainha ali, perdida em toda aquela historia e perdida em seu conflito interno, de quando fazer e como fazer "o que se deve fazer" da senhora Somerhalder.

Camila sabia que a sua sogra estava decidida que ela faça aquilo sem pestanejar e que só cumpra a tarefa de engravidar, mas aquela historia estava com varias lacuna em aberto, que a jovem queria descobrir, mas que naquele momento sua cabeça estava uma bagunça para resolver essas historias paralelas, ela tinha que resolver primeiro seu caso, para depois pensar em algo sobre aquele assunto.

***

A velha rainha estava no seu escritório, bebendo um dos seus vinhos mais sofisticado, acompanhada por seu fiel servo.

-Você acha que ela acreditou no que a senhora disse? -O servo disse, colocando mais um pouco de vinho no copo da sua senhora, que estava já vazio.

-Eu não me importo se ela acreditou ou não, porque ela já esta presa a essa historia e a mim, ela não fará mais nada sem passar por mim antes, a jovem rainha vai fazer de tudo para não perder o seu lugar, ela é jovem mais também muito esperta.

-Mas a senhora espera o que com ela tomando essa decisão? Porque a senhora não esta só fazendo isso pelo reino.

-Espero só o bem do reino e do meu futuro, mas principalmente o futuro de nossa rainha, que eu tenho certeza que não é aqui.

-Tenho medo do que a senhora planeja.

-É para ter, meu fiel amigo, é para ter.

O ultimo capitulo postado nesse final de semana, pq o proximo só vira no proximo.Prometo tentar postar todo sabado e domigo pelo menos dois capitulos. Bye

TraiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora