Chapter 31

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Com a chegada de Ian, o palácio tinha voltado a ouvir insultos e gritaria do rei, a vê-lo sair às noites e voltar de manhã, todos viam aquilo, mas ninguém se atrevia a falar nada sobre. A rainha teve que mudar toda sua rotina com a volta do marido, sem ele ali tudo era mais calmo e silencioso, e com sem Ally, todo aquele tratamento frio e afastado do homem a fazia ficar solitária naquele quarto, naqueles corredores, em todos os lugares.

-Quem quiser te encontrar, parece que é só vim no jardim. -A rainha mãe sempre achava em uma maneira de ir até ela e infernizá-la.

-Pare, mesmo antes de começar, senhora Edna, hoje eu não estou bem para seus joguinhos e sarcasmos.

-O que esta sentindo? Porque pelo que eu sei, esta perto de dar a luz ao herdeiro.

-Você fala dele como se fosse um objeto, uma arma que ira utilizar, nem parece que será seu neto. -A senhora deu uma baixa risada e chegou perto da jovem, falando em seu ouvido.

-Um neto que não é tão neto assim, né, porque pelo que sabemos, o pai não é pai

-Eu peço, hoje não e mesmo que queria começar, lembre-se que tudo que fiz, começou com a senhora e suas belas palavras.

-E sabe Camila, não me arrependo disso, porque você esta cada vez mais na minha mão.

-Ou é a senhora, que cada vez mais está se enrolando e só me atormenta para que eu tenha medo de você.

As duas estavam muito próximas e de longe Normani via as farpas sendo trocada pelos olhares, ela queria chegar mais perto, mas sabia que iria chamar a atenção delas, então ela não podia escutar o que dizia uma para outro, porém sabia que não era boa coisa e era sobre algum segredo, mas todo aquele ar se esvaiu, quando a jovem se curvou e deu um baixo gemido, ela colocava uma das mãos na barriga e se com a outra se segurava.

-O que esta sentindo? -A senhora sabia o que era, mas queria só ter certeza das coisas.

-Não percebesse que estou com dor. -Ela cerrava os dentes, porque a dor começava no pé da barriga, mas também se espalhava pela espinha, era insuportável que ia e vinha.

Camila já estava sentindo aquelas dores, mas parecia que agora vinha mais recente. A rainha mãe sabia que seu neto estava para vim, então vendo aquilo, chamou o primeiro empregado que viu.

-Minha jovem, vem aqui. -Quem ela chamava era Normani, que tinha saído do seu esconderijo e fingia andar pelo corredor. -Venha até aqui e leve a rainha para o quarto.

-O que esta havendo, majestade? -Normani estava espantada, porque a jovem suava e passava a mão excessivamente na barriga.

-Ela esta preste a ganhar o bebê, então leve rápido para o quarto. -A velha via as duas saírem do jardim e entrar no palácio, a empregada quase arrastava a rainha, que só sabia ranger os dente e aprofundar as unhas no braço da empregada.

-Tenho que avisar o Ian. -A senhora falava sozinha, mas não percebia que outra pessoa tinha escutado tudo que tinham conversa e dessa vez não tinha sido Normani e estava muito dentro daquela teia.

***

O palácio estava movimento, o dia se assemelhava com o dia que Ally estava ganhando seu filho. Todos os empregados, maioria mulheres, estavam andando para lá e para cá, levando coisas ou arrumando as coisas para a vinda do bebê. O medico da família já estava no quarto e voz dele já podia ser escutado seguido pelos gritos da rainha, que eram gritos altos e quase roucos, tinha algumas horas que ela estava naquilo e o rei já tinha chegado e esperava no escritório, junto a alguns amigos, ele estava radiante e confiante que viria um filho homem.

TraiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora