Chapter 12

782 51 1
                                    

Parece que naquele momento tudo estava perdido, as duas olhavam para os lados procurando meios de fugir ou se esconder, porque se fossem encontradas ali daquele jeito, seria a ultima vez.

-Você precisa sair agora, Lauren. -Camila estava desesperada e começou a empurra Lauren para a porta.

-Não posso sair pela porta, os empregados poderá me ver e isso pode chegar aos ouvidos do rei. -Ela andou até o meio e do quarto e falou rápido. -Esse lugar tem que ter alguma outra saída, uma secreta. Castelos sempre tem isso para casos de invasão.

-Como eu não pensei nisso antes, temos uma saída estratégica. -Ela andou ate atrás de uma cômoda e começou a empurrá-la, mas logo parou. -Não vai me ajudar? Esse negocio é muito pesado. - Com um "sim, claro", Lauren ajudou a empurrar à cômoda e revelar uma pequena porta. -Essa porta dá acesso a um caminho que dá a sala de vinhos, então quando chegar lá não é difícil sair sem ser vista, mas tome cuidado do mesmo jeito.

-Obrigada. -Sendo rápida, ela passou no pequeno cubículo e se arrastou para longe, ouvindo a cômoda ser arrastada novamente e a faixa de luz ser apagada.

Lauren estava sendo guiada naquele momento só pelo tato, ela tinha que chegar ao final daquele túnel rapidamente, para que seu sumiço não seja notado.

Já no quarto, estava Camila tentando se manter mais normal possível, suas mãos estavam tremendo e seu coração parecia sair pela boca, mas ela tinha que se manter firme para que seu marido não desconfiasse.

-Cadê minha esposa?

-Deve esta dormindo ainda senhor.

-Mas ela devia ter ido me receber, mas isso não importa, vou ir vê-la. -Essa a voz de seu marido ecoando no corredor, ele estava se aproximando e ela tinha sorte que tinha conseguido empurrar à cômoda e desaparecer com os vestígios de Lauren naquele lugar. -Camila. Meu amor. -Ian falou quando entrou no quarto e viu a esposa ainda com os trajes de dormir.

-Que bom que esta de volta meu amor. -Camila disse abraçando o rei e colocando sua mascara de boa rainha e esposa.

-Sentir sua falta e quero matar essa saudade. -O rei se afastou foi logo abrindo a camisola da esposa.

Neste momento, Lauren estava na sala dos vinhos, suada e cansada por ter rastejado pelo túnel.

Estava suado, seu rosto chegava a brilhar pelo tanto de suor que estava escorrendo no seu rosto. Mas aquele suor não era só pelo caminho abafado e quente que era aquele túnel, mas também pela maneira que quase foi descoberta e se aquilo tivesse acontecido, ela estaria morta.

-Onde você estava? -Aquela voz a Lauren conhecia de quem era, ela começava a perceber um sentimento paterno do homem.

-Andando por ai, William. -Lauren respondeu indo direto para o seu canto, que chamava de quarto.

-Sua cama estava arrumada, até parece que não dormiu aqui.

-Mas eu dormir, não se preocupe. Só fui andar um pouco antes do amanhecer.

Enquanto andava pela quarto, ela não levantou uma só vez à cabeça para olhar nos olhos do homem, porque sabia que se ela fizesse isso, ele descobriria a mentira em seus olhos.

-Lauren, pare. -Ela estava elétrica e já separando uma roupa para tomar banho e trabalhar. -Lauren, eu a falei para parar. -Ele já tinha percebido o nervosismo da jovem e precisava saber o porquê.

-Eu estou atrasada para meu serviço. -Ela tinha parado, mas não olhava ainda para o velho.

-Olhe para mim. -E assim Lauren fez.

Ao se virar, Lauren não agüentou e começou a chorar, fazendo William se assustar e ir abraçá-la. Naquele choro estava todo o medo, ansiedade e desespero que estava passando, ela nunca tinha soltado aquilo para ninguém, as lágrimas saiam aos litros, molhou rapidamente a camisa de William, mas nenhum dos dois falava algo. Só era o som do choro e da respiração desregulada.

-Esta melhor? -Ela assentiu.

Depois de toda aquela cena, os dois estavam sentados na cama, olhando para frente e pareciam muito pensativos.

-Você quer falar sobre isso?

-Acho melhor não. Bem eu nem sei por que chorei.

-Você parecia precisar chorar, guardava essas lagrimas há muito tempo, mas percebo que não quer falar sobre isso.

-Obrigado pelo que fez e não, eu não quero tocar no assunto, mas só posso lhe dizer que vou ficar bem.

-Espero, pois percebo que são uma boa menina, só as vezes que esquece um pouco suas obrigações. -Ele disse a fazendo soltar uma baixa risada. -Mas vamos voltar a trabalhar, porque o rei voltou e espera os cavalos sejam lavados e bem alimentados.

-Já vou fazer isso. -Assim ela saiu rumo aos cavalos.

Chegando ao estábulo, ela encontrou dois homens do exercito do rei conversando e bebendo perto dos cavalos, aquilo não fez Lauren mudar o rumo do seu destino, pois ela tinha que trabalhar e entregar aqueles cavalos limpos e alimentados.

-Ora, ora, ora. O que temos aqui? -Um dos homens disse ao se levantar do banco e ver Lauren chegando. -Não vais falar conosco belezura?

Lauren nem se quer olhava para eles, caminhava ate os produtos de limpeza e separava o que iria usar, mas foi logo parada pelo rapaz, que a puxou.

-Eu falei com você, vadia. Não ouviu?

-Estou fazendo meu trabalho e quero continuá-lo fazer, então, por favor, me solte.

-Porque uma moça tão linda e com uma bela boca esta fazendo um trabalho tão pesado como esse? Você podia largar isso e me ajudar a relaxar um pouco, pois eu acho que você é muito boa nisso. -Ele falava muito perto de seu rosto e assim ela sentia o cheiro forte de álcool sair de sua boca.

-Não se esqueça de mim, Blake, pois eu também quero ter uma mãozinha dessa bela moça. -O outro rapaz falou ao escutar as palavras do amigo

-Eu não farei nada para vocês.

-Fará sim, sua vadiazinha, pois aqui você não passa de uma empregada, nada importante e eu sou um soldado real, protejo o rei e mais forte que você.

-Você também não é ninguém, é um misero soldado, que morrera logo ou ficara marcado pela crueldade que vocês homens são. O rei não sabe nem seu nome e quando morrer será mais um para enterrar. -As palavras impactaram o rapaz e seu amigo, e assim ela pode se soltar dele, mas ela percebeu o que ele iria fazer.

-Sua vadiazinha, você vai me dar o que eu quero. -Ele disse isso, mas não deu nem tempo de chegar perto dela, pois ela pegou uma pá e bateu em sua cabeça com tudo, que fez o rapaz cair já desmaiado.

-O QUE VOCÊ FEZ, SUA DESGRAÇADA? -O outro guarda disse já com sua espada em punho. -Block! Levanta Block!- Ele gritava o nome do homem, mas ele não levantava, então naquele momento ela sabia que estava ferrada e tinha chamado atenção demais.

Oeeepessoal,to de volta depois de muito tempo,mas é pq eu ja disse estou fazendoTCC e isso me oculpa demais,porem to tirando alguns minutos sobrando do diapara escrever e deu esse capitulo.
Espero que gostem e ate a proxima.    

TraiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora