Traição

Chapter 34

Os dias depois da proposta de Ian para Ally foram meio conturbadas, ele tinha enviado a carta para a mulher e recebido o que menos queria. A viúva tinha mandado a resposta, mas era sem uma decisão final, eram palavras vazias e confusas, a mulher nem aceitava e nem recusava o que Ian a propôs. O rei não queria aquelas palavras, mas sim, a submissão e o acordo pré-estabelecido entre os dois, aquele acordo era a única maneira de ter um reino seguro, e Ian sabia disso, mas Ally parecia desafiá-lo.

-Aquela puta pensa que é quem para me mandar uma carta dessas? Ela sabe o perigo que esta correndo? Sabe que num estalar de dedos posso tomar aquele reino falido que ela tem?

-Ian, se acalme, você não pode perder a cabeça com isso. -Richard tentava acalma o colega, mas no fundo não estava muito preocupado com aquilo, ele falava tranqüilo e tomando seu vinho, sentado em uma das poltronas. -Você tem que agora trabalhar numa maneira de convencê-la a aceitar esse acordo, ela tem que entender que precisa de você e que só você vai proteger o filho dela.

-Convencer a viúva? Pra que? -Oliver disse no outro lado da sala. -O rei precisa é mostrar força perante aquele lá, mostrá-la que se não esta ao seu lado Ian, esta contra você.

-Isso é loucura, isso vai atrair a desconfiança dos outros reinos, parece que o rei esta tentando impressionar a rainha estrangeira, ele precisa trazê-la para perto. -Richard tentava, com sua fala calma e objetiva, que aquilo seria catrastofico.

-Por que não pegam logo esse moleque como refém, ele é importante para a mãe e tendo o domínio dele, pode se ter tudo daquela mulher. -Peter com sua voz convencido e superior, soltou aquilo, mas era melhor ter ficado calado, porque tirou uma cara de indignação de Richard.

-Não pense besteira, seqüestrar o garoto vai trazer mais problemas, do que soluções, porque primeiro, isso pode um gatilho para uma rebelião e um provável ataque dos rebeldes do sul, pois sabemos que ainda existe muito deles só esperando uma deixa. Segundo, um ataque contra o reino de Ally pode nós dar inimigos que não conhecemos, aliados improváveis que eles podem ter, sei que os homens do conselho dela são muito influentes e tem amigos alem do mar, o próprio Will tinha aliado e amigos por ser muito carismático e amado pelo povo, alguns camponeses adoravam e admiravam mais ele do que seus próprios reis, temos que temer isso.

-Eu tenho um exercito temido por todos os lados, poderia muito bem matar um por um desses aliados, iria derrotar todos. -Ian estava já alterado com a raiva e do jeito que estava bebendo, a bebida não ajudava muito naquilo que falava, o fazia não raciocinar.

-Você não teria homens e nem tanta ajuda, os outros reis subordinados a você não são corajosos, temer aquilo que não conhecem, mandariam homens para ajudar, mas na primeira oportunidade deixariam você, pois traição é comum em meio a guerra e sua morte daria uma chance a eles de tomar sua casa, sua mulher e sua filha, então não seja burro e pense antes de atacar a mulher, pois não saberíamos com quem lutaríamos.

-Então você esta me dizendo para recuar, para desistir dessa aliança?

-Não. Estou lhe dizendo para achar maneiras de se aproximar, de saber faze-la aceitar essa aliança. -Richard se levantou de onde estava e foi ate a mesa, se servindo de mais vinho. -Sei que sua mulher ficou muito próxima da rainha estrangeira.

-Sim, elas ficaram muito amigas no tempo que os hospedei aqui.

-Use isso ao seu favor, convença sua mulher lhe ajudar com esse acordo, pegue no fator maternidade para ajudá-lo trazer Ally para seu lado.

***

Em outro lugar do palácio, estava Lauren, como todo fim de tarde, treinando com Shawn. O suor já escorria pela sua camisa, a respiração ofegante, mas agora ela já sabia controla-la para não passar mal, tinha aprendido rápido alguns golpes, porem na luta corporal, ela ainda não tinha muito controle, então tentava de tudo para não perder a espada, porque não Sor Mendes a fazia ir para o combate corpo a corpo.