Capítulo 03.

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Este capítulo contém registros de homofobia, violência física e verbal!

Não ouvi mais nada ou sequer senti algo por depois daquele breve momento de tortura

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Não ouvi mais nada ou sequer senti algo por depois daquele breve momento de tortura. Tudo parecia calmo agora, tranquilo como o mar parado, sem ondas agressivas. 

Virei a cabeça na tentativa de afastar a luz direcionada a um de meus olhos e repeti o ato quando puseram a mesma no outro. Falácias flutuavam por aquele cômodo quando com um pouco de dificuldade, abri meus olhos.

Meu pai estava sentado ao meu lado, segurando minha mão e minha mãe ao seu lado. Quando virei minha cabeça para o outro lado, pude ver que estava tomando soro na veia e o médico, anotando algo em um pequeno caderno de capa bege. 

— Como lhes foi dito, a Sra.Kim ainda não está cem porcento. Receio de que ela não esteja se alimentando bem, resultando assim em uma baixa taxa de açúcar em seu sangue. Se isso persistir, pode virar uma hipoglicemia ou até mesmo anemia. — Começou explicando para minha mãe.— Certifique-se de que ela esteja comendo corretamente e tomando os remédios prescritos. Também não esqueça de levá-la para revisões semanais no hospital. Sua memória pode voltar aos poucos e trazer consigo mal estares passageiro, é normal porém todo cuidado ainda é pouco.

Minha mãe assentiu com a cabeça compreendendo o que lhe foi explicado e acompanhou o médico, retirando-se de me quarto restando apenas meu pai e eu.

— Eu desmaiei ?— Indaguei com a voz falha.

— Sim, você desmaiou. E posso saber por quê você anda sem se alimenta devidamente?

Seu olhar frio e extremamente intimidador naquele momento não existia, apenas um olhar doce e preocupado. O mesmo olhar de quando ele ficava preocupado comigo, minha mãe, Haerin ou meus irmãos.

Nos mudamos para o Estados Unidos quando terminei o ensino médio. Meus pais planejavam expandir a Empresa de Cosméticos e a linha de Clínica Estética da minha mãe. Todos vimos uma oportunidade e tanto com a mudança.

Muitas coisas não foi bem um bicho de sete cabeças. A irmã do meu pai já morava por aqui e nos ajudou bastante. As coisas logo entraram no eixo por causa de minha mãe, ela é Estadunidense.

Minha tia tinha uma pequena loja de conveniência, então meu pai comprou o prédio e colocou ela na Gerencia Geral. O marido de minha tia, antes de morrer levou sua família à falência e ela nunca chegou a nos dizer, meu pai apenas descobriu.

Nossa empresa na Coreia ia bem, lucrávamos muito com ela e então, abrir uma nova empresa aqui não nos exigiu mais do que o esperado. Meu pai era um ótimo profissional e soube firmar contrato com bons investidores, ajudando assim, no crescimento da empresa.

Minha tia era uma mulher forte e inteiramente orgulhosa, com toda certeza hesitou muito em aceitar o cargo e uma mudança de vida vindo de meu pai, já que eles não se falavam há mais de dez anos. Mas nada que dois orgulhosos não se resolvam.

Legado de Sangue (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora