JULIANA
O que eu estou fazendo? Convidando meu inimigo para dormir na minha casa, tudo bem que ele me defendeu, mas inimigos é inimigos.
Mantenha seus amigos por perto e seus inimigos mais ainda.
Acho que eu estou seguindo esta frase.Ele foi dormir no quarto de hóspedes.
Ele destruiu todas as minhas vasilhas, eu ri dele, mas eu queria chorar.
Levanto, são exatamente 05h da manhã e as 07h tenho que estar no café. Eu recebi o e-mail que consegui o emprego.
Todo banho, me arrumo e desço para a cozinha, terei que arrumar a bagunça que Gustavo fez. Começo a catar os cacos de vidro e arrumo o resto das vasilhas.
Faço café e arrumo a mesa, vou até o quarto de Gustavo, abrindo a porta devagar.- Gustavo, vem tomar café - chamo-o e ele apenas vira de lado, não irei desistir tão cedo.
- Gustavo, o café - falo, repito isso umas trinta vezes, mas essa desgraça não acorda. Tento empurrar ele, mas não dá certo.
- Deita aqui e fica quieta – diz e me puxa, fazendo-me deitar ao seu lado.
Isso só pode ser brincadeira!
- O café Gustavo, vai tomar café – digo e ele chega mais perto do meu rosto.
- Mas eu estou cansado!
- Mas eu quero que você vá tomar café – digo me levantando.
- Juro que ia falar no cú - ele fala e eu dou risada.
- Vai tomar o café logo, eu tenho que sair para trabalhar
Ele me dá um beijo na testa e saí para o banheiro.
Saio do quarto e fico pensando naquilo.
Por que ele fez isso?
- JULIANA, CADÊ MINHAS ROUPAS?- ele pergunta, grita na verdade.
- ESTÁ LAVANDO, ESTÁ CHEIA DE SALGUE – explico gritando de volta, ele aparece na cozinha.
- Agora estou sem roupa para usar - ele fala e eu reviro os olhos.
Dramático.
- Pega as minhas - digo
- Elas são apertadas – diz cruzando os braços.
- Também, você é gordo - falo dando um sorriso.
Ele chega perto de mim e começa a fazer cosquinhas.
- PARA - grito, eu com o rosto vermelho.
- Só se falar que sou maravilhoso e magro - ele fala e eu concordo.
- ESTÁ BEM, MAS PARA! – grito e ele para, mas fica me segurando para eu não fugir.
- Você é maravilhoso e magro, mas se acha!
- Ei, isso não estava no roteiro - ele fala e dou risada.
- Toma café logo – falo saindo de seus braços.
- Está me expulsando?- ele pergunta divertido.
- Quer que eu minta, ou seja, sincera?- pergunto e ele faz uma careta, me fazendo dar risada.
Tomamos café e eu fui para o café trabalhar. De tarde tenho que ir para a faculdade ver se está tudo certo.
Chego ao café e ignoro completamente o Henry, eu fiquei magoada. Achei que fossemos amigos até o Gustavo, que não é exatamente meu amigo, me protegeu.
Fico no caixa, a Lili está falando comigo já que não tinha ninguém.
Ela é legal, uma boa amiga.
Marcamos de ir assistir filme hoje.- Quero um café preto - Olho para cima e está o Gustavo ali. - Vim trazer isso - ele fala e me dá a sacola de roupas. Ele voltou pra casa para trocar de roupa.
Ele estava com uma calça preta, uma regata branca e uma jaqueta de couro e estava com coturno. Seu cabelo estava arrumado, o cabelo preto dele estava cheio de cachinhos.
- Não passou prancha hoje?- pergunto o fazendo jogar a cabeça para trás e rir.
Nem foi engraçado.
- Hoje não, prefere com prancha? Qualquer coisa volto para fazer prancha - ele fala e a Lili, que estava ao meu lado fazendo o café dele, me olha com um sorriso malicioso.
- Duvido – digo falo e viro pegar o café dele.
Isso está muito estranho.
Mas por que apareceu um sorriso na minha cara?
Entrego o café a ele.- Não esqueça que de tarde vamos ir comprar as vasilhas - ele fala pegando o café e me entregando o dinheiro.
- Na verdade, não vou poder, pois de tarde vou ao cinema – aviso e seu sorriso some.
- Com quem? - ele pergunta tomando um gole de seu café e posso escutar a Lili rindo.
- Comigo, quer ir? – convida ela e eu me viro encarando ela com uma cara feia.
- Não – digo na mesma hora em que ele diz ''Sim''.
- Vou sim e levo um amigo – ele fala e Lili dá um sorriso - ou namora? – ele pergunta.
- Não, pode levar - ela concorda.
- Não leva não! – digo e ele me olha como se fosse louca.
- Por quê? – ele pergunta e ao mesmo tempo Lili dá um sorriso.
- Porque você não vai! – digo e ele dá uma risada negando com a cabeça.
- Te vejo de tarde querida – diz e sai do café com um sorriso.
Já falei que o odeio? Não? Odeio-o.
Lili está me encarando com um sorriso, igual uma anta.
- Não fala nada – digo e ela ri.
- Não falei nada, mas shippo vocês - ela fala e eu reviro os olhos.
- Fica quieta! – mando e ela dá risada.
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Tudo Culpa do Starbucks
RomanceJuliana, uma menina que acaba de se mudar de país para estudar... Mas acredite, não é aqueles clichês que eles irão se esbarrar e se apaixonar, com certeza não será uma paixão de primeira, mas que tal um ódio de primeira? Acreditam? Ju, vem de uma f...