Capítulo 3 - Não te convidei (REVISADO)

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 Juliana

O que aquele garoto tinha na cabeça ao se vingar? Que coisa idiota!

Okay, eu mereço, eu que joguei o café nele.

Ele me ajudou, diferente de Henry que é meu amigo.

O pior foi que ele não me deixou pagar os remédios.
E eu agora estou parecendo um balão vermelho de criança, aquelas com gás hélio.

Vou pegar os remédios. EPA, CADÊ OS REMÉDIOS?

Fico no carro do demônio.

Como é o nome dele? Augusto? Guto? Gustavo? GUSTAVO.

Agora estou sem remédio e eu estou parecendo um balão.

Não, um balão de Nutella.

Jusicreuda, por favor, sem sarcasmo.

Eu sou tu e tu quer que eu pare com sarcasmo? Ta.

Quem discute com a voz da cabeça? Eu, estranho né? Para mim é normal já.

Mas voltando aqui, eu preciso tomar um dos remédios para desinchar.

Escuto meu interfone e clico no botão para ver o que querem.

Olá senhorita Collins, gostaria de falar que o Gustavo Mirrors* está aqui em baixo com seus remédios.
Deveria o deixar subir?

Resolvo pensar bem, mas por que ele quer me entrega os remédios? Seria mais fácil deixar lá em baixo ou mandar o porteiro entregar para mim.

Pode deixar sim, José.

Falo e desligo, depois de alguns minutos escuto alguém batendo na minha porta.

Abro e lá está a desgraça. Pego a sacola com os remédios, sem falar nada mesmo. Vou fechar a porta, mas ele coloca o pé, me impedindo de fechar.

- Nossa, estou bem sim e você? Claro que eu não me importei de vir as - ele fala olhando para o celular - 7hrs da noite aqui e obrigado por me convidar para entrar, gentil da sua parte - ele fala entrando com um sorriso irônico.

Chato.

- Não perguntei se está bem por que não me importa e pelo menos você não está todo vermelho e inchado - digo e ele olha para baixo - Não pedi para vir. Não convidei – falo e ele me olha serio.

- Credo garota. Não precisa ser grossa! – fala e eu dou um sorriso debochado.

- Você me odeia e não quer que eu seja grossa? – pergunto e ele dá de ombros.

- Não odeio você, mas é que você não corre atrás de mim igual o resto das garotas – ele fala e eu arqueio as sobrancelhas.

- Talvez por que eu não seja uma puta - falo e ele dá risada - Está rindo do que?

- Da sua cara, quando fala puta, faz cara de nojo - ele fala imitando minha cara e eu mostro a língua - Para de ser mal educada!

- Não sou mal educada - falo seca.

- Ata - ele fala e vai fuçando nas minhas coisas.

Vejo que ele vai até a cozinha.

Parece que alguém está se sentindo em casa.

- Por que você tem um armário de chocolate e de Nutella? - ele perguntando surpreso.

- Porque sim.

- Isso não vence?

- Eu como tudo – digo dando de ombros.

- Vai ficar gorda, não que tu seja magra - fala ele dando um sorriso.

Eu sou gordinha? Quando ia responder ele alguém bate na porta.

Quem será? Henry? Não.

Abro e lá está Henry.
MEU DEUS, POSSO SER UMA MÉDICA DO FUTURO.
An? O que estou falando?

- Entra - pelo menos este eu convido.

- Quem está aí?- pergunta Gustavo chegando comendo minha Nutella.

- PARA DE COMER MINHA NUTELLA SEU NOJENTO - grito correndo tirar o pote de sua mão, mas ele é mais alto que eu.

Droga.

Eu tava pulando igual uma anta, tentando pegar a Nutella e ele rindo igual o Patati e Patatá.

- Viraram amigos?- Henry pergunta, nesta hora eu e o Gustavo nos olhamos e paramos de implicar.

- Não, bebeu? - falamos juntos.

- Só parece - Henry falou com um sorriso de lado.

- Eu... Hum... Estou atrasado – diz Gustavo e saindo.

Após ele sair Henry me olha e eu nego.

Inimigos. Gustavo e eu somos inimigos.

Deitamos no sofá e começamos a ver um filme na Netflix.

Terminou o filme e eu meio que o expulsei da minha casa.

Resolvo tomar um remédio e ir deitar.

O que está a acontecer? Nada. Eu não gosto do Gustavo. Não desse Gustavo.

Tudo Culpa do StarbucksOnde histórias criam vida. Descubra agora