Capítulo 2

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Tudo estava no seu devido lugar. Já havia organizado minha agenda e a empresa também, procurei analisar os problemas e resolver, eu queria ir de cabeça fria e passar os meus dias bem tranquilo.

Théo estava super animado e já havia feito as malas. Sunga, protetor solar e chinelos, era tudo o que tinha por lá. Era somente isso que passava pela cabeça do louco do meu melhor amigo, esquecendo ele que lá também terá momentos em que o tritão irá precisar sair do mar.

A viagem estava marcada para daqui a três meses e eu corria para organizar todos os detalhes. Ninguém iria saber que eu estava indo para o Havaí, para todos os efeitos, eu estava viajando a trabalho. Não queria a pressão de Lara sobre mim, nem meus pais, nem lembrar de cinco em cinco minutos que o futuro da empresa depende de mim.

Corri contra o tempo para organizar tudo hoje, Karla - responsável pela limpeza e organização do meu apartamento -, sempre me dava uma força, principalmente quando eu estava muito "sufocado". Suas massagens eram ótimas e ela ficava tão molhada quando eu sugeria alguma coisa além do seu serviços do lar, que era ótimo tê-la ali. No final de alguns dias problemáticos, a gente acabava na cama.

Estava na empresa ainda quando recebi uma mensagem de Lauro.

"Reunião às 20:00 horas, no meu escritório. Espero você."

Li a mensagem assim que chegou, mas demorei bastante para responder, estava tentando achar uma desculpa para não ter que ir, mas não achei.

"Ok. Estarei lá."

Coloquei Karla a par da viagem e pedir para que ela organizasse tudo para facilitar minha vida e ela o fez, começou a tirar as roupas de praia do fundo do closet e passar ferro em algumas já de agora.

Na empresa, resolvi todos os problemas correndo ao máximo e fui encontrar com meu pai, ele estava preocupado com o dinheiro que estavam saindo e o lucro baixo, e ficava constantemente cobrando a mim e ao Klaus.

Ao chegar na porta da casa dos meus pais, pensei bastante antes de tocar a campainha. Teria que ouvir as lamentações de Lauro mais uma vez. Fui em frente e toquei, logo Helena apareceu sorridente.

- Nicholas - Falou e sorriu automaticamente, tentando mostrar um carinho forçado. - Entre.

- Oi, boa noite. - Falei entrando e tentando ser educado.

- Seu pai está esperando no escritório. - Sorriu mais uma vez e me deu passagem.

Que espécie de família foi essa que eu fui arrumar? Minha mãe as vezes era tão forçada que um robô perdia para ela. Não havia carinho algum, sem beijo no rosto, abraço, nem ao menos um aperto de mão, nenhuma demonstração de afeto. Era como se fossemos estranhos.

Caminhei quase me arrastando para o escritório. Eram oito horas da noite e eu ainda não havia tido tempo de comer nada, queria acabar logo com isso para me ver livre. Bati duas vezes na porta, só por educação e entrei.

- Boa noite. - Falei formalmente.

- Boa noite, Nicholas. Sente-se. - Meu pai pediu.

Sentei-me ao lado dos homens que estavam ao redor da enorme mesa de reuniões. Nela estavam Klaus, Lauro, William e os dois irmãos de Lara, Levy e Luan.

- Olá querido genro. - William falou sorridente e eu dei um sorriso fingindo simpatia. - Bom, temos muitos motivos para essa reunião, então vamos começar por decidir a data do seu casamento com Lara. Estamos todos ansiosos.

- Achei que teria cinco meses. - Soltei mostrando total desinteresse.

- Tem cinco meses para casar e não para resolver decidi a data. - Lauro bufou. - Acho melhor você e Lara arrumar tudo em um pulo. Marcarei, amanhã, o casamento para daqui a exatos três meses.

ElyséeOnde histórias criam vida. Descubra agora