- Porra mano, eu já vi que vou ficar louco por aqui. - Théo, olhava de um lado para o outro e acompanhava todas as mulheres que passavam com seu olhar.
- E olha que só tem trinta minutos que chegamos aqui. - Sorri com seu comentário.
Os três meses haviam passado voando e aqui estávamos nós, no Havaí.
Eu estava leve.
Havia deixado os problemas do lado de fora do avião quando embarquei rumo ao Havaí. Fizemos o check-in e fomos para as nossas respectivas suítes, que eram vizinhas.- Vou tomar um banho e colocar uma roupa mais leve. - Falei olhando pro meu corpo, que estava coberto por terno e gravata, já que eu precisava ao máximo fingir que estava saindo a trabalho. - Descansar um pouco e às oito horas te encontro no bar, ok?
- Ah não bebê, desse jeito eu vou ficar morrendo de saudades. - Théo fez um biquinho muito engraçado e caímos na gargalhada. - Beleza mano, até mais. - Quem nos visse nesse momento, pensaria que somos um casal, e tudo bem, não tenho nada contra, esse era o nosso jeito de brincar um com o outro.
Acenei e entrei na minha suíte. Era bastante confortável, tinha os móveis e decoração em madeira, com o toque rústico, sem perder o conforto e a elegância de um bom hotel cinco estrelas.
Larguei as malas e tirei a roupa, caminhei direto para o banheiro e me despi para um banho caprichado. Assim que terminei, vesti uma bermuda preta, uma camisa branca e calcei chinelos. O calor do Havaí não era brincadeira. Estava quase sufocando com aquele tanto de roupa que havia em cima de mim.
Assim que me vesti, tirei o notebook da minha mala e o coloquei na mesa de canto do quarto, liguei e chequei o meu e-mail, não havia nada de importante.
Peguei minha câmera e todos os apetrechos e coloquei sobre a cama. Tinha um bom tempo que eu não fazia um "click" de nada. Bem capaz de eu ter perdido a prática. Limpei direitinho e a deixei separada, antes das oito horas eu pretendia dá uma saidinha e matar a saudade do local. Ainda eram quatro horas da tarde.
Peguei meu celular e chequei as mensagens. Haviam algumas da Lara, perguntando sobre como estava sendo a viagem. Optei por não responder agora, tudo o que eu não queria era contato com toda aquela vida de merda que ficou lá.
Nesses três meses depois do noivado, tive que cumprir com minhas obrigações de noivo. Era sempre a mesma coisa, jantar com amigos, às vezes com a família, eventos, fotos e mais fotos e uma Lara insistente que sempre tentava me levar para cama ao final do dia. Eu sempre resistia.
Transamos no dia do noivado. Para ser sincero, eu não senti nada de especial naquele momento, mas Lara jura que foi o suficiente para ela aumentar mais a paixão já existente. A paixão pelo meu dinheiro, apesar da empresa estar nesta situação, ainda éramos de grande lucratividade e nome no mercado.
De todo jeito Lara e sua família conseguiram o que queria. Um casamento entre os dois herdeiros e futuramente, uma união entre os patrimônios. A maior empresa de moda unida a maior empresa de publicidade, um casamento de muito sucesso.
Saí dos meus pensamentos e também do quarto e fui até a piscina, caminhei ao redor dela e logo vi uma passagem que dava para a praia. Com passos lentos e a câmera pendurada no pescoço fui até lá. Era lindo, eu nunca me canso de admirar aquele local. O mar ia e vinha calmo e a praia estava bastante movimentada em apenas uma parte, que era aquela em que eu estava. Caminhei um pouco pelas areias alvas da praia e cheguei a um lado mais sossegado.
Olhei ao redor e estava tudo quieto e calmo, sem ninguém. Havia muitos coqueiros, o mar era extenso e o sol também marcava presença e nada mais. Preparei minha câmera e fotografei tudo o que eu podia.
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Elysée
AléatoireEla é diferente de tudo o que já vi e conheci. O que ela significa para mim? Renascimento. Ela é o meu escape. Não que seja a segunda opção, ela é a primeira e única. Ela é meu anjo da guarda. Seus olhos, são os melhores remédios que eu poderia to...