Luhan finalmente pôde chegar em casa após um longo dia trabalhando na clínica veterinária. Ele amava o que fazia, mas em certos dias, tudo o que desejava era cair em sua cama e dormir profundamente.
Se sentia leve, sem problema algum. E embora não devesse, ele sentia um peso saindo de seus ombros.
Talvez fosse um tanto quanto desgastante seu relacionamento com o loiro alto, até o dia em que o mesmo pedira para terminar o namorico; claro que, no início foi difícil para o chinês, pois realmente o amava, mas estava na cara que Sehun não sentia o mesmo.
Ele só queria saber de foder, frequentar as maiores baladas, e beber até cair.
E Luhan não conseguiria contar a quantidade de vezes que já havia perdoado o ex-namorado por perder a cabeça ou agir sem pensar, e mesmo assim, era muito cansativo para ele ficar preso naquele amor artificial.
Lu fechou os olhinhos, tentando novamente esquecer todo aquele lado, como se quisesse apaga-lo de uma só vez. Falando enquanto durmo à noite, ficando louco, fora de mim.
Fazia esforço para não relembrar os poucos momentos dignos de uma memória, ou do jeito que Sehun o fazia sentir. Meu amor, ele me faz sentir como ninguém, como ninguém.
Eram raras as vezes que o mais novo era fofo consigo, ou lhe dava algum presente ou algum tipo de mimo. Até mesmo os beijinhos e abraços surpresa no meio da manhã, tarde ou noite. Mas meu amor, ele não me ama, então eu digo para mim mesmo.
E o baixinho, ao sentir a vibração do celular abaixo do travesseiro, já imaginava do que se tratava. Ou melhor, de quem se tratava.
–Alô?
–Hannie?
Um, não atenda o telefone, você sabe que ele só está ligando, porque está bêbado e sozinho.
–Sehun. — respondeu em um suspiro, ouvindo a voz arrastadinha.
–Hannie... e-eu preciso de... você.
E aquilo fez Luhan desejar baixinho, sua própria morte. O de cabelos azuis ouviu certo barulho vindo da porta de entrada, logo entendeu.
–Sehun, eu estou cansado, por favor...
–Hannie, eu preciso muito de você! — e então soluçou, tornando a voz quebradiça e fraca. –L-Lu...
–Tudo bem, Sehun.
Desligou a chamada, rapidamente calçando as pantufinhas do Scooby- Doo, e cambaleando até a porta, que quando fora aberta, lhe permitiu a visão de um Oh Sehun com o rostinho inchado, com direito a lágrimas e olhos avermelhados, que ardiam cada segundo mais.
–O que aconteceu dessa vez huh? Exagerou na bebida de novo? — perguntou calmo. Sim, o chinês sempre teve uma paciência e calma impecáveis.
Dois, não o deixe entrar, você precisa expulsá-lo novamente.
–M-me desculpe... e-eu...
–Tudo bem, ok? Não diga nada.
Ao tentar servir de apoio ao mais alto, teve seu corpinho preso em um tipo de abraço apertado, parecia necessitado, como se tudo dependesse daquilo.
–Lu hyung...
–Só... fique quieto, sim?
E o Oh não ousou contrariar o baixinho, pois sabia como era. O Xiao o arrastou até banheiro, onde -depois de muito tempo e esforço- conseguiu dar um banho gelado no loiro. Eu tento seguir em frente, mas ele continua me fazendo ter recaídas.