Capítulo 10

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Narração
“Ah Jin como se engana se soubesse que tem sim uma casa, sempre teve!”
Esse foram os pensamentos de Namjoon antes de seguir em direção a sua casa com Jin ao seu lado. Pobre Jin que não se lembrava de seu passado, e por conta de seu presente julgava Namjoon sem ao menos o conhecer, ambos encontravam – se em um situação delicada, o maior por não saber como agir perante alguém a quem tanto aprecia, sem poder tocar ou ate mesmo abraçar sem saber como lhe dizer a verdade sem que ela pareça fantasiosa, já Jin estava preocupado por não saber que tipo de pessoa seria seu novo dono, e ele não estava a fim de se deixar dominar assim como era com Sehun, tinha dito a si mesmo que não faria isso novamente mesmo que isso lhe custasse a vida. Extremo? Talvez pode ate ser que o Kim menor esteja sendo dramático para algumas pessoas, mas só ele sabe o que teve que aguentar com Sehun e seu jogos sexuais e ele estava decidido nunca mais passar por algo assim.
Se ambos pudessem saber o que se passava no coração um do outro não estariam nessa agonia, mas a vida não e simples como queríamos que fosse, e esse sofrimento será necessário para que a confiança se estabeleça nessa relação e assim esperamos que aconteça.
Jin POV.
Finalmente chegamos a minha casa, quer dizer a casa de Sehun, desço rápido e logo estou de frente a porta que logo e aberta por Susy ela e a única pessoa que sentirei falta nessa casa, ela cuidou de mim desde a infância quando cheguei aqui e ainda cuida, a cumprimento e seguimos em direção ao meu quarto explicou a ela o que aconteceu e enquanto o faço sigo em direção a minha penteadeira abro a ultima gaveta da mesma levanto umas roupas e caixas que ali estavam e quando finalmente alcanço o fundo ergo a pequena taba que escondia um fundo falso e pego meu pequeno embrulho e o coloco meu bolso, penso em pegar alguma roupa mas desisto afinal o possessivo lá no carro disse para não o fazer e tenho medo de ser repreendido então tiro essa ideia da cabeça.
Depois de alguns minutos de conversas com Susy, percebo que demorei de mais e logo sigo em direção à porta me despedindo com um abraço e um beijo na bochecha da velha senhora que continha um doce sorriso nos lábios e algumas lagrimas teimosas escorrendo de seus olhos, sigo em direção ao carro e percebo o moreno me encarrando ele me observou todo o caminho que fiz ate a porta, sua possessão estava me deixando irritado já, entro no carro e logo coloco o sinto e fixo meu olhar para um ponto qualquer da rua esperando que ele desce partida no carro. Mas ele não o faz e o que vem a seguir me irritou ainda mais.
_Pronto para ir para casa?
O tom animado em sua voz me deu repulsa, quem ele pensa que eu sou um objeto um cachorrinho que vai abanar o rabo para ele sempre que ele mostrar aquelas malditas covinhas. Respiro fundo antes de me virar a ele e o respondo.
_Eu não tenho casa, mas sim estou pronto!
Devolvo o tom animado no final claro sendo obvio meu sarcasmo, já estava pronto para receber a bronca ou ate mesmo a agressão, mas nada veio apenas à expressão de tristeza se apossou da face do maior a minha frente, que forçou um sorriso torto e logo voltou sua atenção ao volante e em seguida deu partida no carro.
Virei meu rosto novamente em direção a paisagem que agora se movia ligeiramente rápido, tentava me concentrar em qualquer coisa mais não foi possível, ainda pensava na expressão triste do motorista ao meu lado, suas ações me confundem, hora parece possessivo, hora confiante, mas basta eu ataca-lo para que ele recue, isso me confunde e me assusta, me deixa culpado como se eu fosse o vilão e esse não e o caso aqui.
Levo um susto quando o radio e ligado, quebrando assim o silencio e o ritmo de meus pensamentos e por um momento me viro em direção oposta a que estava e percebo que a expressão no rosto do outro mudou, havia ali um sorriso discreto em seu lábios conforme a musica se destacava nos alto falantes, vê-lo assim me deixou feliz?
Já estava o encarando a vários minutos e agora ele cantarolava pedaços da musica, um sorriso involuntário se formava em meus lábios com a cena, estava tão concentrado que não percebi quando ele parou em um semáforo e nesse momento ele voltou sua atenção para mim.
_Boa a musica né?
Viro-me rapidamente para frente e apenas assinto com a cabeça, e ele então se pronuncia novamente.
_Pegou o que lhe era necessário?
Novamente assinto com a cabeça.
_A sim, e que não vi trazer nada.
A voz do maior estava suave e calma, resolvo o responder com palavras dessa vez.
_E algo pequeno, mas de valor inestimado para mim.
Direciono meu olhar para ele enquanto falo e percebo que sua atenção esta no semáforo, um sorriso se formou em seus lábios ao ouvir minhas palavras e logo percebo que ele estava se lembrando de algo ou alguém, e logo tenho a certeza.
_Também tenho algo, ou melhor, dizendo alguém de valor inestimado para mim.
Suas palavras me abalam de certa forma, não sei exatamente o momento, mas talvez por inveja desta pessoa afinal eu não sou precioso para ninguém, talvez por isso senti tristeza ao ouvir suas palavras, involuntariamente levo minha mão ate meu bolso onde se encontrava meu bem precioso, tentando talvez ter um pouco de esperança.
Namjoon POV.
Depois das palavras sarcásticas de Jin, tento ao máximo não demonstrar a tristeza em meu coração, tudo o que eu queria agora era poder abraça-lo e dizer que sim ele tem uma casa e sempre teve, mas deixo passar assim como no poker quando se da Check na esperança de ver a próxima carta sem precisar ariscar tudo, e assim eu fiz, fiquei algum tempo em silencio, mas o mesmo estava me matando e Jin permanecia estático olhando para as paisagem fora do carro, penso em algo para dizer mas nada vem, talvez pelo medo de que ele venha com mais sarcasmo ou ate mesmo com ódio em sua voz eu não suportaria, não mais uma vez.
Decido então ligar o som e logo um boa musica toca na radio era Titanium, justo a musica que tocava no dia em que encontrei Jin e isso me trouxe boas lembranças em pensar que a dois meses o havia encontrado e nem sabia o que faria e agora ele esta aqui ao meu lado indo para minha casa, um sorriso involuntário surge em meus lábios, percebo que Jin finalmente olhou para mim talvez pelo susto do radio ser ligado, mas ele me observa decido não me virar para que ele não se afaste, de rabo de olho o observo discretamente.
Me deixo envolver com a musica e acabo por cantarolar algumas partes e assobiar outras, e ele continua a me olhar, parei em um semáforo e não resisti o encarei e vi o sorriso em seus lábios, o primeiro sorriso verdadeiro que vi em meses, sorri em resposta e logo o questionei.
_Boa a musica né?
Ele virou-se rapidamente para frente e apenas assentiu com a cabeça, decido por tentar novamente.
_Pegou o que lhe era necessário?
Novamente apenas recebo acenos de cabeça, tento uma ultima vez.
_A sim, e que não vi trazer nada.
Já esperando algo como um aceno ou resmungo, recebo palavras dessa vez me surpreendendo assim.
_E algo pequeno, mas de valor inestimado para mim.
Percebo que virava sua cabeça em minha direção decido olhar para frente para não o intimidar. Mas suas palavras logo me fazem perder-me em meu pensamentos, mas claro que ele era voltado a Jin afinal estava recordando me do nosso passado.
_Também tenho algo, ou melhor, dizendo alguém de valor inestimado para mim.
Sem que eu perceba as palavras fluíram de meu coração para fora, mas já havia dito. Por segundo direciono meu olhar ao meu passageiro e noto seu olhar triste e perdido, já estava tentado a toca-lo e conforta-lo, mas resolvo dar Check novamente quando a luz verde do semáforo se acende, e assim seguimos em direção a minha casa.

NOTA FINAL
OBS: (Check: Termo do Poker, pedir mesa ou passar a vez)

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