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Namjoon POV

Cinco dias, já se passaram cinco dias desde que resgatamos Jin da casa de Sehun. Merda só o nome daquele desgraçado me da raiva. Tenho tentado ser o mais forte que consigo na frente dos meninos. Como havia prometido para mim mesmo, não chorei mais nenhuma vez depois que desfiz o abraço de Tae. Este se tem mostrado forte sempre ao meu lado e ao lado de Jin, mas sei o quanto ele esta sofrendo. Ainda mais depois que o medico nos informou que Jin estava em coma.

O pior de tudo isso e saber que Jin esta assim por que ele quer. O medico nos informou que não a nada de erado com Jin, nenhum tipo de sequela em seu cérebro, suas funções motoras aparentemente estão normais. Nada que o justifique não ter acordado ainda.

“ Nada mais podemos fazer, só depende dele querer acordar”, as palavras do medico ainda ecoam pela minha mente. No dia em que todos souberam, vi Tae estremecer, mas em momento algum chorou, pelo contrario ele aproximou-se de Jin e disse: “Quando decidir voltar estarei aqui lhe esperando Hyung”.

Sempre soube o quanto Tae era forte desde de criança ele sempre soube lidar com a ausência de nossos pais, depois com a ausência de Jin e em seguida com a ausência de nosso pai adotivo. Mesmo que ele agisse de forma infantil e descontraída na maioria das vezes ele sempre foi meu apoio meu alicerce, e agora mais do que nunca está sendo. Mas algo me assusta nisso tudo. Desde aquele dia nunca mais o vi sorrir. E isso era o pior, por que mesmo com tudo pelo que já passamos ele sempre mantinha seu sorriso nos lábios, essa era sua forma de enfrentar as adversidades e acreditar em um futuro melhor. Mas agora aquele sorriso não mais estava lá.

Bom dia meu amor – me aproximo deixando um selar na testa de Jin, assim como faço todos os dias. Sinto sua falta, falta de ouvir sua voz, de ver seus lindos olhos, falta do seu sorriso doce. – conversar com Jim me acalmava de certa forma, ouvir o bip do aparelho dizendo que seu coração ainda batia era meu melhor consolo. Ele já não estava pálido como no dia em que chegou aqui, mas também não tinha a bela cor viva em sua face. Aquele tom rubro que cobria suas bochechas sempre que se sentia envergonhado. Como sentia falta de velas rosadas.

Aquela casa sem você não e a mesma coisa sabia? Não acha que já descansou o suficiente? Eu sei que sou desastrado e sempre quebro alguma coisa, mas prometo que se voltar logo vou ficar o resto da vida sem quebrar mais nada, prometo de mindinho até.

_ Não prometa coisas impossíveis – sou surpreendido pela voz de meu irmão.

_ Jinnie ignore a promessa dele, mas venha logo, estou quase passando fome sem sua comida maravilhosa. – Tae disse se aproximando de mim.

_ Yahh claro que eu posso ficar sem quebrar as coisas – disse me virando em sua direção, só que meu movimento foi meio brusco e acabo por derrubar um copo que estava no criado mudo ao lado da minha cadeira.

_ Viu Hyung ele não consegue – o mais novo zombava de minha cara.

_ Está bem, vou pensar em outra coisa para prometer, afinal sou o verdadeiro Deus da Destruição – disse rendido, e acabei por tirar uma risada amarela do meu irmão. Mas ainda não era verdadeira.

_ Como ele está?

_ Ainda na mesma, o medico esteve aqui a pouco e ele continua na mesma, só depende dele – a face de Tae era só tristeza.

_ Então não demore Hyung! Não acha que está muito preguiçoso? Sei que nos somos chatos e só te damos trabalho, mas nos te amamos muito e o queremos aqui com nós. – Novamente aquele sorrio falso estava nos lábios de meu irmão. Era sempre assim quando ele direcionava sua fala a Jin.

_ Cuide dele hyung mais tarde eu volto. – o mais novo falou se despedindo.

Tae nunca ficava por muito tempo, e nem se aproximava muito de Jin, sempre falava tudo do meio da sala e nunca se aproximava mais do que isso, mas sempre estava por lá, duas ou três vezes no dia ia até o quarto checar como ele estava, o restante do dia se comunicava por mensagem para saber de noticias.

Os meninos sempre estavam por lá se revezavam para passar a noite junto a mim. Tae foi o único que não se ofereceu para dormir aqui comigo e Jin. Eles sempre traziam comida e roupas limpas para mim, que desde aquele dia praticamente morava no hospital, o máximo de tempo que me afastava de Jin era para ir ao banheiro ou ate a cafeteria no andar de baixo do hospital. E claro que só fazia isso quando alguns dos outros meninos estavam por aqui para ficar com Jin. Não correria o risco de deixa-lo sozinho.

Só de pensar que aquele escroto do Sehun já está quase recuperado me deixa extremamente furioso. Enquanto meu Jin ainda não acordou, ele está la já acordado. Pelo menos sei que ele não pode mais fazer mal para nenhum de nós. E o fato de ele ainda estar vivo acabou por ser bom, caso o mesmo morresse eu teria que enfrentar um julgamento e isso nesse momento seria impossível, eu não deixaria Jin ate que ele acordasse. Não que eu tenha medo de ser preso pela morte daquele escroto, pelo contrario eu queria ter o matado por tudo o que fez Jin e Tae passar. Mas o fato e que agora eu preciso estar ao lado de Jin.

No segundo dia quando o delegado veio falar comigo, eu me desesperei pensando que seria preso e teria que sair do lado de Jin, mas logo o delegado me explicou que como Sehun não havia morrido as coisas seriam mais fáceis, e como ele era um criminoso com tantas acusações contras si, seria fácil justificar meu descontrole, o delegado disse que seria algo como legitima defesa. Todos os agentes envolvidos no resgate concordaram em dar a mesma versão do acontecimento. Então tudo ficaria bem. O delegado me garantiu que Sehun teria a punição merecida, e com isso eu me aliviei. Não quero pensar sobre isso, pelo menos não agora, só o que importa e Jin acordar.

Saiu dos meus pensamentos, quando vejo a enfermeira checar o estado de Jin, assim que a mesma termina sai do quarto nos deixando novamente a sós. E como todos os outros dias farei a única coisa que me cabia. Pego meu livro e logo vejo a pagina em que parei. Inicio minha leitura em voz alta, e assim seria o restante do meu dia ao lado de Jin, lendo para o mesmo parando somente quando algum dos meninos chegasse para a visita. E ao final do dia conversaria com o mesmo e em seguida lhe desejaria uma boa noite de sono. Me prepararia para dormir, como se fosse possível, e no dia seguinte tudo se repetiria.

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