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Namjoon POV

Não, não, não, sabia que algo ruim aconteceria, Jin acabou por desmaiar eu não sei o que fazer checo seu pulso e o mesmo esta normal, opto por deixa-lo repousando, o levo para cima em seu quarto e o deixo sobre a cama deitado, vou para cozinha e logo preparo um chá, pelo menos tento, não devo quebrar nada apenas fervendo um pouco de água, engano-me neste pequeno ato de colocar água na chaleira e acender o fogo consegui quebrar dois copos que estavam sobre a pia esbarando nos mesmo. Esqueço minhas ações atrapalhadas assim que escuto o chiar da chaleira indicando que a água estava fervida, busco uma caneca no armário e procuro pelos saquinhos de chá, logo encontrando o desejado camomila penso que será o ideal.

Já com a caneca em mãos subo as escadas sem presa evitando qualquer outro incidente, abro a porta do quarto lentamente a imagem de Jin ainda desacordado já era visível, caminho lentamente ate a cama deixo a caneca no criado mudo e sento-me na poltrona esta que trato de levar para próximo da cama, velo o sono do rapaz em busca de qualquer sinal de seu despertar, acabo por me perder em meus pensamento, “O que será que ele ira dizer quando acordar”, “Ele se lembra do passado?”, “O que aconteceu aquele dia e onde ele estava?”, ”Ele me culpara por tudo o que aconteceu?”, milhares de questionamentos rondavam minha mente, mas eu já estava preparado para todas elas, vou aceitar a decisão de Jin, se ele não me quisesse em sua vida imediatamente sairei desta casa que na verdade pertence a ele e não a mim.

Continuo observando sua face que no momento parecia serena apenas me questionava ate quando ficaria assim, mesmo estando disposto a fazer o que ele pedisse no fundo me doía apenas imaginar ficar longe dele, ainda mais depois da noite passada o tendo tão próximo e tão entregue a mim, tudo o que eu desejo e que ele apenas me perdoe e me deixa pelo menos estar por perto, o ver todos os dias já seria o suficiente. Saio de meus pensamentos quando percebo o outro abrir seus olhos lentamente, ele observa o local a sua volta ate firmar seu olhar sobre mim, sinto meu coração se apertar, não sei o que dizer apenas o observo ele faz o mesmo por um tempo.

_Joonie!

Jin POV

Sinto minha cabeça pesada e logo abro meus olhos, minha mente esta confusa onde estou? Observo atentamente o local onde estou logo reconheço meu quarto, continuo a explorar o local me deparando com duas orbes negras que emanavam preocupação, e assim que conecto-me com elas as lembranças veem como uma bomba atômica e um nome me vem a mente.

_Joonie! – no momento em que pronuncio tal nome um sorriso se abre em meus lábios, já o dono das orbes negras apresenta uma expressão de surpresa acompanhado de uma lagrima solitária que escoria por sua bochecha.

_Joonie? – ele agora repetia minha fala de segundos atrás ainda com espanto no olhar. – Você se lembra? – questionou-me

Flash Back on

_Jinnie vem já esta na hora de voltarmos. – disse o moreno me chamando

_Espera tenho que falar com você. – Exclamo autoritário

_Ok Hyung, mas o V já esta la na barraquinha de cachorro quente ele não vai embora enquanto não comprarmos um. – Disse o garoto parando de correr e me esperando alcança-lo.

Caminho em sua direção e quando o alcanço, aproximo dele o suficiente para precisar apenas de um sussurro para ser ouvido.

_Joonie! Exclamo o deixando com o olhar confuso, um sorriso surge em meus lábios.

_Como hyung? – pergunta ele confuso.

_Joonie! De agora em diante vou te chamar de Joonie! Não Monster, nem Namjoon, mas sim Joonie, meu Joonie! – Digo tudo finalizando com um beijo estalado em sua bochecha e automaticamente ele cora já eu saio e o deixo lá.

_JOONIE VEM VAI FICAR AI PARADO. – Digo já longe correndo em direção ao V enquanto via um sorriso bobo surgir nos lábios do outro que ainda mantinha a mão sobre o local do beijo.

Flash Back off

_Lembro, foi no dia que fomos ao parque de diversos na praia, um dia antes de tudo acontecer. – digo calmo e vejo mais algumas lagrimas caírem de seus olhos.

_Foi o dia que te dei esse apelido. – Conclui o vendo levar as mãos a face tentando de alguma forma controlar as lagrimas que agora caiam sem pudor.

_Me.. me desculpe Hyung, desculpa, desculpa... – Dizia em meio ao choro compulsivo.

Vê-lo daquela forma doía meu coração, no momento em que as memorias voltaram todo o sentimento que haviam com elas voltaram também. Levo minha mãos ate onde as suas estavam num tentativa falha de conter suas lagrimas, pouso minhas mãos por sobre as suas e vejo sua respiração sessar por uns segundos, mas logo ele sucumbi ao meu toque chorando ainda mais.

_Calma não chore, não peça desculpas. – tentava de todas as formas o acalmar, mas de nada adiantava

_Não Hyung eu tenho que pedir, foi tudo culpa minha. – ele falava entre os soluços.

Me levanto devagar por ainda estar um pouco tonto pela chuva de informações e lembranças recentes me ajoelho em sua frente e ainda com as mãos por sobre a sua tento afastar as mesmas de sua face, com um pouco de dificuldade acabo por conseguir, mas o moreno mantinha seus olhos fechados. Pouso suas mãos por sobre suas pernas e logo levo minhas mãos para as laterais de seu rosto uma de cada lado.

_Namjoon! Olha para mim! – Digo um tanto quanto autoritário, logo o vejo abrir seus olhos e me encarar ainda com pesar nos mesmos.

_Você. Não. Tem. Culpa. De. Nada. – digo pausadamente, ele apenas me encarava então continuei.

_Você era apenas uma criança. – Ele parecia tentar se convencer do que eu dizia, mas não estava dando certo.

_Hyung. – Disse num fio de voz, caso estivesse a alguns centímetros afastado não conseguiria ouvir, apenas assenti para que ele continuasse.

_Está casa e sua, se quiser eu irei embora e nunca mais me verá. – disse tudo no mesmo tom baixo e pesaroso, meu coração se apertou, a culpa que ele carregava visivelmente o consumia por anos.

_Está casa também e sua Joonie. – disse tentando convence-lo da verdade.

_Não hyung, não é! – teimoso como sempre discordava de mim, minha palavras não teriam efeito, já percebia isso, tinha que fazer algo para que ele percebesse que eu o queria ao meu lado.

Só restava uma coisa a se fazer, e eu fiz, ainda com as mãos em seu rosto, limpo as lagrimas que ainda caiam e antes que ele pudesse me questionar novamente o surpreendo com um selar de nossos lábios, não teve movimento nem língua era apenas um selar doce e inocente, era com se fosse o pequeno Jinnie e o pequeno Joonie.

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