Mudanças

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Minha nova meta agora era devolver a essa garota a felicidade. Mostrar a ela que o mundo não se limita na tristeza. É claro, todos nós temos nossos dias ruins. Mas mesmo nos dias ruins, temos aquele momento em que sorrimos, ou ficamos contentes, ou pelo menos nos alegramos nem que seja por breves momentos. A depressão é como se fosse um ladrão que vem ali e sequestra a sua felicidade. É como se fosse o estraga prazeres da festa, fazendo tudo ficar chato e sem graça. Tudo que eu preciso fazer é preencher aquele espaço vazio com uma nova felicidade. É expulsar esse estraga prazeres. É tentar convencê-la de que ela é capaz e forte para superar isso. Eu andei pesquisando bastante e cheguei a ligar para o psicólogo de Emily. Ele me apoiou e disse se eu continuar com meus planos, Emily ficará curada.

— Falarei com Kathy que você quer uma reforma no seu quarto.

— E o que mais você indica para mim?

— Eu quero que você se dedique a mudar, que você tenha força de vontade.

— Eu vou tentar.

— Não, você vai conseguir. Repita isso.

— Eu vou conseguir. — Ela disse meio insegura.

— Venha aqui. — A puxei pelo braço e a levei até para frente do espelho. — Diga de novo.

Ela virou a cara e imediatamente saiu da frente do espelho.

— O que foi?

— Eu não gosto de me ver no espelho. Eu sou... Feia para isso.

— Deixa de ser tola, você não é feia.

— Sou sim.

— Então se autoestima é seu problema, eu posso resolver isso com apenas uma ligação. Na verdade, duas. — Disse retirando o meu celular do bolso.

— O que vai fazer?

— Aguarde. — Disse discando o número.

No terceiro toque, Veronica atendeu.

— Oi, docinho.

— Veronica, eu preciso de um favor seu.

— O que você quiser, querido.

— Você sabe desses lances de maquiagem e tal, não é? Lembro que você já até fez um curso, não é verdade?

— Sim.

— Então, eu preciso que você dê algumas dicas a alguém.

— Não é a esquisita não, é?

— Sim.

— Ah não Charlie, qualquer uma menos ela.

— Se você fizer isso, eu arrumo alguém para sair com você, que não seja um jogador, já que você está querendo acabar com a fama de Maria-chuteira.

— Hum, me deixe ver...

Alguns segundos depois ela disse:

— Tudo bem. Eu topo. Diga-me o dia e a hora.

— Amanhã, quatro horas da tarde, na casa de Emily.

— Combinado.

Desliguei o celular e disquei outro número.

— Alô, Sabrina?

— Sim Charlie, o que quer?

— Preciso de um favor seu.

— Depende, o que é?

— Você sempre foi ligada em moda e tals, né?

— Sim.

Você É Minha CuraOnde histórias criam vida. Descubra agora