Desculpas e perdões

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Vinte minutos depois eu já havia estacionado o carro na garagem. Entrei em casa e foi quando eu vi Scott.

— Olha quem apareceu — eu disse.

— Sentiu minha falta?

— Se eu te respondesse essa pergunta, corre o risco de você ficar chateado.

Parece que ele não entendeu o que eu quis dizer. O raciocínio dele é lento na maioria das vezes.

, eu confesso. Você fez falta sim. Na banda. Apenas.

— Você estava dirigindo? O que aconteceu por aqui enquanto eu estava fora?

— Primeiro: Emily e eu estamos namorando.

— Parabéns cara.

— Segundo: O clima está tenso entre eu, Janine e Cristina, então se você vir corpos rolando pela escada, não se assuste.

— O que aconteceu entre vocês?

— Eu achei uma coisa chamada verdade.

— Você sabe muito bem que eu não entendo nada quando você fala assim.

— Eu desmascarei Janine. Lembra-se da história de Cristina acusar Emily de ser uma ladra por que roubou o colar do pai dela e tal? Então, o tempo todo o colar estava com Janine.

— Eu não sabia dessa história.

— Lembra-se daquele lance de conversarmos mais e brigar menos? Acho que realmente daria certo.

Ele levantou as sobrancelhas.

— Cadê a mamãe?

— No quarto dela.

— Eu vou lá.

Subi as escadas e parei em frente ao quarto da minha mãe. Abri a porta lentamente. As luzes estavam apagadas e ela já estava deitada. Não quis incomodar, já ia fechando a porta quando a luz do abajur de acendeu.

— Charlie?

— Desculpa te acordar.

— Eu não consegui dormir.

Entrei no quarto e me sentei ao seu lado na cama.

— Eu demiti Janine.

— Você o quê?

— Eu não sei se fiz o certo.

— Eu não sei o que dizer. Não sei se foi a melhor coisa, mas a pior também não foi.

— Ela vai amanhã de tarde. Amanhã cedo uma nova cozinheira irá vir substitui-la.

— Você contou ao papai?

— Ele me ajudou na decisão.

— Aposto que ele falou "Faça o que for melhor, querida" — disse imitando a voz do meu pai. Nós rimos disso.

Sempre que pedimos ao papai alguma opinião ele sempre nos diz isso.

— Eu já vou dormir. — Disse dando um beijo em sua testa.

— Boa noite, filho.

— Boa noite.

Saindo do quarto da minha mãe eu fui direto para o meu. Tirei os meus sapatos e os joguei para o canto. Logo em seguida eu desabei em minha cama. Não demorou muito para a porta do meu quarto abrir. A luz do corredor invadiu meu quarto. Era Cristina. Eu tenho que passar a trancar a porta, não sei quantas vezes Cristina já abriu essa porta hoje.

Você É Minha CuraOnde histórias criam vida. Descubra agora