Studying

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Meus dedos abraçam a caneca de café, aproveitando do seu vapor reconfortante

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Meus dedos abraçam a caneca de café, aproveitando do seu vapor reconfortante. Enquanto beberico a bebida, mamãe prepara alguns ovos e bacons. Eu não gosto muito do típico breakfast americano, o cheiro de gordura é enjoativo demais, principalmente pela manhã.
Mas algumas vezes é bom sair da rotina e trocar a minha tigela de cereais por um fastfood.

Arrumo a mochila nas costas e praguejo mentalmente, por ouvir a buzina irritante do ônibus. Despeço de mamãe com alguns beijinhos e enfio uma garfada de ovos mexidos na boca.
Assim que entro no automóvel, Alex acena pra mim e quando faço menção de sentar ao seu lado, uma menina de cabelos vermelho-amarelados toma a minha frente.

-- Ela iria se sentar aqui. - Alex protesta, a garota cabeça de fogo me encara e depois se remexe no banco; não se importando com o aviso da minha amiga.

-- Eu não estou vendo o nome dela aqui, portanto, não vou levantar. - enquanto Alex faz careta, me preocupo em descobrir como ela sabe o meu nome.

-- Você nem conhece ela. - Alex acusa. A menina sorri ironicamente.
Permaneço calada, ainda de pé, esperando o desfecho dessa discussão ridícula.

-- Jade Benson, 17 anos, Massachusetts. - ela cospe as informações e eu, arqueio as sobrancelhas.

-- Quem te contou isso tudo sobre mim? Como sabe? Estamos falando com uma agente do FBI? - pergunto, nervosa. Não me importando com o peso da bolsa sobre os meus ombros.

-- Não precisa ser agente do FBI para conhecer a garota que rejeitou um convite de Dafne Johnson e pegou carona com o gostoso do Aaron Madsen ontem. - nossa, como as notícias "correm" rápido por este colégio.

Detesto estar no centro das atenções!

Encerramos a discussão, eu não quis mais prolongar aquilo. E optei por continuar em pé, seria possível eu me deparar com uma crazygirl novamente e eu, com certeza, não queria isso.
O caminho até a escola pareceu demorar o dobro, por este mesmo motivo, fui direto pra sala, e me culpei um pouco por não procurar a minha única amiga depois do episódio do ônibus.

O professor de aritmética burrisca algo na lousa, mas me preocupo apenas em terminar a minha lista de séries a serem maratonadas. Odeio tudo que contenha números, por isso conseguir com que eu me concentre em um aula que envolva esses benditos conceitos, é realmente complicado.
Mas isso me acarreta algumas horas de estudos depois. 

Em uma das minhas variadas olhadas para o corredor, avisto Aaron e sua turma, o que me faz lembrar do nosso combinado hoje á tarde.
Aceitei ajudá-lo. De certa forma, irei me lembrar dos velhos tempos quando prestava monitoria para o meu melhor amigo, Christopher.

Eu amo biologia, e, modéstia parte, sou boa no que faço. No ano anterior precisei de alguns pontos em matemática e o meu professor, por merecimento, me concedeu o tanto que eu necessitava. Agradeci-o infinitas vezes, e ele me disse que quando sabemos um pouco mais, é preciso compartilhar com os outros. E é exatamente isto que estou fazendo pelo Aaron. O problema é  que o segundo nome desse garoto, chama-se confusão. E sei bem que ele me renderá algumas.

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