Antes do meu fim

6°

- Você é tão injusto comigo.
Falava meu pai no outro lado da linha , tentando me comover com aquele drama inútil. John Evans era um ser desprezível, só pensava em como ganhar mais e mais dinheiro, ele manipulava as pessoas e as fazia ceder aos seus caprichos. Mais uma vez meu pai fez aquela proposta idiota de ir trabalhar na inglaterra, obviamente não iria ceder e era por pura birra ou talvez não, tinha uns assuntos pendentes e não podia mudar de país.
Nem me dei o trabalho de dizer que "não" apenas desliguei eu detesta pessoas que testavam minha paciência. Ele continuou me ligando mesmo sabendo que eu não iria atender.
O celular havia parado de tocar o que me fez agradecer e ao mesmo tempo ficar curioso, derrepende uma mensagem chega e como eu imaginava era de meu pai.

Mensagem: estou esperando você no meu escritório.

Eu não iria lá mas aquilo me parecia tão divertido, se ele queria me irritar daquela forma ele saberia que eu nunca deixo passar nada. Vesti algo social, um terno preto, dei um perfeito nó na minha gravata e fui até o escritório. A secretária do meu pai veio logo quando me viu, nunca entendi por que os empregados são tão hipócritas, pra falar a verdade eu sempre entendi mas sempre foi absurdo pra mim.
- Sr. Evans o seu pai lhe espera na sala.
Eu sorri falsamente para a mulher e disse em um tom claro. - Não viria aqui atoa. A garota entendeu o recado pois saiu no mesmo instante,  eu apressadamente entrei na sala do homem que supostamente me esperava, sem ao menos bater na porta. - vejo que se sente de casa não é mesmo meu herdeiro? Meu pai falava com um sorriso largo e de político corrupto.
- Acredito que não tenha me chamado aqui pra falar de como eu me sinto não é mesmo senhor John? O sorriso no rosto daquele homem sumiu, então ele se espreguiçou na sua poltrona de couro. -Natália Martin, seria esse o seu motivo pra não querer ir pra inglaterra?  Derrepende meu maxilar trincou de ódio, eu sabia como meu pai era gananciosos e fazia tudo pra conseguir o que queria, mas ele não poderia fazer aquilo, mecher com pessoas que eu gostava porque eu não fiz seu gosto?! serrei meus punhos com toda a força e então me virei, não ficaria mais um segundo perto dele.
- Você tem duas semanas pra pensar na minha proposta,  e pense com carinho meu querido.
Eu olhei por cima do ombro e sorri de forma falsa pra ele.
- Você é realmente desprezível papai.