Cabelos longos e dourados, roupas levemente amassadas e um sorriso meio torto, porém charmoso. Alguns diriam, talvez até ele mesmo em falsa modéstia, que era o tipo de pessoa que não ligava para a aparência.
A verdade era que sua juba desgrenhada não era desleixo, era tudo muito bem calculado; inclusive o cabelo despenteado. Era exatamente o tipo de imagem queria passar.
Imagem era muito importante, claro. Mas não mais que sua voz.
Sua voz era a mais alta em qualquer movimento, afinal, ele tinha muito com o que contribuir.
Dono de argumentos coerentes, de pesquisas profundas, da razão única. Ele era um líder nato e carismático - como proposto pelo pensador clássico Max Weber, ele faria questão de ressaltar para demonstrar como tinha propriedade.
Propriedade ilimitada. Se voluntariava para falar por todas as causas e ficar a frente de todos os movimentos. Sempre a frente, sempre no foco, sempre nos holofotes.
Não tinha como recusar seu lugar ao sol e isso era um favor que fazia pelos outros. Ele havia sido abençoado com brilho natural para que pudesse iluminar o caminho de todos. Uma honra tê-lo tão empenhado em algo que nem o afetava...
Sábio demais.
Generoso demais.
Mais que demais.
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As Leis do Karma
HorrorPor enquanto, é apenas uma coleção de textos sobre os 12 signos do Zodíaco. (PROJETO FUTURO) Até que ponto a Astrologia define quem somos como pessoas? Onde termina a influência dos Grandes Astros e onde começa a construção social? São esses e out...