PERFECT {Larry Stylinson}

Thirty

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Harry

  A última coisa que precisava naquele momento era ter uma discussão com Louis. Eu sabia que ele estava ao meu lado, e que estava me ajudando em tudo, mais tudo que fiz com ele não sai da minha cabeça, e quanto mais penso nisso, mais tenho a certeza que preciso me afastar dele.

"O senhor quer beber alguma coisa?" - Uma garçonete se aproxima do balcão estendendo o braço entregando um drink ao Homem que estava ao meu lado. Sei que não deveria beber, mais preciso fazer algo para essa ideia de abandonar Louis sair da minha cabeça.

"Me sirva oque tiver de mais forte, por favor." - A Garçonete que ergue as suas sombrancelha ao ouvir minha resposta. Rapidamente a mesma volta com uma dose e pergunta se quero que a garrafa fique por perto.

"Pode deixar aqui em cima. Obrigada!"

    Já estava na minha última dose, a garrafa estava vazia e eu só conseguia notar como aquela Garçonete não tirava os olhos de mim. Só pode estar pensando que vou sair sem pagar. Chamo pela mesma e pago o valor que havia me passado quando me trouxe a garrafa. Quando tento me levantar parece que a música diminui de uma hora para outra e que tudo estava mais lento, a mulher que continuava a me observar atravessa o balcão as pressas e me segura pelo braço.

"Tá tudo bem senhor?" - Ela parecia assustada, mais não surpresa, pois isso devia ser normal de acontecer nesse tipo de lugar.

"Eu estou bem, só um pouco bêbado!" - Digo me sentando novamento para ver se isso diminuísse nem que fosse um pouco. Eu não tinha o costume de beber, depois de passar minha infância vendo Mark bêbado a última coisa que queria era ser igual a ele.

"Olha meu turno acaba daqui a 15 minutos, eu estou com o carro do meu pai hoje, se quiser te dou uma carona!" - A garota estava realmente preocupada.

"Não vai querer levar um bêbado para casa, eu posso lhe fazer mal." - Digo enquanto tento olhar para o rosto da mesma.

"Nesse estado você não vai me fazer mal algum." - Ela solta uma risada irônica e pede para esperar que ela iria me levar até em casa.
   Não estava no estado de negar uma carona já que vim até aqui andando, então descido esperar. Não demora muito para a mesma aparecer e ir me guiando até o carro me segurando pelo braço, entro no carro e tento explicar onde era a casa do Louis. Meus olhos estavam pesados e eu estava quase dormindo.
 
"Moço?" - Sinto um peso sobre meu braço e quando olho para o lado é a Garçonete tentando me acordar. "É aqui sua casa?" - Confirmo com a cabeça.

"Muito obrigada pela carona...." - Fico em silêncio até a mesma dizer seu nome.

"Lisa, meu nome é Lisa!" - Ela sorriu e só ali percebi o quanto ela era linda.

"Obrigada Lisa, espero que dá próxima vez eu não esteja em um dia tão ruim. Tchau!" - Assim que abro a porta a mesma me segura pelo braço me impedindo de sair.

"Não vai me dizer seu nome?" - A garota estava tão perto que podia sentir sua respiração.

"Harry..." - Digo tentando me afastar, como é difícil ter alto controle bêbado, parecia tão fraco que não conseguia me afastar daquela mulher.

"Essa é a hora que você me convida para entrar Harry." - Ela já não falava e sim sussurrava em meu ouvido. Eu sabia que aquilo não era certo.

"Lisa eu tenho namorado, essas horas ele deve estar confuso sem saber onde estou, só eu sei o quanto estou arrependido de ter saído sendo que quem eu realmente preciso está lá dentro sozinho. Me desculpa eu preciso ir." - Saio do carro tentando caminhar sem demonstrar o quanto estava bebado deixando a garota no carro confusa.

   Tento entrar devagar sem fazer barulho para não acordar Louis, pois não era nada cedo. Me jogo no sofá e fico ali pensando em tantas coisas, em porque eu torno tudo tão difícil. E em todo esse silêncio escuto Louis descendo as escadas, o menor para no final dela liga a luz e fica ali me observando.

"Quem era no carro Harry?" - Louis diz com uma voz baixa e seus olhos estavam cheios de lágrimas.

"A garçonete do bar me deu uma carona até aqui."

"Você está bebado, acha mesmo que beber e ficar com uma garota vai resolver seus problemas?" - Dessa vez a voz de Louis saiu mais alta, e as lágrimas escorriam junto as palavras ditas.

"Não resolve, mais faz eu esquecer, nem que seja por pouco tempo." - Continuo sentado no sofá pois sabia se tentasse levantar não iria dar certo.

"Então você está afirmando que ficou com aquela vagabunda?" - Louis gritava e minha cabeça doía cada vez mais.

"Você está inventando coisas, eu só bebi Louis, eu não te trai com essa mulher."

"Meu Deus Harry, porque você é assim?" - A última vez que vi Louis chorar desta maneira foi quando vi o mesmo implorar para que o soltasse daquelas algemas. Não sabia oque responder, eu só queria sumir é deixar Louis em paz, ser feliz sem mim, sem se preocupar comigo e com as besteiras que já fiz.

"Porque não me chamou, eu iria com você, se tivesse falo eu ia fazer você esquecer todos esses problemas." - Louis se aproximou e se sentou ao meu lado no sofá. Como ele consegue ser essa pessoa tão boa?

"Eu não mereço você, você é demais para mim, é melhor eu ir embora Lou, eu sou igual ao Mark, e eu vou te machucar se continuar aqui." - A expressão do menor travou, ele não sabia oque dizer, já as lágrimas caiam uma atrás da outra.

"Ei não fala isso nem brincando, você não é igual a ele, você só está passando por um momento difícil. Não me abandona Harry, você me faz bem, eu te amo."

"Me desculpa, por tudo Louis, eu nunca quis machucar você." - Digo puxando o menor para um abraço.

"Está tudo bem amor. Vem vamos tomar um banho." - Louis me ajudou a subir cada degrau da escada, a tirar a roupa e me levou até o banheiro, onde tomei um banho que fez com que tudo aquilo diminuísse um pouco tudo que estava sentindo. Depois disso só me lembro de deitar na cama ao lado de Louis e o agradecer por estar comigo naquele momento tão difícil.

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