Uma chance

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Ouço passos adentrando ao banheiro e uma voz conhecida fala - Ora, ora...vejam o que temos por aqui.

Meu espanto é perceptível, sinto as batidas do meu coração acelerarem e a vontade de utilizar o sanitário se esvair. Guardo meu membro e me prontifico a fixar meus olhos nos 4 brutamontes presentes no banheiro que se tornou pequeno e com uma certa tensão.

-O que vocês querem? - Falo tentando não demonstrar medo.

- Não podemos falar com o homofóbico do quartel? - diz o sargento com ironia.- Você está de parabéns, acabou com o viadinho.

-Você esta maluco?! Quem bateu nele foram vocês e porque ainda não estão pressos?

-Hahahaha - Todos os 4 riem. O sargento retoma a palavra.- Nós não batemos nele, você bateu.

-Eu não bati em ninguém seus monstros, foram vocês!

-Que prova você tem que fomos nós? Somos 5 testemunhas que viram VOCÊ batendo no pobre Roberto...- Agora eu entendi, querem me fazer pagar pelo crime que eles cometeram, como não tenho provas que foram eles estou em uma enrascada.

-Vocês não poderiam fazer isso, existem câmeras por todo o quartel e...- um dos agressores toma a frente e fala - É, é sim. Existem diversas câmeras por todo o quartel e olha só, meu posto é na cabine onde fico a frente de todas elas. - todos voltam a rir.

-Você só tem duas opções Willian. Fica calado e começa a andar com a gente ou abre a boca e fode a sí mesmo.

-Andar com vocês? Querem que eu me junte a esse grupo de marginais? Só pode ta me zoando.

-Não vou te forçar a aceitar agora, pensa e daqui a dois dias você poderá nos dar a resposta. -Sargento fala e um dos seus comparsas diz algo em seu ouvido.

-Ah, é mesmo. Havia me esquecido dessa porra. - Ele volta a me olhar - Os comandantes já ficaram sabendo que Roberto andou apanhando no quartel, hoje ou amanhã teremos que falar com os psicólogos do Quartel, é algo secreto mas como sou Sargento - Ele se vangloria - fiquei sabendo, vê se não estraga tudo e é bom que isso fique entre nós. - Um outro garoto entra completando os 5 agressores e diz ofegante - As revistas nos quartos já começaram, temos que nos apressar.

Todos se entre olham e o Sargento Fernando diz - Vamos, não lavei minha farda ainda.

Um outro fala - Como você é burro, deixou essa porra aqui?!

Fernando agarra em sua farda e o imprensa na parede -Fique calado Marcos! Você não é o mais inteligente entre nós, por sua culpa precisamos desse boiola ali - Todos voltam os olhares para mim - Vamos logo seus idiotas. - Fernando o solta e vai em direção a porta, seus companheiros o seguem e volto a ficar sozinho ali.

Lavo meu rosto e vou para o dormitório do meu batalhão.
Na porta vejo o Comandante Santos e outros soldados , faço o sinal de guarda (aquele que leva a mão a testa.) e peço licença para adentrar, paro onde fica minhas malas e cama esperando a revista chegar até mim.

Gabriel

Descemos do carro após Oliver o estacionar em uma vaga perto da entrada do Shopping.

-Tem alguma loja específica que queira visitar? - pergunto ao perceber Oliver meio perdido em pensamentos.

-É...acho que não, vamos dar uma volta por aí e decidimos na hora.

- Tá bom, Priminho.-falei irônico, meu ponto forte.

Oliver rir de minha ironia e continuamos a adentrar o Shopping, as portas se abrem com a nossa aproximação. Pego Oliver pelo braço e o arrasto para a parte que mais gosto em qualquer shopping depois das lanchonetes.

Quando Estiver SóOnde histórias criam vida. Descubra agora