Sloth quer Chocolate!

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~Narrado por Ashley~

Eu estava quase caindo de sono quando a tia Marie deu permissão pra a gente ir tomar um banho e dormir um pouco. Por essas e por outras eu amava minha tia, ela era sempre um docinho de coco!

Não tinha como meu quarto ser mais aconchegante e àquela altura, eu sabia que tinha sido devidamente decorado por um agitar de um graveto ornamentado, até que era fácil a vida com magia...

As malas estavam na cama, junto com o meu arco e flecha, do jeito que foram postos no carro.

Andei até o banheiro, depois de tirar os tênis e ficar só de meia. A madeira do chão era diferente e tudo era parecido comigo.

O quarto tinha cores quentes, que o fazia parecer menor, mas mesmo assim ficava enorme, meio retrô, com vários livros, tanto da terra, quanto dessa nova dimensão. A janela era enfeitada com estrelinhas acesas, como as de natal, e a pintura de uma árvore nascia ao lado de um guarda–roupa sem portas. Já sabia o que eu faria com a árvore...

Entrei na outra porta dentro do quarto, me deparando com um banheiro incrivelmente grande e luxuoso. Céus, aquilo era mesmo um orfanato?!

Era tudo enorme e convidativo, principalmente aquela banheira!

Fechei, com cuidado a porta atrás de mim, tirando as meias e o restante da minha roupa, ainda atônita com tudo.

Sentei na borda de madeira, ao redor da banheira, procurando a torneira dela.

Hum... Inexistente, se quer saber.

Sim, eu era louca de sair de roupão pelo orfanato só de roupão. E não, eu não tava nem ligando.

O corrimão da escada era convidativo também, pedia uma bela escorregada por ele... Será que ia levar bronca? Como sempre, eu não pensei, é a graça da vida!

A toalha do roupão escorregou facilmente pelo corrimão dourado, me fazendo rir como uma criança, sorte era que nenhuma delas estava me observando...

–Que bonito – uma voz masculina se aproximou, quando eu cheguei ao térreo.

–Humano, droga – murmurei, ajeitando o roupão – Tá me seguindo?

Chris riu, jogando a cabeça levemente para o lado. O sorriso dele era bonito, sobrancelhas quadradas, logo acima de um olhar divertido, que me observava de cima a baixo.

–Não, só ia subir pra biblioteca e te vi descendo pelo corrimão. Nathy adora que desçam pelo corrimão que ela limpa – provocou, me fazendo dar de ombros.

–Vocês estão juntos? – perguntei, com um leve interesse. Talvez não fosse tão leve assim.

–Já estivemos, mas não deu certo, ela não é a pessoa certa.

–Ela não é a azeitona da sua empada – divaguei – Minha nossa, falei alto demais...

Ele riu, enquanto eu puxava as mangas do roupão.

–O que veio fazer aqui embaixo? Quer dizer, com essas roupas?

–Fazer a dança da chuva, tá vendo não? – falei, revirando os olhos – Como faz pra sair água da banheira?

–Não achou o controle?

Franzi as sobrancelhas, negando com a cabeça. Não procurei também, mas essa é outra história.

Chris sorriu de lado, subindo as escadas com naturalidade.

–Onde você tá indo? – perguntei, subindo atrás dele.

Dimensão dos Portais AbertosOnde histórias criam vida. Descubra agora