Capítulo 36 - "Documentos" e conversa

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Kristen Stewart POV

Dirigia a viatura com cuidado pelas ruas daquele bairro desconhecido por mim, de segundo em segundo olhava para o GPS,estava chegando perto.

Vejo a casa grande,ela era arrumada e tinha um jardim bonito. Saio da viatura depois de pegar minha arma, bato palmas na frente do pequeno portão e logo depois de alguns segundos a porta é aberta por uma mulher negra, um sorriso surge no canto da minha boca. A mulher se aproxima com um pouco de receio mas abre o portão para mim.

- Aqui morava a Ashley? - Pergunto com as mãos atrás de mim, ela concorda com a cabeça.

- Até depois de morta essa garota ainda arruma encrenca com a polícia?! - A senhora pergunta e eu nego com a cabeça.

- Eu sou a delegada. - Falo enquanto ela apertava minha mão.- Meu nome é Kristen Stewart e sua filha não arrumou problemas dessa vez.

- O que veio fazer então?

- Eu vou revistar o quarto de Halsey,okay? Lá dentro pode existir provas e documentos que me ajude.

- Hm... Tudo bem. - Ela fala e então me convida para entrar.

- Senhora? - Escuto a voz do Augustos.

- Ah! Eu vou entrar sozinha,okay? La não tem perigo algum. - Falo para tranquilizar o mais novo, não que eu seja velha. - Não vou demorar nem 15 minutos.

O garoto concordou e então eu entrei na casa. Era uma casa bem arrumada,um pouco luxuosa mas não aconchegante. A mãe de Halsey não ficava quieta em canto nenhum, eu procurava a caixa azul enquanto a voz de Halsey ecoava em minha cabeça falando os detalhes da caixa.

A senhora andava de um lado para o outro no quarto,ela batia o pé no chão quando parava e aquilo já estava me agoniando.

- Cadê essa caixa, Halsey?- Sussurrei para mim mesma e vi a mulher sair do quarto, suspirei aliviada pelo silêncio que reinou naquele cômodo e então abri uma pequena gaveta ao lado da cama,ali estava a caixa. - Achei! - Falo sorrindo e me levanto indo para perto da porta mas a mãe de Halsey já estava lá e com uma arma apontada para mim. - Opa!-Mantenho a calma, ela estava tremendo,seu olhar não era fixo em nada e eu não podia fazer nada alem de colocar a caixa no chão e levantar as mãos. - Por que isso?

- Calada!- Ela entrou no quarto e eu senti o cano da pistola em minha cabeça. Quando me disseram que ela era louca eu não sabia que era assim. - O que veio fazer aqui? - Perguntou cutucando minha cabeça com o cano da pistola, ela segurou em minhas mãos com força me fazendo grunhir baixo. 

- Só pegar a caixa,eu só quero a caixa e nada mais que isso. - Respondi tomando folego, ela apertava minhas mãos atras de meu corpo. 

- Eu vou matar você, sabia? - Ela disse e riu no final. - Você vai morrer em minhas mãos, delegada.

- Você não quer me matar.- Falo calma,eu sentia um pouco de medo mas não podia demonstrar. Cadê Augustos? Eu estava esperando que ele se tocasse que já tinha se passado 15 minutos.

- Claro que eu quero. - Ela afirma. - Você não sabe o que é perder três filhos,você não sabe o que é ter filhos envolvidos com drogas, você não sabe o que é apanhar do seu marido - Ela despejava sua vida todos,ela estava preparada para atirar. - Um, dois - Ela parou de contar, escutei um tiro. Um corpo caiu ao meu lado,suspiro aliviada.

Augustos estava na porta,sua respiração estava descompassada e ele tinha sua boca aberta. Eu piso na mão da mulher que ainda segura a arma,ele não tinha atirado nela porem o barulho do tiro lhe assustou, a senhora estava deitada em posição fetal, ela falava coisas sem o menor sentido enquanto seu corpo tremia. 

A Família (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora