Foda-se a escola

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A noite chegava, e o nosso grupo dos renegados jogava videogame na sala de Darei
A-ah para que você fez essa cesta de 3
D- uai, você acha que o porzingis é fraco?
A-eu sei eu sei, ah mas eu também sou muito ruim né
D- você tá melhorando
V- mas continua um lixo (fala rindo)
A-na próxima eu ganho de você vitor
V- duvido
A-vamos ver então
E enquanto eles estão jogando distraídos, uma voz familiar ecoa pelas paredes da casa de darei, é seu pai
-filho, sua mãe falou que já tá dando a hora, amanhã tem aula
D- só terminar esse jogo aqui pai, não demora nada
-ok mas você conhece sua mãe brava né?
D- relaxa pai, já vai
V- ah Mano, a gente podia tanto faltar na escola né, e ficar jogando
T- boa sorte em convencer minha mãe disso
D- à minha também
V- não tô falando que a gente vai fazer isso ou sugerindo, é só algo que eu gostaria que acontecesse
A-é... acho que todo mundo aqui iria gostar né...
-filho sua mãe tá perguntando se já tá acabando
D- já vai pai, calma um pouco
A noite então finalmente chegou, e com ela, o fim daquela insignificante partida de videogame, logo, todos começaram a se arrumar para ir embora da casa de Darei
Darei os levou até a porta, onde se despediram, e cada um saiu com sua bicicleta para sua respectiva casa, na primeira curva, se despediu tales, depois se despediu vitor quando Anderson chegou em sua casa, e então vitor foi para a sua
Corte repentino para Darei, a câmera está dentro da geladeira e ele a abre de repente
D- mae não tem mais refrigerante!
-que bom, aí você não fica gordo
D- mas você não disse que tinha mais uma garrafa?
-não sei, só toma o suco que tinha aí
D-ah que seja
Darei pega qualquer coisa que vê pela frente e senta-se para jantar, só ele está a mesa, no mesmo lugar onde tivera seu pesadelo na noite passada
Ele levanta, vai até a janela, da mesma forma que fez em seu sonho, e olha para fora da casa, nada de mais acontece, está tudo perfeitamente normal
Até que de repente a porta da cozinha se abre, e algo parece sair dali, quando a porta está totalmente aberta, ali está ele, o grande pai de Darei, dando boa noite para o filho
-boa noite meu filho dorme com Deus
D-meu deus...
-o que filho? Aconteceu alguma coisa?
D-nada, você só me assustou
-hmm... o que você está olhando? (E se movimenta para a janela)
D- ah... nada também... eu só tive um sonho estranho essa noite, aí sei lá, enfim, deixa pra lá
-ah, relaxa, sonho estranho e pesadelo todo mundo tem, é chato mas vai passar
D- é... tomara
O pai de Darei sai da cozinha, e o deixa sozinho novamente
Darei nao continha comendo sua comida, ao invés disso ele vai direto para o seu quarto, e ao chegar ali, ele se joga na cama. A câmera vai afastando para a janela, que está aberta, e quando chega no escuro total, a cena corta
Darei acorda repentinamente, como se estivesse desesperado, ele caminha até o banheiro, onde lava seu rosto, e olha para o espelho estranhamente
Enquanto ele está ali, batem na porta repetidas vezes, ele se assustou, e foi até a porta, era sua mãe
-filho tá tudo bem? Por que você acordou atrasado? Você tá se sentindo mal?
D- na verdade eu não tô me sentindo legal não mae, você se importa de me deixar faltar na aula hoje?
-claro que não meu filho, se você está se sentindo mal não tem por que ir pra escola
D- muito obrigado mãe, de verdade
-não se preocupa meu filho
Darei então se deitou na cama, olhou para cima, e ficou encarando o teto, até que seu celular piscou com uma mensagem no grupo com seus amigos, nela dizia
"Por que você faltou? Rolou alguma coisa?"
Ele simplesmente ignorou a mensagem, e continuou olhando para o teto, olhando o tempo passar
Corte temporal
Darei é visto novamente em sua cama, ele percebe que seus amigos estão chegando em sua casa pela janela, e então ele solta
D- mãe, o pessoal tá no portão vou ver o que eles querem
-tudo bem filho mas não demora
D- tudo bem
Corta para darei indo até o portão ver seus amigos
D- e aí pessoal, tudo bem?
A-com a gente tá tudo bem mas e com você?
V- é, por que não respondeu às mensagens? Ficamos preocupados
D- calma gente, eu não acordei muito bem, aí decidi que era melhor ficar por aqui mesmo!
T- teve outro pesadelo?
D- não foi bem isso, na verdade eu não sei
A-como assim você não sabe?
D- sabe quando você sonha com algo, mas não consegue lembrar direito, é isso... não acho que foi um pesadelo, se fosse eu lembraria
T- quer dizer então que seu sonho que você não lembra tem algo a ver com seu "sumiço"?
D- não sei, eu só não tava me sentindo bem
A-olha a gente entende, mas é que nós estamos achando que tá tudo muito esquisito, não foi só você que faltou hoje, seu amiguinho davi também
D- pera sério?
A-é, muito sério! Agora eu não acho que seja coincidência!
D- como assim?! Você acha que eu faltei pra, sei lá, ir conversar com ele? Ou alguma coisa assim?
A-eu disse isso?
D- mano, você tem demência?
A-não, eu não, mas se você quiser continuar meu amigo, entenda que a gente não gosta dele por perto
D- cara você acha que eu não sei disso?
A-me parece que não!
D- olha, sinceramente, não sei o que deu em você, mas você tá viajando, eu fiquei em casa o dia todo me sentindo mal, eu não estou me sentindo legal, e você vem aqui pra isso?
V- Anderson deixa isso pra lá, é óbvio que ele tá passando mal
D- muito obrigado
A-ta, mas não vai achando que eu não tô desconfiado não
E assim, os três amigos deixam darei, e seguem para suas casas, tales é o primeiro a sair, e então somente vitor e Anderson ficam
V- eu não acho que ele está querendo sair do grupo, se é que você liga pra minha opinião
A-claro que eu ligo ué, por que eu não ligaria?
V- não sei, mas me parece que cada vez mais você se afasta de mim e do tales, pra passar mais tempo com o darei
A-como assim?!
V- sei lá, você tem vez que vai pra casa dele, e nem chama, ou ficam só vocês por lá
A-ah cara, foi mal, não sabia que vocês ligavam pra isso
V-o tales eu não sei, mas eu me sinto meio excluído, eu já queria te falar isso a um tempo
A-bom... pode deixar que eu não vou esquecer disso, foi mal mano, sério, você foi meu primeiro amigo, eu não devia te tratar assim
V- relaxa, amigo é amigo independente da situação
A-pode crer
E os dois continuaram o caminho para suas casas, a câmera foca nos dois andando com suas bicicletas para longe, a câmera vira de lado, e mostra aquele mesmo terreno em que Darei achou a pedra que ninguém conseguiu se quer arranhar

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