Procurando fantasmas

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Corte temporal
O dia estava em seu pico, a tarde chegava, junto com ela, tales e vitor também. Os dois saíam do clube onde teriam acabado de almoçar, ambos com suas mochilas, andando para o lugar onde haviam jogado magic no dia anterior, enquanto os dois andam, eles também conversam
T- eu acho que a gente devia ter falado com eles pra poder ter uma arma de fogo!
V- vamos entrar nessa discussão de novo?
T- só tô dizendo o que eu penso, estou sendo honesto com você
V- ok, mas eu não preciso saber da sua honestidade nesse exato momento
T- beleza então né! Agora o senhor Neil Tyson pode me explicar o que vamos fazer...
V- eu fiquei pensando a noite quase toda, eu pensei em várias coisas mas só uma me parecia boa o suficiente...
T- que seria?
V- nós vamos simplesmente ficar andando por aí atrás do bicho...
T- grande ideia a sua ein!
V- você pensou em algo melhor?!
T- não, mas não é difícil pensar em algo melhor na verdade
V- tá bom, então você pensa em algo melhor e a gente faz! O que você acha?
T- beleza, assim que eu pensar eu te aviso
V- ok então!
Os dois continuaram andando em direção ao lugar onde tales havia visto o animal, ele não parecia muito contente no regresso, mas mesmo assim, continuava sua caminhada
A musica "boulevard of broken dreams" começa, a cenas de Anderson e Darei andando na rua são mostradas, com constantes cortes para vitor e tales
Tales e vitor entram na mata, Ainda ao som da música, ao mesmo tempo que takes de Anderson e Darei aparecem, eles andam pelas ruas
Tales e vitor tiram coisas de suas mochilas, como algumas facas, objetos pontudos, alguns doces, entre outros, alguma cenas dos dois na mata como se procurassem algo são mostradas
A musica vai abaixando, os sons da mata são mostrados, alguns cantos de pássaros e o barulho do solo sendo pisoteado pelos dois amigos
T- nada Ainda, tem certeza que a gente tem que continuar aqui?! V- tenho, pelo menos só mais um pouco, pra termos certeza!
T- mas cara, não faz muito sentido isso!

V- talvez você tenha que mijar!
T- Han? Como assim?
V- não sei, vai que ele foi atraído pelo seu... pela sua... urina?
T- que? (Faz uma cara de raiva)
V- Mano, método cientifico lembra?
T- você está maluco, com certeza...
V- não, não estou! (Mexe na mochila)
T- isso tudo não faz sentido nenhum caramba!
V- (tira uma garrafa d'Água da mochila) toma aqui, toma tudo, o mais rápido possível!
T- não cara essa água já tá quente!
V- não importa, você tem que fazer xixi...
T- então deixa pelo menos eu tomar no bebedouro que tem ali!
V- não, tem que ser aqui!
T- por que caralh** tem que ser aqui vitor?
V- se não ele não vai vir!
T- mas por que? Não faz sentido nenhum, mais uma vez você não está sendo científico!
V- claro que eu estou, eu estou restando uma possibilidade...
T- nossa... tá... me dá essa garrafa aí então!
Vitor entrega a garrafa para tales, que a abre, e em pouquíssimo tempo a bebe inteira, logo após isso ele faz uma expressão de nojo muito clara
T- meu deus essa água tá muito quente, credo
V- isso, agora é só esperar você querer ir ao banheiro

T- não deve demorar muito né, eu tomei uma garrafa toda em menos de um minuto!
V- exatamente!
T- e agora... fazemos o que?
V- acho que esperamos né... como eu acabei de falar
T- não, mas nós fazemos o que até eu ter vontade de ir ao banheiro?
V- boa pergunta... a gente devia ter pensado nisso antes!
T- estou impressionado com a sua capacidade de planejar as coisas!
V- você ainda não veio com nenhum plano melhor só pra lembrar!
T- é, mas não significa que seu plano é bom!
V- é o melhor que a gente tem!
T- na verdade eu prefiro a ideia de a gente ficar em casa mesmo!
V- eu já te disse, essa opção é opção pra Covarde, você quer ser um covarde?
T- não falo nada...
E então, um barulho na mata é ouvido, imediatamente os dois trocam olhares, estão muito surpresos, eles olham ao redor, e então tales solta
T- você é um bosta vitor? (Fala baixo) V- por que?
T- eu quero mijar (fala baixo)
V- sabia!
T- o que eu faço?!
V- se você quer vai ué...

T- eu não quero ser pego com... enfim você entendeu... V- você não vai, eu vou ficar atento por ti!
T- ah claro, até por que você é o charles Darwin dessa espécie maluca né?
V- Mano, só vai...
T- ah, tá bom que se fod*
Tales então vira de costas para vitor, e começa a se aliviar, o barulho fica mais alto, a câmera mostra o rosto de tales, ele está claramente tenso
V- pode vir bicho estranho! Dessa vez você não escapa!
Vitor segura uma raquete de tênis, como se estivesse prestes a bater em algo
Vitor então anda lentamente para a direção do barulho, e então, quando ele menos espera, dos arbustos e árvores, sai algo, algo muito inesperado
-ah... oi meninos... o que vocês estão fazendo aqui?
Era o pai de darei, ele parecia confuso com a cena que acabara de ver, e então perguntou
- o que... vocês estão arrumando por aqui...? V- nós estamos só... brincando... e... o senhor?
- eu estava só fazendo uma caminhada mesmo... bem... divirtam- se
V- ok senhor, desculpa se te assustamos! - não tem problema meninos!
E então o pai de darei volta a fazer sua caminhada, e tales se vira para vitor, indignado

T- uau, que criatura misteriosa e assustadora aquela ein?! (Fala ironicamente)
V- vamos pra estrada de terra!
T- não sei como eu concordei com isso!
A câmera mostra eles saindo do mato, e andando para chegarem até a estrada de terra
Um corte, e estamos acompanhando darei e Anderson caminhando pelas ruas do condomínio, eles então começam uma conversa
D- será que eles vão acreditar?
A-eles têm que acreditar!
D- não necessariamente né!
A-cara eles são nossos amigos, eles vão acreditar! D- hoje em dia não sei o quão amigos eles são! A-ah isso me lembra, nós temos que nos desculpar! D- nos desculpar por...?
A-eu já disse! O vitor pediu pra não isolar ele, e foi exatamente o que a gente fez!
D- não exatamente...
A-nós fizemos muitas coisas que poderíamos ter chamado ele mas não chamamos!
D- mas isso por que ele estava com o tales ué!
A-mesmo assim, poderíamos ter chamado os dois, o tales também é nosso amigo não é? E devíamos ao menos ter chamado eles, o que nós não fizemos!
D- tudo bem então!

A câmera então volta a tales a vitor, que já estão na estrada de terra, andando por ela, enquanto conversam
V- saudades dos tempos que costumávamos andar por aqui, sem nos preocupar com animais malucos, e essas coisas
T- é... é meu lugar preferido pra andar de bicicleta, quase ninguém usa aqui...
V- lembra de quando a bicicleta do Anderson quase caiu no lago?
T- lembro! Tava bem de noite e a gente tava voltando do Darei e decidimos passar aqui pra conversar, só que a roda dele meio que trombou numa pedra né...
V- é... aí ele caiu que nem um Idiota e a bike saiu voando e caiu na beira da lagoa
T- é... aí ficamos que nem uns retardados entrando na água gelada no meio da noite pegando ela
V- e ele Ainda ficava pedindo pra esperar ele porque ele não queria usar a bicicleta toda molhada!
T- bons tempo...
V- lembra que o segurança chegou todo preocupado, sem entender nada e foi um custo pra explicar?
T- lembro sim... aí depois a gente ficou lá do outro lado conversando sobre a vida
V- naquela época eu Ainda queria virar um escritor famoso (fala rindo)
T- é... Mas você tem talento, não devia desistir
V- é quem sabe um dia... eu até posso escrever sobre a nossa aventura... e dar uma incrementada...
T- daria uma otima ficção...

V- verdade...
Os dois continuam andando pela estrada, até que tales para, e pergunta ao amigo
T- Mano, sinceramente, a gente não vai encontrar nada, vamos pra casa, jogar videogame, comer alguma besteira... esquece isso
V- mas cara... a gente não pode arriscar deixar aquilo solto mano
T- eu tô começando a desconfiar que isso tudo é só uma brincadeira dos caras!
V- como assim?
T- que o Erick e o davi tão só zoando a gente...
D- mas você tinha tanta certeza do que viu...
T- eu sei, não tô falando que não foi verdade, só que não necessariamente aquilo era um bicho maluco...
V- entendi... mas cara, existe uma possibilidade...
T- vitor é como se a gente tivesse simplesmente caçando fantasmas... só que a diferença disso pro filme ghostbusters é que lá é tudo ficção...
V- eu já imaginava que você falaria algo assim... mas cara... nós temos que acreditar...
T- fale por você... eu já acreditei demais e isso não me levou a lugar nenhum
V- não vamos arriscar cara!
T- Mano, para de fingir que tem algo de interessante acontecendo, por que não tem... isso é tudo armação deles!
V- é, talvez você tenha razão...

T- exatamente, vamos fazer o que eu disse, vamos lá pra casa, jogar alguma coisa, comer... em memória dos velhos tempos, dos bons tempos!
V- pode ser então mano! Foi mal te fazer perder tempo!
T- não faz mal, amanhã na escola a gente joga a real pros idiotas do davi e do Erick!
V- ok, por mim tudo bem!
T- beleza, então vamos mano
Eles juntam as coisas, e começam a se preparar para ir embora, e então, pegam suas respectivas bicicletas, e pedalam, a câmera fica parada, e eles vão desaparecendo no horizonte

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