Ressureição

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Darei e Anderson andam juntos pelas ruas desertas do condomínio, enquanto a musica "Outlaws" toca no fundo
Até que a câmera se aproxima dos dois, eles conversam
D-esquisito né?
A-qual parte?
D-a que o davi voltou e praticamente ninguém parece perceber que ele tinha sumido
A-você ouviu a reisila, antes de ele entrar na sala, "não vamos falar do incidente"
D-mesmo assim mano... isso foi esquisito, é como se ele nunca tivesse sumido, o que aconteceu? Por que ele nem me cumprimentou?
A-cara, ele não cumprimentou ninguém! Ele não falou com ninguém, você viu...
D-tá aí, mais uma coisa extremamente esquisita! Por que diabos ele não falou com ninguém? Nem mesmo com os melhores amigos dele?
A-é... as coisas tão bem esquisitas pra falar a verdade
D- exato... eu fico me perguntando o que diabos aconteceu com ele?
A-isso é assunto pra polícia mano!
D- eu sei, mas continua estranho, eu acho que a gente deveria ter o direito de saber o que houve?
A-e porque você acha isso?
D- pra a gente não fazer igual!? (Fala como se fosse extremamente óbvio)
A-ah, isso é verdade!
D- é... essa história não tá muito bem contada não!
A-isso é meio óbvio!
D- mas mano, agora mudando um pouco de assunto, é muito bom seus pais terem viajado, quanto tempo eles vão ficar por lá?
A-acho que mais umas 2 ou 3 semanas, algo assim!
D-beleza! Ah e nós temos que estudar hoje! A prova já tá chegando!
A-claro, hoje a gente estuda
Um corte para Darei e Anderson de pijamas na cozinha, eles continuam uma conversa
A-caramba, tava muito boa a comida, da parabéns pra sua mãe depois (e ri)
D- pode deixar
A-depois eu vou perguntar aquela questão de física pro Kojima, se eu não entender com a explicação dele eu me mato
D-vou cobrar ein!
A-pode cobrar (ri)
Anderson boceja, e em seguida fala
A-nossa que sono mano! Vou dormir daqui a pouco já!
D- eu também, nossa hoje foi cansativo demais
A-é, aquela aula horrível de matemática, meu deus que vontade de espancar todo mundo
D- ela que não sabe explicar matéria direito, por causa dela que eu perdi o interesse em matemática
A-verdade, eu nunca tive interesse em matemática, mas ele ainda conseguiu diminuir depois dela!
Anderson se levanta, bota seu prato na pia, e diz
A-bem velho, eu vou lá, vou dormir, não tô aguentando nem ficar em pé mais!
D- beleza, boa noite mano, eu vou só beber alguma coisa aqui e já vou...
A-(enquanto anda para fora do cômodo) Falou, boa noite
Anderson some da cena, a câmera agora está com Darei na cozinha, ele olha para a janela, a musica "Ordinary World" da o tom da cena, um sorriso toma conta da face dele
Ele então se levanta, e fica olhando para seu quintal, a poesia da musica faz a cena ordinária linda
Então, de repente, ele vê algo andando em direção à parte de trás da casa, um vulto Preto alto, ele fica muito assustado, sai correndo para dentro da casa, abre uma gaveta dentro da sala, dali, ele tira uma arma, uma pistola, que seu pai guardava
Ele sai correndo para fora da casa, com a pistola empunhada, e quando chega na varanda, grita com toda a sua força
D- EU SEI QUE VOCE ESTÁ AÍ! EU TÔ ARMADO SEU BOSTA! (Grita com muita raiva)
O silêncio toma conta da cena, a câmera filma todos os ângulos do armado darei, que mesmo armado, está tenso
E então, do nada, as luzes da varanda se ascendem e darei imediatamente fala, mas não tão alto quanto da primeira vez
D- você me ouviu né? Onde está você desgraçado?
E então, um barulho de porta fechando é ouvido atras do armado garoto, que rapidamente se esconde na parede, ele espera pelo seu possível alvo, com extrema cautela
E então, daquele curto corredor, sai alguém
A-darei que porr* é essa?
Darei aponta a arma para Anderson como reflexo, este que fala imediatamente
A-mano o que caralh** é isso? Abaixa isso! Anda abaixa!
D- (abaixando a arma) porr*, você me assustou, é que eu vi alguma coisa andando ali!
A-eita, quer dar uma olhada?
D-quero mas tô com medo! Quer ir comigo?
A-tá pode ser, me da a arma, você pega meu celular aí e liga a lanterna
D-beleza
Eles trocam de equipamento, e seguem em direção ao escuro, ambos com muito medo, mas com a coragem que não sabiam que tinham
Seguindo pelo canto da casa, eles viraram a pequena esquina, e apontaram ambas lanterna e arma para o que possivelmente estava ali, e então quando finalmente perceberam, não havia nada lá, foi quando Anderson falou
A-mano você tá ficando maluco
D- não mas eu juro que eu vi algo, sério
A-cara, não tem nada, para de se e me assustar
D-não tô assustando ninguém, eu juro que eu vi alguma coisa
A-olha, já não basta as coisas estarem "creepy" o suficiente, e você ainda me lança "tem alguma coisa aqui"? Sendo que não tem nada...
D- é pode ser que eu esteja vendo coisas... mas eu tinha quase certeza...
A-mano, no escuro é muito fácil achar que você viu alguma coisa, não da pra ver direito e a gente começa a imaginar as coisas
Eles entram pela porta da cozinha, e a trancam, é quando Anderson continua dizendo
A-olha, não é que eu acho que você está endoidando, tanto que eu vou até pegar algo pra me defender caso alguma coisa aconteça
Ele vai até a pia, abre uma gaveta e pega uma faca, uma bem grande
A-isso é pra provar que eu confio em você, mesmo que eu não ache que tenha alguma coisa
D- ok, sei lá, eu posso estar meio paranoico com tudo que está acontecendo mesmo, foi mal mano
A-relaxa, pode acontecer com qualquer um, faz assim, pra você se sentir mais seguro, dorme com  arma debaixo da cama, pelo menos você vai se sentir melhor né?
D- bem provável que eu vá...
Darei se senta, Anderson vê a tensão na cara do amigo, e para tentar ajudar, diz
A-mano relaxa, tô aqui contigo, faz assim (abre a geladeira e pega uma garrafa d'Água), toma um gole d'Água pra acalmar...
D- talvez seja bom mesmo, serve pra mim por favor
A-sem problema (ele serve em um copo)
Darei toma a água, mas Ainda parece tenso
A-vamos lá, vamos nos deitar...
D- tô indo
Anderson já ia saindo da sala, quando voltou, como se acabasse de se lembrar de algo, foi quando ele disse
A-ah, antes que eu me esqueça, se você por algum acaso vir um bandido, ou um bicho, seja o que for, não avise pra ele que você tá vendo ele beleza? Não é muito esperto
D-ah... pode deixar, foi no instinto mesmo
A-eu entendo, só toma cuidado se tiver uma próxima vez!
E então Anderson saiu, deixando darei sozinho ali novamente, mas dessa vez, ele saiu rapidamente da cozinha e fechou a porta, foi diretamente para o seu quarto com um passo longo
Chegando em seu quarto, ele abriu novamente a gaveta, e olhou para a pedra, e falou bem baixo
D- o que diabos é você?
Ele então, se deitou, levou a mão até o apagador, mas hesitou antes de apagar a luz, mas então, decidiu de uma vez por todas apagá-la, e assim, dormiu
Depois de um segundo o escuro, a câmera volta ao quarto de Anderson, onde ele levanta da cama, ele então vê ao lado de sua cama a faca que havia ali deixado quando dormira
Ele a pegou, e andou em direção à porta, foi quando percebeu que nesta, um bilhete estava pregado, com um polvo desenhado, mais uma vez, Anderson estava conversando com algo que ele nem se quer sabia o que era
Ele virou o bilhete, na parte de trás da folha, o escrito "eu avisei", logo após ler o bilhete, um barulho na porta do quarto, como se algo ou alguém se debatesse contra a parede e a porta do quarto, foi quando Anderson após o susto, tomou coragem, ele levou a mão a maçaneta, estava pronto para abri-la
Ele foi lentamente virando a maçaneta, quando a porta não estava presa a nada, uma pressão muito forte, mas ele conseguiu segurar com o tronco, com a mão direita segurou a faca, e tentou usá-la para atingir o ser que empurrava a porta
Mas quando tentou fazer isso, não manteve a força na porta, e essa abriu-se, arremessando Anderson para longe desta. A câmera foca nele caído mas é possível perceber que um vulto Preto cai no chão
A faca continua na mão de Anderson, ele levanta lentamente, a criatura está no chão, mal é possível identifica-la, ele então se levanta, e decide esfaquear aquilo
No exato momento em que a câmera mostra Anderson levantando sua faca para acabar com aquele ser, a câmera corta para o chão onde estava a criatura
Mas, ao invés de um bicho não identificado, ali estava seu melhor amigo, Darei, Anderson deu um passo para trás, surpreso, como nunca esteve antes, e então ele perguntou
A-o que é isso? É você mesmo Darei? O que está acontecendo?
Darei não respondeu, ficou ali, com uma expressão de dó, como se quisesse forçar Anderson a desistir de fazer o que ele ameaçara alguns segundos antes
Anderson se agachou, como um ato de piedade, ele então perguntou ao melhor amigo
A-mano tá tudo bem? Você tá legal?
Não houve resposta, o garoto não estava entendendo por que seu melhor amigo não falava, só ficava lá, parado
A-fala comigo cara, o que tá acontecendo?
Darei então abriu a boca, e ficou com ela aberta, foi quando Anderson se lembrou do que acontecera na última vez que uma pessoa familiar abriu a boca, e então ele empurrou Darei de leve e saiu correndo

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