Ciclo

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Darei acabava de acordar, mais uma vez não havia sonhado com nada, ele logo quando se levantou e viu seus amigos de pé falou com Felicidade
D- não sonhei de novo porr*!
T e V- aeeeeee boa! (Falam felizes)
D- nossa tô me sentindo tão melhor, aqueles sonhos eram uma bosta
T- eu fico até feliz de a minha teoria não ser confirmada
Um corte repentino e a câmera vai andando pelas ruas como um animal rastejando pelo chão, passa pela quadra, e então chega na porta de uma casa, onde uma garota lê um livro, vai se aproximando sem que ela esboce qualquer reação
A câmera se posiciona atrás dela, e quando chega muito perto, um corte para a mesma menina, correndo e gritando
A cena volta para darei, ele almoça, sozinho. Em pouco tempo, o mesmo termina sua refeição, deixa o prato na pia, e caminha para o seu quarto. Lá, ele abre uma gaveta, ali dentro, é possível ver a mesma pedra que foi pega por ele no terreno que visitou com os amigos
Ele a pega com cuidado nas mãos, a olha de maneira esquisita, ele fecha os olhos, e na escuridão da cena, ele ouve um vento, soprando forte, mas rapidamente volta à realidade, ele faz uma cara de desentendido, mas logo se levanta
A cena muda para vitor e tales, que estão na quadra, juntos, jogando basquete, eles conversam
V- mano você acha que o darei tava tendo algum tipo de problema?
T- eu não tenho nem ideia pra falar a verdade, aquilo lá foi bem estranho, o que aconteceu, dos sonhos
V- verdade, eu não tava entendendo nada, ele falava como se não fosse um sonho tá ligado?!
T- é, ele falava como se estivesse acontecendo, meio esquisito isso, nunca vi algo assim
V- é, eu fiquei meio assustado, se isso acontecer comigo eu fico muito desesperado
T- mas você sabe, tem pessoas que tem pesadelos tão reais mas tão reais, que elas podem jurar que aconteceram!
V- como é que você sabe de tanta coisa assim?
T- eu andei pesquisando depois que ele falou dos pesadelos contínuos!
V-você me assusta às vezes!
T- você não é o primeiro a dizer isso!
V- eu sou o primeiro que diz isso e não te quer longe!
T- que seja (fala com um sorriso)
V- por que nós não chamamos o Anderson e o Darei mesmo?
T- sei lá, do mesmo jeito que eles às vezes gostam de fazer algumas coisas só eles, eu também gosto de fazer algumas coisas só nós!
V- faz sentido!
T- e aí? Quer fazer alguma outra coisa?
V- sei lá mano... você que sabe, eu não tô fazendo nada mesmo (ri)
T- você já estudou para a prova de quinta?
V- zero (ri), mas física tá fácil e química também, não deve ser tão difícil assim, vou só repassar biologia depois e tá tranquilo
T- eu também não estudei nada! Tô ferrado
V- que ferrado! Você só tira total e sempre fala que não estuda, se você tirar menos de 7 eu fico surpreso
T- ah nem é assim não
V- tales no sétimo ano você chorou por que tirou 5 em 10
T- eu perdi media ué
V- foi a primeira e única vez que você perdeu média
T- não! Eu tirei 5,8 na primeira prova de química que a gente fez!
V- 2 médias perdidas na vida!
T- é muito!
V- claro que não! É muito pouco, isso sim!
T- você já perdeu quantas?
V- não foram tantas assim mas eu nem consigo contar!
T- ah mesmo assim!
V- mesmo assim nada!
T- ta, que seja então!
Os dois continuam jogando basquete, enquanto a câmera vai subindo e mostrando o céu, quando ela desce, mostra a casa de Darei, e Anderson está na porta, com uma mochila cheia de coisas
Um corte para Darei abrindo o portão para o amigo, e os dois vão entrando na casa do mais alto, e eles conversam
D- vai ser muito legal ter você aqui! Você pode dormir no quarto dos fundos
A-valeu, vou colocar minhas coisas lá!
D- é, depois a gente podia dar uma estudada em física, não tô entendendo muito bem a matéria
A-beleza, só vou no banheiro aqui rapidinho
Darei então abre o armário novamente, ele vê a pedrada qual se empossou, ele a encara, e então Anderson sai do banheiro e o vê a encarando
A-que que é isso mano? Que brisa é essa?
D- ah, nada (fala surpreso)
A-o que tem aí? (Se aproxima da gaveta aberta). Ah, a pedra indestrutível, ela é tipo o anel do senhor dos anéis, tipo, "um anel para todos dominar"
D- (ri) eu nunca terminei de ver você sabe né?
A-infelizmente eu sei, e você deveria muito!
D- eu sei mas eu sempre escolho a pior hora pra começar a ver! Aí eu apago
A-acho que você já me contou alguma vez!
D- é, mas hoje vamos dormir cedo por causa da aula amanhã né!
A-ah isso me lembra, amanhã nós temos que ver se o davi vai na escola...
D- pois é... essa história não tá muito bem contada não
A-verdade, mano, eu acho que já vou tomar um banho e "sleepar"
D- mas já? Vai estudar não?
A-ah, querer eu queria mas tô me sentindo esquisito, eu já quero apagar
D- ah, como você quiser então!
A-beleza mano, boa noite direto ai!
D-boa noite
Anderson então se dirige para o seu quarto, onde vai para o chuveiro, a câmera o mostra tomando banho, e depois, apagando a luz para dormir, um zoom em seu rosto, com os olhos fechados, ele adormece
Depois de 1,5 segundos de tela preta, ele aparece na cama onde dormiu, o quarto arrumado como sempre, ele então deixou o cômodo, sua cara de confusão era nítida, ele não parecia nada satisfeito
A-tem alguém aí?
Ele saiu do quarto, sem entender muito bem o que estava acontecendo, e quando olhou para o chão, viu um papel, ele o pegou, nele estava escrito "eu vou achá-la, queiram vocês ou não"
Anderson ficou assustado, mas ao mesmo tempo, extremamente enfurecido, ele gritou
A-ta bom, se tem alguém aí, eu acho bom falar agora, por que eu vou acabar com a raça de seja lá quem estiver por trás disso!
Ele então seguiu para a sala, e lá estava mais um papel, com o que parecia ser um polvo desenhado, atras da folha as palavras "não adianta lutar"
A-ah é? Por que então você não me da pelo menos a chance de lutar ein? Me prova o que você tá dizendo! E por que um polvo? Ein?
Ele então ouviu um barulho na cozinha, mas ao invés de se assustar, ele correu naquela direção, lá, na mesa, mais um papel, com os dizeres "eu já dei, e você fugiu", mais uma lula fora desenhada ali
A-ah, então isso tem algo a ver com o que eu sonhei ontem! Vem, vem pra cima, que dessa vez não vai sobrar nada de seja lá o que aquilo era
E então, Anderson abre os olhos, ele está sendo chamado pelo melhor amigo, que diz
D- mano vamos logo você vai atrasar pra pegar o escolar
A-que? Tá já tô indo (fala sonolento)
D-beleza, vai logo
A cena corta e eles estão tomando café da manhã na mesa da cozinha, Anderson come pouco e devagar, Darei percebe e o pergunta
D-por que tá comendo tão devagar mano? O escolar passa daqui a pouco
A-sei lá, na real não tô com fome
Um barulho de ônibus é ouvido
D-ai, ele chegou, vamos
A câmera fica na mesa enquanto os dois saem pela porta, assim que a porta se fecha, a cena escurece

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