Feitos um para o outro

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KLEBBER

Monica e eu iremos embora da Chapada Diamantina hoje. Nossa viagem foi indescritível, mas ela ainda não acabou, iremos viajar para Morro de São Paulo, passaremos a virada juntos e ficaremos lá até metade da primeira semana de Janeiro.

Durante esses dias em que ficamos aqui em Lençóis, conversamos muito sobre o nosso relacionamento, além, claro, de descansarmos bastante.

Nunca pensei que seria tão feliz ao lado de uma mulher, como sou ao lado da Monica. Ela é tudo o que eu sempre quis e precisava. Somos o encaixe perfeito. Mesmo com todas as nossas diferenças, defeitos e crises.

...

- Bom dia, meu amor! Já ta acordado? - disse se espreguiçando e sorrindo.

- Bom dia, vida! Tava pensando em você... - sorri e demos um selinho demorado que acabou virando um beijo.

Ela parou de me beijar, se afastou, mas continuou com as mãos no meu tórax, e ficou ali parada na cama... Olhando fixamente para mim. Fiquei sem graça, desviei os olhos para a janela, a olhei e perguntei:

- O que foi? - falei ainda a olhando sem graça. (talvez ela tenha caído em sim e esteja arrependida de estar ao meu lado).

- Só quero te olhar... - ela disse com uma voz suave, ao voltar a minha atenção para ela, eu a vejo com um meio sorriso que fazia meu coração disparar, meus olhos foram de encontro com o dela. Os seus olhos castanhos me lembram o outono, que me lembram chamas... E o toque dela me lembra o ano novo; talvez porque é a minha época predileta do ano.

Eu não sabia descrever o que eu estava sentindo e ela permanecia me olhando fixamente com brilho nos olhos.

- Amor, para de me olhar assim, que eu fico sem graça! - falei e ela soltou uma gargalhada - a melhor que eu poderia ouvir logo cedo - e passou a mão pelo meu cabelo e rosto.

- Eu te amo tanto, sabia? - disse enquanto permanecia acariciando o meu rosto com um sorriso bobo.

Me ajeitei na cama e a puxei para perto, posicionando minha mão na sua cintura, a envolvendo.

- Você me faz querer gritar até meus pulmões explodirem, ta feliz? - falei rindo.

- Ai, como é exagerado, né? - disse sorrindo e nos beijamos. - Eu poderia beijar outros lábios para esquecer os teus, mas todos tem um gosto amargo perto do doce dos teus lábios...

- Todos?! Humm...

- Bobo! - disse e apertou o meu nariz, enquanto colocava a língua pra fora.

- Ai, essa doeu! - passei a mão e ela riu. - Não tem graça... - falei e subi em cima dela para a encher de cócegas.

- Kle...KLEBBER, NÃO! AAAH, AMOR PARA, E-EU VOU FAZER XIXI NA ROUPA! KLEB... NÃO, PARA, SOCORRO! - ela gritava enquanto eu a enchia de cócegas.

Parei e a abracei. Ela socava as minhas costas, enquanto eu segurava a risada e a envolvia nos meus braços para ela controlar a respiração.

- Gostou? - falei rindo.

- Palhaço, não tem graça! - disse e deu um tapinha no meu peito e eu segurei sua mão e a abracei. Ela se aconchegou e tentava recuperar o fôlego.

- Agora eu quero ser fofinho também... Posso? - perguntei e a olhei, ela apenas assentiu sorrindo e me abraçou. - E eu poderia ir atrás de outros abraços para esquecer o teu, mas todos parecem prisão perto da liberdade que é estar nos teus braços, meu amor. Todos as outras pessoas perderam a graça depois de...

- Você! - falamos juntos e sorrimos.

- Eu quero passar o resto dos meus dias ao seu lado. Sua voz misturada com a minha. Seu riso entrelaçando com o meu. Seu jeito e trejeitos, você todo, sem mudar nada. Eu quero te ter mais do que tudo e olha que eu não sou de querer quase nada.

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⏰ Última atualização: Nov 22, 2017 ⏰

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