Ei, a gente precisa conversar

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Três dias já haviam se passado e o Klebber ainda não tinha dado sinal de vida. Os dias passavam e nada mudava.

Acordei pior do que nos dias anteriores. Meu corpo estava todo dolorido, acho que dormi de mal jeito. E minha cabeça latejava sem parar.

Me levantei com dificuldade e fui até a cozinha pegar um remédio para dor de cabeça. Peguei um copo d'água e tomei dois comprimidos de uma só vez.

Tomei um banho demorado e peguei um vestido preto. Me troquei, arrumei meu cabelo e quando olhei no relógio já eram 10:15.

Corri pra cozinha e tomei um café rápido com umas torradas. Escovei meus dentes, peguei meus pertences, coloquei na bolsa e saí.

* * *

Cheguei no Projac e avistei o Klebber de longe. Ele estava conversando com o Joca.

"Nossa, ótimo dia pra se encontrar o cara com quem você está saindo, mas que está te ignorando já faz três dias..."

Respirei fundo e fui em direção ao camarim. Tentei passar um pouco longe da visão deles, mas foi em vão.

— Ô, Monica!!!!

"Não acredito que o Joaquim tá fazendo isso. Será que o Klebber não contou pra ele o que aconteceu?"

Me virei, sorri de lado e fui na direção deles.

— Oi, Joquinha! - falei lhe dando um abraço apertado e um beijo no rosto.

— Achei que não fosse vir falar comigo, mocinha.. - Joca falou rindo e cruzando os braços.

— Ah, para de ser besta vai..

Dei um tapinha em seu braço e o abracei de lado.

Olhei para o Klebber e ele estava simplesmente ignorando a minha presença, mexendo no seu celular.

— Boa tarde, Klebber!

— Boa tarde, Monica! - disse sorrindo de lado como se nada tivesse acontecido.

Assenti para o Joca e ele entendeu o recado. Entrou no camarim e me deixou sozinha com o Klebber.

— Ei, a gente precisa conversar...

— Tem mais coisas pra me contar do seu encontro?

— Klebber, a gente tava conversando e você simplesmente foi embora. Não lembra? Disse que conversaríamos no dia seguinte e já se passaram três dias e nada.

— Ah, sim. Como esquecer o fato de você e o Felipe terem quase se beijado, não é mesmo?

— Klebber, para de jogar isso na minha cara. E como você mesmo disse ele não me beijou. Vamos ali conversar, por favor?

— Não dá. Preciso voltar para a gravação e você tem que ir se trocar pra apresentar o Vídeo Show. Mais tarde passo na sua casa pra te buscar... às 19h, pode ser?

Assenti e ele se retirou, sem se despedir.

Entrei no camarim e o Otaviano estava arrumando a gola da camisa em frente ao espelho

— Oi, Moniquinha! Boa tarde, tá tudo bem?

— Oi, Otinha! Boa tarde! Tá tudo bem sim, não precisa se preocupar. - falei lhe dando um beijo no rosto.

— Certeza?

Disse arqueando a sombrancelha, me dando um beijo na testa e um abraço apertado e eu retribui ainda mais forte.

Simplesmente AconteceOnde histórias criam vida. Descubra agora