Parte I: Prólogo

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O som do silencio... Não tem nada mais acolhedor para uns e agonizante para outros. Era exatamente esse som que corria por toda embarcação, começando pelos porões, passando pelos aposentos da tripulação, pela sala de mapas até chegar ao convés.

Apreciando tudo aquilo como se fosse uma sinfonia, estava um oficial de patente alta, que admirava as nuvens e a lua que estava cheia e iluminava todo o céu. A sinfonia silenciosa é interrompida por um soldado da área de navegação atravessa o convés correndo, seus passos fortes na madeira chamam a atenção do oficial que estava a admirar a lua.

_ General! General! Exclamava o jovem ofegante após atravessar o enorme convés correndo.

_ O que aconteceu soldado, qual o motivo para todo esse alarde?

_ Segundo os nossos batedores e confirmado pelas nossas leituras de hoje mais cedo, esta seria a posição de Malastáre.

_ Ao menos uma boa noticia.

_ Não é só isso, com base nessas coordenadas, nós mandamos uma equipe de reconhecimento junto com outra equipe de batedores, e eles nos comunicaram há três minutos que não havia nada por lá, apenas corpos celestes e tempestades, mas nem sequer um rastro de Malastáre.

_ Mas que merda! Ou foi um golpe de sorte, que eu acho bem improvável, ou eles sabem que foram avistados. Ainda assim, algo me leva a crer que a segunda opção é a mais coerente.

_ O que fazemos agora, senhor?

_ Nada, depois de passarmos pelos romenos mude o curso para a capital, vou avisar isso pessoalmente ao Füher... Essa palhaçada está mais próxima do fim do que você imagina soldado, pode anotar as minhas palavras.

Um vento vindo do Noroeste derruba o agasalho do general que estava no parapeito do navio, fazendo cair lentamente enquanto ia sendo levado pelo vento em direção ao sudeste, o oficial vê seu sobretudo verde sendo levado pelo vento enquanto sua embarcação flutua em direção à um amontoado de nuvens.  

A Odisseia de ErikOnde histórias criam vida. Descubra agora