George e Verônica chegam até o fim da subida, onde encontram Erik, que estava em pé na com a expectativa de encontra-los estampada em seu rosto, e apenas com uma das motos ao seu lado.
_ Onde está a outra moto? Perguntou George
_ Está ali. Apontou Erik para um dos navios que estava destruído e em chamas no centro do acampamento.
A tempestade de areia já estava cobrindo o vale, o céu estava vermelho e o trio protegia o rosto dos ventos carregados de poeira.
_ Depois conversamos sobre isso, agora temos que sair daqui ou vamos ser engolidos por esse monstro! Exclamou Verônica se referindo ao fenômeno natural.
George toma a frente e dá a partida na moto, logo após a moça sobe no veiculo seguida por Erik, que fica desajeitado no veiculo que foi feito para comportar duas pessoas.
_ Cuidado com a mão boba, novato. Salientou a mulher.
_ Mas eu... Antes que pudesse responder alguma coisa Erik é interrompido.
_ Cale a boca se segure. Veronica pega as mãos do rapaz e põe em volta de sua cintura.
George sai rapidamente para longe da tempestade pela velha estrada que corta todo o deserto, a velocidade era tremenda, mas ainda assim não era o suficiente para se evadir dos fortes ventos que precediam a tempestade.
Cerca de cinco quilômetros depois de saírem do vale, sons estranhos começaram a vir do da parte de baixo da motocicleta flutuante, George olha para baixo e vê que tem areia demais passando pelas entradas de ar do motor.
_ Vamos ter que parar em algum lugar! Gritou ele.
_ É suicídio parar numa situação dessas! Respondeu Verônica.
_ Tem areia demais nas entradas de ar, se continuamos o motor vai fundir e nós ficaremos aqui!
_ Mas que merda! Espere. Saia da estrada e vire à direita, tem uma caverna a sudeste.
Os três saem da pista se seguem a rota sugerida por Verônica, que conhecia o deserto como a as partes do seu rifle Mosin 1918. Eles a avistam e adentram na formação rochosa, aparentemente lugar perfeito para passar a tempestade em segurança. Assim que George ilumina a caverna com o farol da motocicleta, uma cascavel se destaca em meio à escuridão, balançando o seu chocalho e mostrando seus dentes para os três invasores.
_ Olha isso... Estariam as entidades nos presenteando? A mulher saca sua baioneta e anda cuidadosamente em direção ao réptil.
Ela espreita o bicho fazendo-o ficar cada vez mais acuado, a serpente contraia seus músculos mais e mais se preparando para um ataque certeiro. Verônica se aproxima pelo lado só esperando o momento certo para agir, assim que a serpente dá o bote, a jovem se evade para a lateral e corta a cabeça do réptil usando sua baioneta.
_ Bom... Agora além de abrigo também temos comida.
Minutos depois estavam os três frente à uma fogueira que foi feita com galhos de uma planta morta logo na entrada da caverna, para acender foi usada pólvora de uma das balas do revolver pertencente à Veronica.
Além do som dos galhos estalando, da carne do ofídio sendo assada lentamente com o calor das chamas e dos ventos passado em alta velocidade pela entrada da formação rochosa, não era possível ouviu mais nada, o trio estava apenas olhando as chamas enquanto esperava a tempestade passar.
_ Como foi que você conseguiu destruir um navio federalista com uma moto? Perguntou George, desde que saíram do vale estava curioso para saber mais detalhes sobre o que acontecera.
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A Odisseia de Erik
AdventureUm jovem acorda num lugar do qual não faz ideia de como foi parar lá, em meio a busca pela descoberta sobre seu passado recente, o protagonista se vê em uma posição decisiva numa guerra que está prestes a começar.