Capítulo 10: As pontas que se amarram

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Após voltarem para o palacete rosa, fazerem check out e fecharem a conta das refeições. Os três pegam o táxi até o porto passando novamente pelo centro, dessa vez, o cenário era diferente. Ao invés de pessoas indo trabalhar, jovens saíam aos grupos para os cassinos, bordeis, e ringues de boxe que haviam por aquela região. O transporte passa pela parte litorânea da cidade, onde Erik vê através da janela os navios atracados.

_ Siga em frente e vire à direita. Orienta Verônica.

O taxi segue a direção indicada e se distancia dos barcos ancorados na água. Erik vê o transporte se afastando das embarcações e fica curioso.

_ Não vamos de navio? Perguntou o rapaz para Verônica.

_ Sim, mas não com esses. Nosso porto fica um pouco mais acima.

O taxista continuou rumando em frente até chegar a um espaço amplo com alguns galpões afastados uns do outros, todas essas instalações, ainda nas dependências do porto. Mais uma vez, a mulher no banco do carona orienta o motorista, para que siga até o meio do campo asfaltado, onde luzes vermelhas fixadas em forma de circulo sinalizam para a entrada de balão a ar quente, com um baloeiro já a espera.

Verônica paga o devido valor ao motorista do taxi e anda na frente em direção ao balão. O que chamou a atenção no transporte era o fato dele estar preso a cabo de aço muito extenso que ia do chão até alguma estrutura muito acima deles.

_ Onde está o professor Hemilton. Pergunto George ao condutor.

_ Já está lá em cima, disse que era melhor entrar por causa do frio. Respondeu o homem de meia idade enquanto aquecia os queimadores.

O cesto sai do chão e sobe rapidamente, em questão de segundos era possível os telhados de praticamente todos os prédios da cidade. Erik fica observando o chão se distanciar ao mesmo tempo em que admirava a iluminação urbana vista de cima, devido ao tempo frio, as nuvens estavam baixas, não era possível ver o que os aguardava ao fim daquele cabo quilométrico que segurava o balão.

Ao traspassarem as nuvens, foi possível vislumbrar uma plataforma que comportava alguns navios que flutuavam, assim como a estrutura na qual estavam ancorados. O balão para em um píer, no qual havia um mastro de metal que se erguia 30 metros acima do chão da plataforma, em sua ponta, estava o fim do cabo que segurava o transporte voador.

_ Diria que ela tem cerca de 2.000 metros quadrados. Aponto George enquanto descia na frente.

O trio caminha na direção de uma nau azulada que estava ancorada já com os motores ligados, apenas a espera dos que acabaram de ascender à estrutura. Uma ponte é estendida do píer até a nau por um dos tripulantes. Após subirem, o contramestre sinaliza que a embarcação está pronta para partir.

_ Então este é o porto. Observou Erik.

_ Incrível não é? É muito mais fácil um navio flutuante desembarca de um lugar como esse do que ter decolar a partir da água. Explicou George.

_ Eu chamaria isso aqui de... Aeroporto. Interviu Verônica encostando-se no parapeito, assim como George e Erik.

_ Que bom que chegaram! O professor Hemilton sai do camarote e vai de encontro aos recém-chegados.

_ Veio antes da hora. Apontou Verônica.

_ Sim, estava frio lá em baixo e aproveitei para redigir uma carta, estava quase terminando quando ouvi os motores ligarem e percebi que vocês haviam chegado.

Os quatro passam alguns minutos olhando para a paisagem estrelada. Quando de repente, surgem entre as nuvens criaturas estranhamente fascinantes, seres com aparência fantasmagórica que consistam em esqueletos de baleias que pairavam em grandes grupos na mesma direção do navio. Os maiores mediam cerca de 30 metros de comprimento, seguiam calmamente emparelhados com o navio. Um deles chega a uma distancia assustadoramente tão próxima que se tornou palpável apenas com o esticar de braço. Erik estende a mão, curioso para saber se aquelas criaturas eram reais ou apenas mais uma das peças que sua mente pregava.

_ Melhor não fazer isso. Interrompeu George segurando o braço de seu companheiro de viagem.

_ Eles são agressivos? Perguntou Erik.

_ São corpos celestes.  Sabemos bem pouco sobre eles, de onde vêm, do que se alimentam ou sequer se sentem essa necessidade. Quando deixados em paz são inofensivos, mas geralmente não reagem nada bem ao contato direto com os seres humanos, ou com os seres vivos. Agora se me dão licença, eu vou terminar de redigir a minha carta. Explicou Hemilton antes de voltar para o camarote. Erik continua admirando os corpos celestes passarem diante de seus olhos, sem poder saciar a vontade de sentir com seu tato a textura daqueles seres que mais pareciam grandes espectros.

Já dentro do camarote, que na verdade era um amplo escritório que o capitão usava para analisar as rotas de navegação através dos mapas. O professor senta com frente a maquina de escrever e termina de digitar sua carta .

 O professor senta com frente a maquina de escrever e termina de digitar sua carta

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FIM DA PARTE I 

A Odisseia de ErikOnde histórias criam vida. Descubra agora