Capítulo 3: Ratos no deserto

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   O trio segue pela estrada até fazer um desvio e chegar em um despenhadeiro. De onde conseguem ter uma visão clara de todo que está no vale abaixo, onde há um assentamento de uma tribo. Assim que chegaram, foi possível ver uma esquadra de navios negros com detalhes dourados, atracados no centro do acampamento, uma serie de cordas que estavam atreladas à estacas de madeira que se mantinham fincadas ao solo, um elevador feito com cordas e uma plataforma de madeira, permitia com que os tripulantes das duas aeronaves pudessem chegar ao chão em segurança.

Eles deixam as motos distantes da borda do precipício, cobertas por panos com as mesmas cores do solo local, os três se arrastam até o limite da falha geológica e observam atentamente todo o movimento que há embaixo, George pega seu telescópio e põe o zoom no máximo, até constatar qual é a tribo que está lá embaixo.

_ São romenos, me parece que eles estão negociando. Após sua observação, George passa o telescópio para Verônica.

_ Estão negociando armas armas pesadas, são caixas de munição trinta milímetros. Malditos! Estão nos traindo. Exclamou Verônica, deixando o telescópio ao lado de Erik.

_ Na verdade os romenos nunca estiveram do nosso lado, eles são uma a única tribo que nunca se aliaram a nós por causa de rixas antigas com outros povos. Ressaltou George.

_ Mas se eles estão se armando, certamente estão planejando algum ataque contra uma tribo rival, ninguém se arma desse jeito só pra se proteger de ladrões, coiotes ou cães do deserto. Observou Verônica.

Ao fundo do vale, a movimentação é constante, nativos usando seus lenços coloridos em volta da cabeça e da cintura, ajudavam a descarregar as caixas de madeira que era equivalentes ao tamanho de baús usados para guardar livros, no centro, perto das imponentes embarcações, estava um homem usando um uniforme militar preto cuja a parte que mais se destacava era a insígnia com o com uma rosa dos ventos em um broxe dourado preso em seu quepe, que era da mesma cor do restando do uniforme, o rapaz conversava com um senhor de idade em frente à uma tenda colorida, ambos pareciam se entender muito bem.

_ É estranho, parece que você estava falando a verdade. Comentou a mulher olhando para Erik.

_ Veja isso, no centro do acampamento, os dois homens conversando. Erik passa o telescópio para moça.

Veronica ajusta as lentes do artefato e começa a observar.

_ Uniforme preto, é um almirante, e o velho... Usando aqueles colares de prata... É o líder religioso da tribo, veja isso George. Disse ela passando o telescópio para o companheiro.

_ Temos que reunir provas para levar á Dom Henrique, eles não vão ter como se depois que fotografarmos isso. George põe a mão dentro da capanga e tira de lá uma maquina fotográfica.

O rapaz ajusta o foco da câmera e tira uma serie de fotográficas dos navios e das pessoas carregando as caixas de madeira.

_ Estamos muito longe, a única coisa que vai dar pra ver com nitidez são os navios, precisamos flagrar os soldados, e principalmente, o almirante conversando com o patriarca. Observou a moça.

_ E o que você sugere? Que desçamos lá e tiremos as fotos? Perguntou George.

_ Exatamente, está vendo aquele rio que passa pelo final do assentamento? Vamos descer e ficar perto da margem detrás daquelas pedras, não tem guardas por lá.

_ Isso é loucura! Já temos material suficiente para incriminar esses safados, descer até lá é burrice!

_ Não podemos deixar brechas para eles se defenderem, nós temos a oportunidade de desmascara-los, e vamos aproveitar ao máximo!

A Odisseia de ErikOnde histórias criam vida. Descubra agora