Ainda desacordado, o rapaz é amarrado e transportado em uma das motos, mesmo desmaiado, ele consegue ouviu alguns sons, que como antes, soam como vozes do além, nada mais do que flashes em forma de faixas de áudio.
_ Ele parece ser meio jovem pra ser general.
_ Deve ser filho de pais influentes dentro do partido, gente assim sobe rápido na hierarquia.
_ Vamos acorda-lo. O homem barbudo com cerca de sessenta anos, joga um balde d'agua no rosto do prisioneiro, que estava amarrado a uma cadeira.
O jovem acorda assustado e puxando ar para dentro dos pulmões, como se tivesse escapado de um afogamento. Ainda desorientado, ele olha para os arredores da sala, que era completamente fechada, a medida em que vai recuperando a consciência começa a observar as pessoas a sua frente.
_ De onde você vem, Federalista?! Perguntou Verônica.
_ O que é um Federalista? Perguntou o rapaz.
A mulher pega seu revolver aponta contra a testa do prisioneiro e puxa a gola de sua camisa enquanto empurra o cano da arma contra o espaço entre seus olhos.
_ Você acha que eu estou brincado? Diga o seu nome e de onde vem!
O prisioneiro começa a lembrar do nome que ouvia enquanto dormia horas antes.
_ Meu nome é Erik, e eu faço ideia do que estão querendo saber!
_ Então como explica o sobretudo e esse relógio? Tenho certeza que não comprou isso com os ciganos e muito menos com os gigantes.
_Eu achei o sobretudo eu achei quanto seguia os navios, agora o relógio, não faço ideia de como veio parar na minha roupa, alias! Eu nem sei como eu vim para aqui!
_ Besteira! É melhor começar a falar antes que eu enfie uma bala...
_ Verônica! Chamou o homem barbudo, o mesmo que acordara Erik segundos antes.
A mulher baixa a arma, e vai até ele, dando a entender que ele era seu superior.
_ Ele parece estar falando a verdade, se fosse um federalista, provavelmente já estaria negociando sua libertação, ainda mais se tratando de um general, ele parece estar completamente perdido.
_ Bom, pode ser uma estratégia dele, mas sendo assim, o que você sugere?
_ Onde está o relógio que vocês encontraram com ele?
_ Está com George, ele disse que ia levar para verificação.
_ Então vamos lá ver o que o Tony o que eles podem dizer sobre.
Os dois saíram do cômodo fechado, deixando apenas o prisioneiro amarrado a uma cadeira.
O casal caminha pelo corredor até chegar a uma sala fechada, o movimento era bem tranquilo, pouquíssimas pessoas andavam por ali, ambos adentraram à sala que era cheia artefatos, desde os mais simples até os mais exóticos, que em sua maioria, estavam posicionados em prateleiras nas paredes do cômodo. Posicionado de costas para a porta, estava o responsável por aquele local, sentado a mesa e trabalhando atentamente em algo.
_ Tony! Já verificou o relógio?
_ Oi pra você também Saul, que relógio? O rapaz girou sua cadeira em direção ao casal que acabara de entrar.
_ O relógio o George trouxe pra cá! Respondeu Veronica.
_ Sim, o relógio, eu o coloquei em algum lugar por aqui... Tony tira as lentes de aumento que estavam em seus olhos e começa a revirar sua mesa de trabalho.
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A Odisseia de Erik
PertualanganUm jovem acorda num lugar do qual não faz ideia de como foi parar lá, em meio a busca pela descoberta sobre seu passado recente, o protagonista se vê em uma posição decisiva numa guerra que está prestes a começar.