Stockholm Syndrome

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Katherine Jane

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Katherine Jane

A dor de cabeça me atingiu em cheio. Ergui a cabeça tentando me acostumar com a claridade e constatei segundos depois que eu estava amarrada aos braços e pernas de uma cadeira. A posição desconfortável gerou uma grande dor em minhas costas. Joguei a cabeça para o lado tentando fazer com que meu pescoço estralasse.

— Kat... — a voz fina chamou e eu automaticamente girei minha cabeça para a direita. Um sorriso tremulo surgiu em meu rosto.

— Hayle! — chamei surpresa. Um suspiro frustrado me fez olhar a jaula ao lado da sua. O garoto de cabelos cacheados estava ali, sua cabeça jogada para trás, um corte no canto dos lábios, as mesmas roupas da noite anterior, os cabelos presos em um coque.

— Por que está aqui? O que houve? — questionou preocupada se agarrando as barras de ferro.

— Eu tive alguns imprevistos ontem à noite. — suspirei encarando o moreno e revirei os olhos. Ela riu. — Vou tirar a gente daqui. — respondi encarando o couro que prendia meu pulso a cadeira.

— Como? Se não percebeu, você está amarrada. — murmurou baixo, monótono, cansado. — Eles já vieram ver se você havia acordado várias vezes, provavelmente vão te matar. — deu de ombros sem olhar em minha direção.

— Se eles quisessem me matar teriam me acordado para isso. — garanti sacudindo meu pé na tentativa de quebrar a fivela que me prendia.

— Então por que estamos aqui e você está aí, gênio? — pela primeira vez ele me encarou, mas não foi eu quem respondi.

— Porque eles vão nos usar para atingir ela, como um show de tortura gratuito. — Hayle respondeu por mim.

— O quê? — Harry gritou a encarando.

— Pois é bonitão, eles devem achar que você é importante para mim. — suspirei movendo os pulsos, o couro machucando a pele ao invés de afrouxar.

— Então diz a eles que eu não sou. — pediu segurando as barras de ferro da pequena jaula. Eu o encarei.

— Isso é provavelmente o único motivo pelo qual você ainda está vivo. Se quiser tentar esse método... Boa sorte. — voltei a me concentrar nas amarras.

— Olha quem acordou... — a porta enferrujada foi empurrada. Ergui meu rosto para encarar Paul, o brutamonte de ontem. — Dormiu bem? — seus dentes amarelos preencheram seu rosto.

— Na verdade não. Jace podia ter me arrumado um lugar mais confortável e com mais privacidade, você sabe... — sorri sarcástica e ele olhou para Harry e Hayle e suspirou.

— Jace quer você. — explicou vindo mancando em minha direção. Sorri ao lembrar de ter fincado uma faca nele na noite anterior. Não disse nada, apenas o observei desfazendo as fivelas. — Sem gracinhas. — pediu antes de abaixar para desfazer as amarras de meu pé, ele brincava com a minha faca. Que desaforo. Antes que ele se erguesse dei uma joelhada em seu rosto o fazendo cair para trás, chutei o seu peito enquanto ele cegamente tentava me atingir com a faca, desviei de suas tentativas e sem querer pisei em suas bolas o fazendo soltar a faca e se encolher. Murmurei um "uh", não era minha intenção. Peguei a faca e mirei estrategicamente em um ponto que eu sabia que ele iria desmaiar.

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